quinta-feira, junho 22, 2006
o quê que a Alemanha tem?
Dentre as pessoas que estou tendo mais contato está a Anja. Ela trabalha na Universidade de Cottbus, uma cidade distante 40 minutos de Berlim. Esta semana ela me convidou para um café e acabou me dando uma aula sobre o urbanismo em Berlim. Dando uma caminhada pelo bairro ela me mostrou as quadras destruidas pela guerra e seus “novos” edificios, a nova arquitetura que está sendo contruida com novos materiais e formas (mas sem agredir a escala do bairro) e a logica do mercado imobiliario aqui em Berlim. Andando pela cidade pode-se perceber a diferenca da cultura urbana da Alemanha e do Brasil. Aqui os predios nao sao projetados com estacionamento. Os carros ficam estacionados nas ruas ou em estacionamentos coletivos onde os proprietarios pagam uma mensalidade ou algo assim para uso. O sistema de transporte é super eficiente e um carro nao è tao necessario como no Brasil. Fora que se você tiver uma bicicletta você está mais que equipado para ir a qualquer lugar porque TODA a cidade é projetada para bicicletta. Nas calcadas tem a demarcacao da ciclovia e se você nao respeitar a sinalizacao corre sério perigo de ser atropelado por uma bicicleta.
Os parques sao maravilhosos. Comeco a gostar de ir ao parque no domingo com os amigos. Fazemos um churrasco no parque, levamos cerveja e comida. Deitamos na grama e tomamos sol. (mas nada comparado à um domingo na Praia do futuro que está me fazendo falta.) Estou pegando o costume de estudar no parque. Muito tranquillo ir pra lah levando computador e tudo. Nao existe aquela tensao em estar trasportando um equipamento caro e utilizá-lo em publico com medo . O espaco publico aqui è tao valorizado que fui conhecer um “condominio” e ele era tao aberto para a cidade que ficou dificil de saber onde terminava o “condominio” e onde comecava o parque que estava ao lado. Os predios tem patios internos e se conectam entre si formando verdadeiras sequencias de jardins no miolo das quadras. Quem entra nas quadras deixa pra traz todo o barulho da rua.
Hoje o sol está firme e espero que continue assim até o final da viagem.
Muita saudade da família, dos amigos e do meu quarto.
Saudade nenhuma das confusoes da prefeitura e do plano diretor.
Vontade de voltar e construir outro caminho para mim.
Vontade tambem de ficar e tentar a vida por aqui. Mas onde eu encontrar vez eu fico.
domingo, junho 11, 2006
Minha primeira semana por aqui
No meio do carnaval encontro com a Anne Dose, uma estudante do Alex que eu tinha conhecido na Universidade. (Mais uma vez estou eu encontando com o povo no meio da rua.) Mas foi ótimo pq numa hora daquelas eu já tinha me separado da Lena e do Paul e tava perambulando sozinha no meio do carnaval. Com a Anne estava outra brasileira chamada Dulcinéia (tinha que ser brasileira mesmo, com esse nome) que está estudando aqui. Dai ela inventou de ir para uma rave no meio de um parque, dentro de um bosque imenso. Muito louco, jah eram 9:30 da noite, o sol nao tinha ido embora e a musica eletronica truando num descampado que tinha entre as árvores. Voltamos meia noite cruzando o parque sozinhas, logo virei motivo de piada pela minha cara de assustada. Aqui em Berlim nao tem problema algum cruzar um parque de madrugada. Tudo é muito seguro. Quando tem algum incidente, o menor que seja, já é motivo para capa de jornal. Mas vou continuar tensa do mesmo jeito. nao é em 1 semana que vou tirar os traumas de uma vida toda de tensao brasileira. E mesmo assim, nao posso perder a sensibilidade porque daqui a pouco estarei de volta na terrinha. Pra falar a verdade, estou com medo de ser atropelada na primeira semana que eu chegar no Brasil. Estou me acostumando a atravessar a rua despreocupada quando o sinal de pedestre está verde. Ou entao a cruzar uma rua local despreocupada já que os carros SEMPRE dao peferencia ao pedestre.
A segunda feira foi feriado num sei de quê por aqui. Me encontrei com a Anne Dose pela manha para acompanhá-la num tur que ela ia fazer com um grupo de 40 arquitetos espanhois. Visitamos alguns predios em Berlim projetados pelo Frank O. Gary, Renso Piano, Norman Foster dentre outros. Despois passei a tarde no arquivo da Bauhaus. Muito interessante mesmo. Ver tudo aquilo que eu só tinha visto nos livros.
Na terca, foi meu primeiro dia de aula. Numa sala de alemao para estrageiros encontra-se de tudo. Na minha tem poloneses, eslovacos, italianos, chineses, portugueses, mexicanos e 2 brasileiras um saco. As duas casaram com alemaes e tem a obrigacao de fazer um curso de socializacao que inclui 600 horas de aula de alemao. Mas aih elas passam a aula inteira conversando (em portugues) e implicando com os outros alunos.. Detalhe: uma tem 32 anos e a outra 47. Sao paulistas, por isso, elas capricham na arrogancia daquelas que todo paulista tem ao chegar no nordeste. Na minha primeira aula elas pegaram uma briga com um italiano discutindo quem é melhor que quem. Vou tentar colocar o curso pra frente e ignorá-las. Mas vai ser dificil pq pelo menos os outros nao entendem portugues e a conversa delas(apesar de ser alta) eh apenas um ruido na aula. Mas para mim estou tendo um pouco de dificuldade para me concentrar.
Quarta feira foi o dia de bater pernas. Estou comecando a montar o esqueleto do meu projeto de pesquisa e já preciso de um computador. E depois de bater pernas consegui comprar meu laptop. Tô super satisfeita pq o notebook, alem de ser o que eu queria, capta a internet do visinho e agora tenho internet comigo e nao preciso mais pagar cybercafe, nem usar computadores infectados e nem mandar virus do orkut para toda a minha lista de amigos. A Lena me emprestou muitos videos em DVD para eu testar o computador e treinar meu alemao. Comecei com "Findet Nemo". A noite saimos para um bar aqui na esquina para tomar uma cerveja e consegui, na medida do possivel, conversar um bom tempo em alemao. Minha sorte eh que a Lena é super prestativa, me corrige o alemao e ensina outras coisas tambem. O ingles dela tambem é fraco o que forca ela só conversar comigo em alemao. e assim vou me acostumando com a lingua.
Quinta foi outro dia de aula e quase a professora colocava as brasileiras pra fora pela algazarra que estavam fazendo, combinando a festa que iriam fazer no show do Gilberto Gil. Dormi a tarde quase toda pq eu a Lena tinhamos chegado 3 horas da manha e tive que acordar cedinho para a aula.
Bem... sexta feira, abertura da Copa do mundo.O Tim chegou de viagem e fomos assistir o jogo da Alemanha e Costa Rica na Haus der Kultur der Welt, onde por todo o mes de junho haverá programacao da cultura brasileira onde tambem finalmente conseguirei ver um show do Chico Buarque. Fomos ainda para uma "praia" perto do centro administativo para assistir ainda Equador e Polonia. Mas já tava tarde e voltamos pelo portao de Brandeburgo só pra ver a confusao. Muuuuita gente vestida com bandeiras (dentre elas varias bandeiras brasileiras). Uma festa só. Muita policia tambem. Incrivel a quantidade de policiais quando ha algum tipode aglomeracao. Realmente eles ficam a postos só monitorando a ordem.
Ontem o Alex resolveu comemorar o seu aniversario no Wansee, um grande lago que fica na regiao metropolitana de Berlim. Consegui falar com a Anjia e o Felix e nos encontramos na estacao da S-banh. Pela primeira vez fui fiscalizada no trem. Aqui em Berlim nao existe bilheteria nem borboletas para entrar no metrô. Tudo é livre, voce entra no metrô e sai direto na plataforma de embarque sem nenhum obstaculo. Tem umas máquinas que vendem os tickets e voce tem que portar os tickets durante a viagem. Os tickets valem 2 horas e vc pode subir e descer neste tempo em qualquer onibus ou trem dentro dos limites de Berlim. Os controledores geralmente estao a paisana e depois que o trem fecha as portas eles colocam os coletes e fiscalizam os passageiros cobrando os bilhetes. quem estiver "no negro" ou seja, andando de graca, paga uma multa de 40 euros na hora. eles levam junto ateh maquinas para debitar em cartao de credito. O mais incrivel eh que realmente todo mundo no trem tinha bilhete. Por mais que soubessem que a fiscalizacao eh rara, a maioria compra o biblete. No meu caso nao vi ninguem ser multado e pra mim valeu a pena comprar o biblete do mes.
Como estou sem bicicleta, ao chegar na estacao caminhamos um pouco ateh um pier onde a Anjia e o Felix tinham um barco a vela para podermos cruzar o Lago e chegar até o local que o Alex tinha combinado. como o vento estav um pouco fraco, levamos quase 1 hora e meia para chegarmos até a "praia" e encontrarmos com o Alex lá. pouco depois que chegamos, chegou a Lena e o Paul. Finalmente encontre com o Gabriel e marcamos de ir juntos ao show do Gilberto Gil. Nossa! acho que toda Berlim vai estah nesse show.
A festa foi otima, regada a cerveja, salsicha e batata (básico). saimos de lá quase 9 da noite, mas por ser primavera o sol ainda estava claro. Nao consegui ligar para o Tim para saber se iriamos sair. Enfadada do jeito que estava só me restava a cama. Antes de dormir ainda conversei um pouco com a Arthur e a Valeria pelo msn. Bom saber noticias da terrinnha. Ruim saber que tah tudo na mesma ou indo de mal a pior. mas... a boa noticia é que um japinha que conheco foi chamado no conconcurso do TRE e que meu primo passou no concurso da caixa economica. É sempre bom saber de amigos que conseguem uma vitoria. Que a Adriana e a Raquel ganharam bolsa de estudos e estao vindo estudar aqui em Berlim.
no mais tenho que voltar aos estudos.
quinta-feira, junho 01, 2006
Colocando as coisas em ordem
Agora estou em Berlim. Depois de perder minha carona de Paris para Colonia, consegui (depois de 2 dias na casa da Maira) outra carona com um cara chamado Mafuta Kamena. Dá pra imaginar? Lembrei logo do Minami frescando que eu iria viajar com o Hakuna Matata. Acontece que o cara era um negao do Congo e que nao falava nada em ingles. De cara ele comecou a falar em Frances e como viu que eu nao entendia nada, comecou a converser em alemao onde eu me arrisquei a trocar algumas ideias. Ele foi logo explicando que era evangelico e colocou musica evangelica para tocar. Resultado: 6 horas de viagem de volta para Colonia escutando aquelas musicas do Congo onde eu soh entendia Jesus e Aleluia!
Mas tudo bem… o atraso de 2 dias na minha viagem nao significou tanto, visto que consegui descansar um pouco e ainda ter tempo de visitar o Museu D’Orsay em Paris. Fiquei maravilhada. Monet, Renoir, Matisse, Van Gohg… tudo junto.
Chegando em Colonia encontrei com o George Frizzo que estava tambem na casa do David. Deixamos as malas na casa do David e fomos comer da pizza da Josana na casa do Heleno. Realmente em Colonia só tem brasileiro, porque nao tive necessidade nenhuma de falar alemao. A turma de brasileiros sempre junta. No sábado, deixamos a Josana no aeroporto para ela voltar ao Brasil. Mesmo sendo sabado a noite resolvemos ficar em casa e organizar um pouco a casa que estava de cabeca pra baixo.
Pela manha o David foi comigo para Boon. Encontramos com a Alina e o Anselmo e conversamos bastante sobre as mudancas politicas em Fortaleza e das minhas possibilidades de encontrar um bom lugar para ficar em Berlim e estudar por aqui. Nada muito concreto, mas me deixou bem empolgada. Nao deu para conhecer o Lucas porque ele virria chegar muito tarde e eu e o David tinhamos que voltar para Colonia e resolver algumas coisas para a Josana.
Quando chegamos em Colonia fomos entregar uma chave para os ex patroes da Josana e no caminho encontramos com a Dani e a Erika no meio da rua. Resultado: mais tarde estava todo mundo na casa do David comendo macarronada.
Segunda feira era a vez da Erika voltar pra Fortaleza. Passamos a manha no centro de Colonia onde comprei livros maravilhos na loja da Tashen. Minha preocupacao é como irei levar todo esse peso de livros de volta para o Brasil. Parte dele o George já está levando, mas ó vou pensar nisso quando estiver perto de voltar.
Mais uma vez encontro uma boa carona para Berlim. Desta vez com uma alema muito simpatica que veio a viagem inteira conversando. Sobre exoterismo, energias e meditacao. Um barato.
Ao chegar em Berlim o Alex me falou um pouco sobre os apartamentos que estao muito dificeis nesta época do ano. Por ser o mes da copa do mundo eu nao iria conseguir um quarto por um preco muito bom. Procuramos na internet e todas as ofertas eram por precos pelo menos o dobro do que eu tinha me planejado. Como meu santo é forte, surgiu uma amiga do Alex que tinha um quarto vago e que poderia fazer um preco de estudante. Na terca feira eu já estava lá para negociar a estadia. O nome dela é Lena, muito simpatica. O apartamento é pequeno, mas adorei a vizinhanca. Fica em Kreuzberg, no antigo lado a alemanha socialista. Tem muitos turcos, mas é bem legal a area. O apartamento fica em frente ao Victoria Park e tem muito comercio na area. Apesar do box do chuveiro ser na cozinha e eu ter que subir 10 lances de escada, consegui fechar o apartamento por 150 euros. A Lena logo conseguiu marcar minha prova na Wolkshochshuler e, dependendo do resultado, já iniciarei as aulas segunda feira. Para minha sorte, ela disse que vai ver se consegue uma bicicleta para mim e nao vou ter que gastar tanto com metro.
Hoje estou na TUBerlim assistindo um Seminario sobre Urbanismo na America Latina e estudando para a prova de alemao que irei fazer mais tarde. Amanha já estarei deixando a casa do Alex e me acomodando no meu novo canto.
Berlim vai estar em festa este final de semana. Vai ter um grande carnaval no centro de Berlim, passando por Kreuzberg. Vou reencontrar o Jonh e a Marlene que está vindo de Frankfurt só para esta festa.
Hoje, vindo para universidade, encontrei com a Chris dentro do Metro. Acho incrivel eu encontrar com conhecidos aqui em Berlim, no meio da rua. Marcamos de nos vermos proxima semana. No mais ainda estou me estruturando e conhecendo muita gente.
quarta-feira, maio 24, 2006
etapa Paris
Bem... já que estava tudo bem e não havia dado nada errado, chegou o dia em que quase tudo deu errado. Aquele dia que tem que acontecer de tudo para nos pudermos contar a historia.
Dia 17 (ainda em Barcelona) resolvemos ir para o aeroporto a noite e dormir por lá. Sabíamos que o vôo sairia as 7:55 e deveríamos madrugar. Desta forma passamo a noite em cadeira nada confortáveis depois de vários dias de andanças. O que ninguém tinha alertado é que o sistema de informação no terminal de embarque é falho. Pela manha não conseguimos identificar o guichê de check-in do nosso vôo. Todas as televisões dos guichês estavam anunciando check-in de outros vôos. Ficamos pra lá e pra cá no aeroporto vendo a hora passar e sem conseguir nenhuma informação visual. O vacilo é que quando nos aperreamos devido o avançar o horário, resolvemos perguntar o porque de não ter aberto o check-in do nosso vôo para Paris. Resultado: responderam que a gente poderia ter feito check-in em qualquer guichê e que o check-in do nosso vôo já tinha encerrado, ou seja, tinhamos perdido o vôo. Ok! Pagamos uma multa e perdemos o dia inteiro no aeroporto (que era longe de tudo) esperando o embarque que soh iria acontecer as 18:00.
O albergue que iríamos ficar em Paris não aceitava reservas, mas o atendente garantiu que quando a gente chegasse teria vaga. Como problema pouco é besteira, ao chegarmos por volta de 11h no albergue, tivemos a noticia de que não havia vaga no albergue, que não havia vagas nos hostels visinhos, que o metro iria fechar em 1 hora, que não poderíamos efetuar ligações da recepção e por aih vai. Resolvemos pagar a estadia para os outros dias e o recepcionista ficou com nossas bagagens trancadas no locker. Resolvemos ligar para a Maira para dormirmos na casa dela, mas... (como problema pouco é besteira) os telefones da França são a cartoes telefônicos (diferente dos outros paises que se usa moedas) e que não havia lugar para se comprar cartão. Para completar pegamos Paris com um clima frio e começou a chover. Mas finalmente, o Minami encontrou um lugar (mais punk do que o lugar em que ficamos em Londres) e pudemos dormir. Não vou descrever aqui a situação do quarto para não causar maiores impactos.
Passando o aperreio inicial em Paris pudemos iniciar a viagem depois de nos acomodarmos devidamente no albergue inicial (que por acaso é muito bom, limpo, quente, organizado, seguro, central e com café da manha incluído por apenas 15 euros.)
Mas Paris é linda, apesar de eu particularmente ter gostado mais de Berlim. Aquela magia não é esses balaios todos. Acho que falam demais de Paris, o que pode causar alguma decepção pra quem vem com muitas expectativas. Mas ela não deixa de ser linda!
Conhecemos assim Nortre Dame e todo o arredor da Ila de
No outro dia foi o dia do museu do Louvre. Realmente é necessário um dia inteiro (ou mais) para visitar-lo. É muita informação. Sim... vi a Monalisa! A noite foi o aniversario da Maira, mas estávamos muito cansados e resolvemos voltar cedo.
Domingo
Na segunda fomos de novo para a Torre Eiffel, desta vez, apesar da chuva, subimos. Foi o dia que mais senti frio, mas valeu a pena ver toda Paris de cima. Depois pegamos um metro para Montmartre. Um bairro liiindo, bucólico, muito diferente da Paris central. Fiquei maravilhada com as ruas tortuosas e todo aquele clima de vilarejo. Na volta resolvi tirar um cochilo enquanto o Minami perambulava pela cidade. (Sei que não é todo dia que estamos em Paris, mas ultimamente estou muito cansada de tantas andanças)
Ontem fomos ao Palácio de versailes. O jardim é magnífico. Se eu soubesse postar fotos aqui no blog eu postaria um foto dele. A noite encontramos com a Maira e fomos jantar.
Hoje de manha o Minami partiu com destino a
Sobre o dia de hoje vou comentar em outra postagem, já que hoje também foi uma novela!
quarta-feira, maio 17, 2006
seguindo viagem
Na segunda resolvemos fazer o circuito Gaudi. Conhecemos a Ilha da discordia e la pedrera (onde tem uma exposicoa sobre a obra do Gaudi). Depois da pedrera encontramos um restaurante q nos serviu um almoco para que nao sentissemos fome para o resto do dia. comemos de entrada um Arroz negro (um tipo de arros negro temperado com mechilhoes e outros matiscos) , um segundo prato de carne, vinho, pao e cafezinho. foi uma das melhores refeicoes que fizemos (tirando a melhor pizza que comemos em Roma).Seguimos para a Sagrada familia. uma grande canteiro de obras. lah vamos nos subir nas torres com mais de 300 degraus. Visitamos outro museu sobre as cobras de Gaudi e a cripta onde ele estah enterrado.
Na terca resolvemos relaxar mais. Compramos morangos e pessegos no mercado, junto com algumas massas e picles e fomos ao parg Guell. um dia no parque eh uma boa pedida. demos uma volta no parque, batemos fotos, comemos e dormimos nos bandos rodeados de bombos. O Minami jah nao aguentava mais Gaudi. Na volta para o metro tentaram me assaltar pela segunda vez. mas sempre sinto alguem abrindo a bolsa e consigo dar um puxao de volta. Ainda nao conseguiram levar nada, mas o que Barcelona tem de beleza tem de ladroes. tem muuuuito ladrao por aqui. eles atuam em dupla. mas vez por outra eu me agarro no braco do Minami que geralmente parte na frente me deixando pra traz.
hj fomos a outro parque. o Minami queria ir ao aquario, resolvi entao tirar uma soneca boa no albergue para nao chegar tao acabada em Paris. vamos dormir de novo no aeroporto para nao perder o voo. por isso, hj foi outro dia de parque. conhecemos o parque da cidadela e com isso damos tchau a Barcelona. hj a noite vamos dar uma volta em las Ramblas e seguiremos ao aeroporto.
no mais tah tudo OK.
domingo, maio 14, 2006
PS
Em Barcelona
Berlim eh uma cidade maravilhosa. na terca demos outro roleh pela cidade e acabamos na TUBerlim para encontrar com o Alex e os alunos dele. Reencontrei somente com o Tim e o Marcus. nao seu o que houve com os outros. No terreo da faculdade de arquitetura temum cafeh (tipo um centro academico) que cerve cervejas e lah encontramos com a Paula santoro e a paulinha do polis. Nossa! num dah pra fugir nao! Mas o papo foi muito bom e chegamos 11 da noite acabados.
No outro dia foi o dia dos museus. O que nao falta em Berlim eh museu. escolhemos entao o Pergamonmuseum e o Judiches museum. no Pergamonmuseum vimos escultura de todo tipo. gregas, romanas, bisantinas... O portal norte da babilonia estah lah, realmente eh colossal. a entrada do mercado de Mileto tava em restauracao. (fazendo uma ressalva: quase todos os lugares que vamos tem um andaime imeeeeeenso cobrindo a fachada por conta de restauracoes. eh foda! gastar tanto dinheiro para ver um grande predio empacotado!)
No Judiches Museum a gente viu toda cultura dos judeus germanicos e como ele sperderam tudo com fotinhas bem chocantes dos campode de concentracao. (nao, nao fui ver auschwitz)
Quinta pela manha nos despedimos do Alex e da Dominica e seguimos para Londres. (vixi!!! chique!!! caaaro!!!)
Londres nao eh uma cidade uahu! que todo mundo diz. Acontece muita coisa mas a cidade eh meio suja e escura! Os ingleses realmente esbanjam charme e educacao. Tudo eh muito caro, nao me pergurte o porque. O metro eh pequeno e nao encontramos latas de lixo tao facilmente. estavamos acostumados a nao fotografar ou filmar dentro de museus ou igrejas, mas em Londres dentro do metro tambem eh proibido. acho que a guerra no Iraque e o Bin Ladem realmente deixaram a populacao e policia neurotica. o Minami foi filmar e em 5 segundo apareceu um policial num sei daonde dizendo que era proibido. a cidade estah completamente monitorada. onde vc se vira tem uma camera de vigilancia.
fora isso fizemos o basico: parlamento, London bridge, Westminter... Fomos a Temple church que foi citada no Codigo da Vinci. Nossa! lah tem um cartaz imenso desmentindo a historia com uma pessoa em uma mesa distribuindo a Biblia e pedindo que as pessoas lessem a verdadeira historia do amor de Jesus por Maria de Madalena.
Ficamos num hotelzim meio tosco. tinhamos visto nos guias que a inglaterra eh famosa pelos seus albergues. e nao pensem que eh pelo preco ou pela higiene. o que a gente pegou foi um dos mais caros ateh agora e um dos mais toscos tambem.
chegamos ontem aqui em barcelona. Outra hora eu comento. meu tempo aqui no cybercafeh tah terminando.
um bejao especial para minha mae neste dia! to morrendo de saudades dela!
pros amigos, aquele abraco
segunda-feira, maio 08, 2006
Nach Berlim
Depois de 2 dias em Colonia pegamos uma carona para Berlim. Aqui eles tem um servico o qual as pessoas que viajam disponibilizam as vagas que sobra no carro na internet para rachar a gasolina. A gente foi num furgao com um cara de hamburo que no pegou na frente do duomo de Colonia e nos deixou numa estaco de trem na entrada de Berlim.
O Alex foi nos pegar em frente a estacao e pudemos nos alojar e tomar um vinho colocando o papo em dia. (mais uma vez o Plano Diretor). O Dani ficou de vir esta semana mas nao deu. Soh vou conseguir encontra-lo depois que voltar de Paris.
Hoje acordamos 9h e a Dominica nos deixou perto da estacao para pegarmos um trem e conhecermos a parte oriental do centro de Berlim. Andamos muito e realmente percebemos que se deve gastar (ou ganhar) mais tempo para conhecer Berlim. A cidade tem muitos monumentos, museus e parques. Apesar de faltar pouco para a copa do mundo, Berlim estah ainda com muitos canteiros de obras por toda a cidade. A impressao eh que a cidade nao estarah pronta para a abertura.
Nao tive tempode ligar para o Jonh, mas consegui bater um papo com a Chris e espero que a encontre na quarta.
Amanha a andanca continua e espero comecar a procurar apartamento logo.
sábado, maio 06, 2006
Revendo amigos
O duomo de Colonia realmente eh imenso. o segundo mais alto do mundo. Hoje resolvemos subir na torre e encaramos mais de 500 degraus em uma escada circular interminavel. Mas a vista eh maravilhosa. Meu joelho, que jah comecava ademonstrar sinais de melhoras, com certeza vai amanhecer amanha dolorido.
Ontem fizemos pizzas aqui no apartamento. Fo muito legal porque o Mark acabou aparecendo e pudemos martar um pouco da saudade. Se tudo der certo irei passar algum final d semana na casa dele em Hamburg. Nao deu pra ver a Antje e o Stefan, mas espero que hoje a noite nos encontremos. Hoje eu e o Minami demos uma grande volta do centro da cidade. Todo mundo estah dizendo que a gente trouxe o sol para cah e tivemos sorte em pegar Colonia com lindos dias de Sol. (Mas o vento frio nao me deixa tirar o pullover, apesar de todo mundo jah estar usando shorts, blusinhas baybelook e sandalhas). Aqui os parques estao lotados. todo mundo tomando banho de sol, bebendo cerveja, lendo, brincando com o cachorro...
Falando em cachorro, isso eh muito interessante por aqui. Grande parte dos cachorros nao ficam amarrados pela coleira. Eles seguem o dono por onde andam. Passamos em frente de varios supermercados com cachorros soltos deitados na porta da loja esperando o dono sair. Fora que eles sao super comportado dentro do metro e andando pelas calcadas. Em dias "quentes" como hoje, varios deles pulam dentro das fontes nas pracas para se refrescar.
Aqui as pessoas esperam o sinal vermelho de pedestre para atravessar a rua mesmo se nao vem nenhum carro. Se cruzar com o sinal vermelho a policia multa em vinte euros.
As cidades sao adaptadas para bicicletas e tem toda uma sinalizacao. O ciclista que nao guiar da maneira certa pode ateh perder a carteira de motorista por 1 mes.
No metro a gente tem que ficar na escada rolante estacionada no lado direito, pois o lado esquerdo eh reservado para os mais apressados subirem. (E ai de voce se fizer do jeito errado). Nao tem cobrador nem bilheteria. Aqui eles tem maquinas para tudo. Voce pode entrar e sair dos trens sem passar por nenhuma roleta. Mas existem controladores a paisana que a qualquer momento pode pedir seu bilhete dentro do trem e se voce nao tiver a multa eh alta. dependendo da linha vai ateh 200 euros.
parece que tudo funciona por aqui. Amanha estarei indo para Berlin e estou ansiosa para conhecer a cidade.
No mais, tudo numa boa.
terça-feira, maio 02, 2006
mais um pedaco da viagem
Veneza eh linda. realmente unica. O albergue que pegamos, alem de caro, fechava de 10h a 13h e depois da meia noite. Se chegar depois fica do lado de fora! Tava muito frio e nublado. Andamos o dia todo e soh encontramos com a Silke e com o Niko a noite. Acreditam que eu encontrei a igreja que foi filmado o Indiana Jones? pena que nao pudemos entrar. tudo eh muito caro.
No dia em que saimos de Veneza estava chovendo muito e um frio de cortar. saimos 9 da manha e pegamos o carro do estacionamento do terminal e partimos para a Alemanha. Fizemos uma parada no castelo de Neunschwanstein, o mesmo que o Walt Disney copiou para fazer o castelo da Cinderela. E eh fabuloso. Tem uma vista para o Lago dos Cisneys maravilhosa. foi encomendado pelo Rei da bavaria mas nunca foi concluido.
De tardezinha seguimos para Munique.
Para chegar em munique cruzamos os alpes austriacos. (liiiindos!) a temperatura fora do carro? 4 graus em plena primavera, com grande parte do gelo jah degelado. No alto demos uma parada para brincarmos com bolas de neve. Acertei umas 3 bolas no Minami. Mas o Niko descontou com uma bola nas minhas costas. mas nao deu pra brincar muito tempo, pq estavamos sem luvas e parei de sentir meus dedos depois de poucos minutos.
Munique eh outra cidade carisiima. (Mamah, vir pra cah contendo gastos e resolver passar em Munique eh realmente querer se sentir liso). Munique eh comparada a Milao e Paris em termos de status. Conhecemos toda a cidade a peh. o que me custou um joelho doendo (e haja mazela). Mas estou maravilhada com a Alemanha. Deixa a Italia no chinelo. A italia tem um patrimonio arqueologico-historico muito grande, mas em termos de civilidade a alemanha eh perfeita. Em munique tudo eh tao caro e tem tanta riquesa que em um quarteirao o Minami contou 7 porsh (eh assim que se escreve?) e uma infinidade de BMWs. Enquanto isso, nos procuramos os supermercados para comprar comida, jah que os restaurantes estao fora dos nossos padroes. ainda nos arriscamos parar em alguma lanchonete, mas soh se necessario.
Hoje iniciamos a etapa poita da viagem. Ou seja, estamos na casa da mae da Silke que preparou um almoco tipico alemao para agente. (banhozinho quente, camas prontas...) tem doces tipicos e vinho da regiao. mais tarde, logico, vem a cereveja original de Mannheim. Tudo no preco!
Eles nao nos deixaram nem dividir o gasto com a gasolina.
Amanha poitamos a casa da Silke em Boon, depois a casa do David em Colonia e depois a casa do Alex em Berlim. eheheh Estamos na esperanca de algum contato em Paris, mas aih vai ser muita sorte.
para o Arthur um grande abraco (teu livro nos ajudou a encontrar um albergue perfeito em roma), um beijao para Mamah, Val (vou ver se levo teu aparelho) e Ailton (continuo acompanhando seu blog).
quarta-feira, abril 26, 2006
nas zooropa
sai na sexta com dor no coracao. (desculpem a falta de acentos, cedilhas e essas coisas que nao existem nos teclados europeus)
Ateh agora a viagem estah maravilhosa. Lisboa eh liiinda! organizada, limpinha, preservada. Pena que nao posso dizer o mesmo da italia. Milao e Roma sao sujas e baguncadas. O metro de roma eh tosco. Tirando o dia em que a imigracao italiana implicou comigo e com o minami e fez a gente desarrumar as malas todas no desembarque (perdemos o ultimo transporte disponivel e acabamos dormindo no aeroporto), estah tudo saindo como o epserado. Neste dia conhecemos uns portugueses que vieram no mesmo voo e que tambem iriam dormir no terminal. Eles iam para Roma, mas nos ainda iriamos passar em Pisa e Florenca antes de ir para Roma. Acredita que ontem encontramos com eles no meio da rua? Nao tinha coincidencia maior.
Sabe aquelas fotos que vemos da torre de pisa e do duomo de florenca? pois eh... eh muuuuito maior que aquilo.
Hoje assisti uma missa com o Papa na Praca de Sao Pedro. Conheci a Basilica e o Museu do Vaticano. amanha vai ser o Patheon, e o Coliseu.
Tah frio, meus pes estao cheios de calos, um corre corre danado, mas tah muito legal. quase nao consigo mais pensar no plano diretor.
quarta-feira, abril 19, 2006
E agora José?
É... agora falta pouco. A semana santa foi tranqüila, livros para ler, chuva de madrugada, vinho e minha cachorra stressada que resolveu me morder. Mas tudo bem... um dia eu pego ela na chinela.
Semana passada estava perto do CenterUm comprando umas ultimas coisinhas para a viagem. Andava olhando as vitrines quando uma Pajero subiu a calçada e vagarosamente avançou pra cima de mim. Encarei indignada o motorista que acenava dizendo: “Sai!”. Me encostei no muro e o arrogante estacionou ali mesmo na calçada. O gordo desceu do carro, olhou pra mim e disse: “Tá doida? Num viu o carro não?”. Bem... numa hora dessa a raiva é tão grande que... putz grila! Não tenho vontade nenhuma de voltar pra esse país. Ai se eu conseguisse emprego por lá e lá ficasse!
Hoje fui levar minha mãe ao médico. Voltando pela Padre Valdevino, naquele horário mágico de 18h, com um engarrafamento daqueles, o sinal abre e, quando suspiro ao ver que o terceiro carro a minha frente nem dar sinal de movimento, um idiota atrás de mim mete a mão na buzina e assim permanece por 15 looooongos segundos. putz grila! Não tenho vontade nenhuma de voltar pra esse país. Ai se eu conseguisse emprego por lá e lá ficasse!
Você conhece alguém que já ganhou na loteria? Não? Você sabia que só a Megasena (que está acumulada esta semana) realiza 96 sorteios anuais por todos esses anos e eu não conheço NINGUÉM que tenha ganhado nem na quadra? E olha que fora ela, ainda tem a dupla sena, a lotomania, a quina e váááááááários outros sorteios oficiais promovidos pela Caixa Econômica Federal. Será que só eu ou outras pessoas também acham que tudo isso é uma fraude e que todos esses anônimos ganhadores milionários estão lavando dinheiro do narcotráfico e do crime organizado? Hoje me falaram que já é fato que isso existe. Além do mais, se não for ganhando na loteria ou sendo desonesto, qual o brasileiro que consegue viver por aqui? putz grila! Não tenho vontade nenhuma de voltar pra esse país. Ai se eu conseguisse emprego por lá e lá ficasse!
Com toda a chantagem no congresso nacional para votar o orçamento para sabotar a reeleição do Lula, mesmo que todo esse atraso penalize a população. Com as mudanças (para pior) na lei que poderia diminuir com o caixa 2 em campanhas. Com toda a palhaçada do plano Diretor Participassivo. Com todo esse povo das áreas de risco em baixo d´água sem a Prefeitura ter vontade política nenhuma de resolver o problema da habitação. Com a falta de perspectiva batendo à porta. putz grila! Não tenho vontade nenhuma de voltar pra esse país. Ai se eu conseguisse emprego por lá e lá ficasse!
Pois bem... vamos lá ver o que a vida reserva pra mim.
segunda-feira, abril 10, 2006
Discurso político antes da Posse
Nosso partido cumpre o que promete!
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
A honestidade e a transparência são fundamentais
para alcançar nossos ideais.
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos, sem dúvida, que
a justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos, de nenhum modo, que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
compreendam que
somos a nova política.
quinta-feira, abril 06, 2006
Vida mansa 2006
Tempinho sem escrever. Muita coisa pra fazer. Faltam poucos dias e eu não estou conseguindo mais me concentrar em nada.
Saudades de pessoas especiais. O orkut faz a gente encontrar cada figura que não tínhamos nem indícios do paradeiro!
O Plano Diretor de Fortaleza continua a palhaçada de sempre. E agora o PSB é flex. Na prefeitura está com a “esquerda” e negocia com a direita no governo do estado. (Mas para os políticos, tudo é especulação. Imagine se o Tasso iria fazer um estardalhaço desses se já não tivesse com uma conversa fechada nos bastidores?).
E continua a chover na Fatal-lesa. E o povo continua a ficar sem casa, e a costa oeste continua a avançar e a prefeitura continua no papo furado, sem técnicos e sem vontade política.
Mas aí tive um final de semana maravilhoso com os amigos. Canoa Quebrada e (ahrg!) lá vai eu dar de cara com o povo da prefeitura por lá. Mas tudo bem... passeios ecológicos, WAR, feijoada... tudo na maior tranqüilidade.
Amanhã despedida do Filomeno, sábado chá de panela da Katiane e domingo estou torcendo para cair aquele pau dágua para eu ir à praia.
Nesse friozinho até que um namorado faz falta.
quarta-feira, março 29, 2006
O lobo na pele de cordeiro
Bem... 2 meses se passaram e ainda procuro acalmar meu coração e entender esse turbilhão de acontecimentos. Mas aí me mostraram o que é a Mosca Azul. Frei Betto que sempre consegue transcrever as angústias em seus livros. Por isso, vai 2 trechos os quais me fizeram de certa forma entender (mas não compreender) tudo o que estamos vivendo.
A cabeça pensa onde os pés pisam. Como ser de esquerda sem “sujar” os sapatos lá onde o povo vive, luta, sofre, alegra-se e celebra crenças e vitórias? Teoria sem prática é empulhação. Em mais de quarenta anos de militância na esquerda vi debandarem, não apenas para a direita, mas sobretudo à indiferença, companheiros que outrora arrotavam teorias marxistas, apontavam nos colegas desvios e vacilações, acreditavam portadores da chave do templo de Delfos da história. Até que encontravam a chave do cofre de uma boa remuneração salarial, uma função pública confortável, um posto de executivo na iniciativa privada. Disseram adeus às armas e às idéias, às teorias e aos companheiros. Agora, do alto de sua alpina omissão frente à desigualdade social, miram de binóculos a nós, os equivocados, os dinossauros, essa espécie arcaica que insiste em sobreviver á destruição causada pelo meteoro desabado com o Muro de Berlim. Envergonham-se do próprio passado, evitam ferir a boca com a palavra socialismo, tentam se convencer de que fora do mercado livre não há salvação, esse mercado que favorece um terço da humanidade e condena o restante à exclusão social.Como proclamar êxito do capitalismo se quatro bilhões de seres humanos sobrevivem abaixo da linha da pobreza?
Militantes da esquerda mudam de lado ao catar piolho na cabeça de alfinete. Como dizia Jesus, vêem o cisco no olho alheio sem enxergarem o camelo no próprio. Ficam como meros expectadores e juizes e, aos poucos, são cooptados pelo sistema. Não se deixam criticar nem admitem os próprios erros.
(...)
Quem se apega ao poder não suporta críticas, toma-as por ofensas, por minar sua auto imagem e exibir suas contradições nos olhos de outrem. Daí porque se isola, fecha-se num círculo hermético ao qual só têm acesso os que lhe cumprem ordens, dizem amém a suas idéias ou, ainda que críticos, calam-se coniventes, pois nutrem também suas ambições e não querem ser rifados por quem possui mais poder que eles. Assim, cria-s uma cumplicidade tácita. Teme-se apenas a imprensa saber o que se malfaz. Todavia, age-se como se secretárias, copeiros, garçons, motoristas seguranças e empregados não tivessem olhos, cabeças e ouvidos, bocas, parentes, vizinhos e amigos...
(Frei Betto – A mosca azul, reflexão sobre o poder)
Será que dá pra pensar um pouquinho sobre o que está acontecendo agora?
sexta-feira, março 24, 2006
Arrancando as mordaças
E foi muito legal o café da manhã no CEARAH Periferia com Pedro Pontual. Fiquei muito satisfeita, pois, além das coisas serem quase cruamente expostas, acho que deu pra dar uma refletida sobre a grande confusão que está sendo a participação popular nos “processos” e a mistura dos atores nessa gestão.
Nesses 3 dias, a preguiça reinou. Até meu ritmo de estudos diminuiu com esse friozinho que deixa a gente mais tempo debaixo dos lençóis. Trabalho eu tenho tido muito, mas pagamento por ele nenhum. Acho que ta na hora de deixar o voluntariado de lado. Afinal, quem é que vai pagar minhas contas? E haja entregar polpas.
terça-feira, março 21, 2006
Gênero. O que é mesmo essa discussão?
Ultimamente tem coincidido de eu conversar um pouco com alguns amigos sobre relacionamentos. A questão de certos casais competirem entre si sobre os papeis que cada um tem que fazer dentro e fora da relação.
Bem... Confesso que essa não seria uma abordagem certa da coisa, mas... defendo a igualdade de condições entre o sexos. O fato de ser igual respeitando as diferenças. (essa história de guerra dos sexos cansa)
Admito que existam diferenças de comportamento intrínsecas aos sexos. Acredito que os homens se sintam bem em proteger a mulher assim como a mulher se sinta bem em ser protegida. Alguns tipos de cuidados que ambos têm um com o outro e que são cuidados diferentes. Me assusta eu escutar de uma amiga que não gostou de receber flores de uma pessoa especial, visto que hoje não se coloca a mulher nesse patamar. (?) Bem... o fato de eu querer ter o mesmo espaço profissional, de querer igualdade de oportunidades, não significa que me negarei a oportunidade de me sentir frágil nos braços de alguém, nem me emocionar perante rosas. Quem sabe eles também não precisem se sentir frágeis (da maneira deles) nos braços de uma mulher? Afinal, não é legal sermos 24 horas por dia fortes e inabaláveis. Todo mundo sente falta de um afago. Válvula de escape, entende?
domingo, março 19, 2006
Neste domingo!
E a saga continua. Novamente teve festa na minha AP nesse final de semana e eu não soube. O calendário de “capacitações” sobre o Plano Diretor Participassivo continua rolando sem nenhuma mobilização social, sem nenhuma discussão sobre o estatuto da cidade. E o instituto Polis continua caindo no conceito de muita gente por aqui, sem falar na postura de algumas pessoas que até um tempo atrás poderia estar falando a mesma língua da gente.
Mas tudo bem... cumpro ainda meu estado de luto. Quando a esperança não existe mais e que é necessária a aceitação da triste realidade para ser um pouco mais feliz (ou um pouco menos infeliz)
Ontem fui ao Zé do mangue. A lua estava linda. Uma noite muito agradável com conversas fantásticas sobre filosofia e psicologia (enfim, sobre a vida) com o meu amigo Sol. Lembrou-me a noite de quinta onde o assunto da noite foi moral e ética. Assuntos densos para almas pesadas.
Sexta foi a colação de grau do Minami, Filomeno, Henrique, André... puxa! Quantos amigos advogados. Mas ainda espero ir para o céu. Me disseram que não é pelo fato de ser arquiteta que estarei salva. Enfim, diga-me com quem tu andas que te direi quem és. (essa foi pesada!) Mas tudo bem... a maioria é advogado aos avessos. Que nem a Val que nem advogada é.
E falta 1 mês. Ai que frio na barriga!
Agradecimentos ao Américo pelo maravilhoso presente. Ele acertou na Mosca Azul.
terça-feira, março 14, 2006
Um pouco de filosofia para entender as coisas
Bem... Esta semana o Murilo postou Thomas Malthus, agora eu pinço um trecho de um filósofo que gosto muito: André Comte-Sponville. Já vi alguma coisa dele no blog da Érika também.
“Não venhamos com conversas fiadas. Se as pessoas trabalham, se pagam impostos, se respeitam mais ou menos a lei, é por egoísmo, sempre, e sem dúvidas unicamente por egoísmo, na maioria das vezes. O egoísmo e a socialidade andam juntos: é narciso no Clube Méditerranée. Inversamente, toda coragem verdadeira, todo amor verdadeiro, mesmo se a serviço da sociedade, supõe essa relação lúcida consigo, que é o contrário do narcisismo (o qual não é uma relação consigo, mas com sua imagem, pela mediação do olhar do outro) e que chamo de solidão... O egoísmo e a socialidade andam juntos; juntas, a solidão e a generosidade. Solidão dos heróis e dos santos: solidão de Jean Moulin, solidão do abade Pierre...”
Isso me fez pensar se realmente existe movimentos desarticulado. Bem... as lutas se fazem com a paixão, coragem e amor de indivíduos solitários. Afinal, sempre haverá o dono da voz que se levantará. E eles sempre estão sós. O apoio não é companhia, provavelmente será interesse. Se realmente não for interesse, que seja mais uma voz.
sexta-feira, março 10, 2006
aconteceu de novo. Ainda vai?
E é isso mesmo. Esperança resta pouca. Não tem mais cassação no congresso. Acordões garantem a manutenção da corrupção. Por aqui o jogo da manipulação continua e eu estou doida para sair desse país.
Detestei o final da novela. Até nisso fui frustrada. Meu único momento de alienação garantida e me sinto mal por ter gasto horas assistindo uma novela pra ter um fim tão estúpido.
Estou cansada de pensar nas pessoas e ajudar no que posso, percebo que o egoísmo é generalizado. Contrariando os filósofos, feliz é o ignorante.
Besta é quem se preocupa.
quarta-feira, março 01, 2006
Carnaval em Récifi
Se me perguntassem a umas duas semanas onde eu iria passar meu carnaval eu diria
O Apto que a Val arranjou em Recife foi só o filé, de camarote para o Galo da madrugada (Pena que no sábado e a gente tava tão chumbada de cansaço que perdemos o bloco, mesmo ele passando em baixo de nossos narizes. Mas em Olinda deu pra descontar.) Fomos todos os dias para o Recife antigo a pé.
Quarta, rolé pela cidade. Quinta, porto de Galinhas. Sexta, abertura do Carnaval e de quebra roubam meu celular. (mas tudo bem... é só um aparelho mesmo.)
Esse carnaval foi dicumforça. Tanto quanto no ano passado. (Pena que a galera interessante tava namorando.) Deu pra reencontrar amigos do peito que fazia muito tempo que não os via: Lhéo e Daniel. Não deu pra encontrar com Bavária, Charles, Presunto nem com a Cris. Mas fica pra próxima. (quando não roubarem meu celular com todos os contatos do povo de recife)
Episódios muito engraçados como o super bunda (que nas suas horas vagas se disfarça de caipira alemão) ou então os comentários toscos dentro do elevador foi o que me arrancaram várias gargalhadas.
Descobri que os alemães têm mania de só andarem de cuecas dentro de casa. Tudo bem... eu supero...só comecei a ficar preocupada no caso da moda pegar e eu e a Valéria termos que conviver com o Jonh, o Igu e o Arthur de cuecas pra cima e pra baixo dentro do apartamento.
A água de Recife é terrível. Salobra, grossa. Foi muito bom chegar hoje em casa e tomar banho no meu banheirinho e deitar na minha caminha.
Confesso que ainda tenho que desopilar das coisas. Em pleno carnaval de Pernambuco, consegui perder parte de uma noite de sono pensando nas trapalhadas do Plano Diretor daqui de Fortaleza. Mas aí foi pra perceber o quanto eu sou doente e que eu devo mesmo é largar mão de tudo isso.
No mais, acho que maiores detalhes virão no blog da Valéria.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
E agora? Quem poderá nos defender?
Não sei mais. Parece que a esperança deu lugar ao terror de ver como as coisas começam a andar por esta cidade.
Mataram um. A Prefeitura resolve promover uma desocupação na Rosalina e matam. Tantos anos acompanhando as Políticas Habitacionais nesta cidade e nunca tinha ouvido falar em mortes nesse tipo de ação aqui
Jornal “O POVO”
Caderno COTIDIANO
Marlene Brito conta que chorou de emoção quando a prefeita Luizianne Lins ganhou a eleição em 2004. Hoje, diz que chora de tristeza pela situação em que se encontra por conta da prefeitura. "E não é só por isso não. Choro de revolta e angústia pelo companheiro que foi morto. Eu moro lá já faz um ano. Eles não sabem o que é ver sua própria casa no chão. E agora, eu vou morar aonde?", questiona.
Diana Maria Cardoso fez questão de ir à manifestação para pedir justiça pela morte do companheiro de comunidade. Ela conta que foi uma cena que nunca vai esquecer. "O guarda estava quebrando o braço de um rapaz da comunidade. Ele é doente mental e não tinha como se defender. Eu falei com ele e pedi para que parasse de machucá-lo. Por isso ele me empurrou e eu caí com meu filho, que se machucou bastante. Além disso, agora eu não sei onde vou morar". Fortaleza, 18 de fevereiro de 2006.
“Processo” tocado por essa gestão, em uma palavra: Tosco! Ou seria: Negligente? Ou seria Irresponsável? Ai gente, não dá pra descrever. Só o que não sai da minha cabeça é a COISA que essa gestão chama de participação e que é mais tirana do que na época do LEGFOR. Esperanças? Não, não tenho. Pra mim essa gestão não tem mais salvação. Quem perde? A Cidade!
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Sensação esquisita
Ultimamente penso muito no que vai ser daqui pra frente. Não estou tendo tantas perspectivas quanto o bom futuro para esta cidade. A cada dia aquele sentimento de que não vale a pena começa atomar de conta. As esperanças depositadas em uma nova gestão descompromissada com as questões urbanas, a cada dia me tira o sono. A cooptação, a incoerência, a negligência. Cada dia minha vontade de fazer algo por aquilo que acredito diminui. Aff... pra onde a gente vai?
Mas aí me veio uma idéia ótima. Remarquei minha passagem. Não contem com minha ausência nesta cidade por 1 mês. Se Deus quiser passarei NO MÍNIMO 3 meses loooonge daqui.
Decepcionada também com as pessoas que se escondem. Não sei o que passa pela cabeça delas. Não, eu não mordo, mas não mecha muito comigo que você vai ver uma onça na sua frente.
Que bom que estou vendo a galera passando nos mestrados. Não quero desanimá-los, mas vão embora, saiam dessa cidade. Aqui não tem lugar para os bons.
E a Valéria conseguiu de novo. Em menos de meia hora conseguiu meu sim. Siiiim, vou pra Recife no carnaval. De repente deu uma vontade imensa de repetir todas as macacadas do carnaval passado. Vamos lá.
E esta sensação de quem não sabe o que vai ser do amanhã.
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Privacidade é fundamental
Sinto muita saudade do meu apartamento.
Era dividido com amigas, mas eu tinha o que chamamos de privacidade. Hoje eu, como criatura stressada que sou, tenho realmente que entender que não estou na MINHA casa e sim na casa dos meus pais e devo me submeter a:
*Não fechar a porta do meu quarto quando quero estudar ou ler algum livro, mesmo que a televisão esteja sendo escutada em todos os aposentos da casa;
*Atender telefonemas, mesmo aqueles mais pessoais, ao lado da mãe ou do pai que não desocupam a mesa ao lado do telefone nem aceitam colocar outra extensão na casa e ainda por cima acham um absurdo a proposta deu pagar outra linha para mim no meu quarto;
*Comer buchada em plena quarta-feira, mesmo tendo que trabalhar durante a tarde, porque os pais não entendem que eles são aposentados e que não faz diferença se sentirem sono depois.
*Escutar com cara de indignação todas as intrigas e fofocas de família toda vez que a mãe fala com algum parente pelo telefone, mesmo que eu não tenha nada a ver com aquilo e realmente não me interessar pela vida de cicrano ou beltrano.
*Ter que dizer o horário que devo voltar pra casa;
*Receber críticas desde a roupa até meus planos de vida;
*Escrever um e-mail ou teclar com alguém na internet sem vir alguém lendo o que estou escrevendo e fazendo aquela pergunta cretina: “o que vc está fazendo?!” (AAAAAAHHH não é da SUA conta!!!)
Meu Deus! Preciso sair daqui! Um pouco de ar puro por favor!
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
cheia de vontade
Deu saudade, liguei.
Senti fome, comi.
Senti sono, dormi.
Vontade de fazer nada? Deitei, estiquei as pernas e passei a tarde olhando para o teto do meu quarto.
Ai como eu queria fazer isso!
domingo, fevereiro 05, 2006
sábado, fevereiro 04, 2006
Onde é que eu estou?
Daí que hoje fui almoçar numa churrascaria com minha irmã. Chegando lá, o metri chamou um garçom para nos acompanhar até a mesa. Já perto da mesa o garçom diz:
- Sentem-se aqui, priiiincesas!
(ai meu Deus! Não me faltava mais nada!)
- E aí? Lembra de mim? Ainda tenho teu telefone. Vou te ligar viu?
(E eu pensando comigo: puta merda!)
Mais tarde recebo uma mensagem: E aí? Quer sair pra dar uns beijinhos?
(tem cantada mais idiota. É tão imbecil um cabra desse que me dá até raiva. Sorte ter sido via mensagem. Era capaz deu mandar ele praquele canto logo depois de acertar o primeiro objeto que cause algum dano ao ser humano na cara dele.)
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Livre como um pássaro
No primeiro dia da minha nova rotina, resolvi me priorizar. (sim, gente. Não faço mais parte do governo. Não sou mais Habitafor)
Depois de um ano trabalhando que nem um burro de carga, resolvi parar e cuidar da minha saúde.
Chegando ao consultório médico o atendente começa a fazer um monte de perguntas para preencher dados no computador. (nome, idade, plano de saúde...) No fim da “entrevista” ele afasta uns calendários que davam pra frente de uma webcam e diz:
- Fique bem aqui para eu tirar uma foto sua!
Eu olhei na cara dele e perguntei se ele tava trabalhando para a polícia e se o consultório estava auxiliando no rastreamento de bandidos terroristas.
Ele ficou com raiva e disse que todo mundo fazia isso. (Fiquei pasma!!!)
É incrível como as pessoas se submetem a tamanho constrangimento para conseguir uma consulta médica.
Eu imediatamente esclareci que EU não era todo mundo e tinha vergonha na cara. Só faltava agora colher minhas impressões digitais para eu ter uma droga de consulta médica.
O que me deixa ainda mais chateada é que o povo perdeu a capacidade de se indignar com as coisas. Agora tudo é normal. Pra mim num é normal nem aqui nem na china. (ops! Na china pode ser normal! com a ditadura por lá não duvido nada)
De qualquer forma, todos os que têm caráter e o mínimo de dignidade deveria se indignar em ser tratado como bandido até mesmo em um consultório médico.
Um dia desses resolvi um probleminha no setor de passaporte da Polícia federal e não tiraram sequer uma fotinha minha, nem me abordaram desse jeito.
Esse país está uma vergonha mesmo.
terça-feira, janeiro 24, 2006
existe luz?
Um sonho indo embora.
Um sonho não vingando.
Como resgatar a coragem de quem perdeu um pouco a perspectiva?
Respirar outros ares, ficar um pouco burra.
Sentir um afago e saber que tudo está bem.
domingo, janeiro 22, 2006
Ideal
Ideal seria não haver distância para separar quem se gosta. Ideal seria não haver porquês nem desculpas. Ideal seria a liberdade de olhar nos teus olhos sempre que quizer.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
De mudança
E me disseram: “Por quê?”
-Tenho muitos motivos e também acho que chegou a hora deu me priorizar.
E depois: “coragem heim?”
-Não sei. Precisou de muita para tomar a decisão, muitos acham que foi covardia, mas prefiro ficar com o estratégico!
Mas aí vieram aqueles: “Num tem medo não? De ficar desempregada?”
-Nã, tenho muito caminho pela frente e minha vontade é de construir mais.
(obrigado do fundo do meu coração a todos aqueles que me apoiaram e que estão convictos que estou no caminho certo. A força do abraço fala muito por aqueles que são sinceros e que realmente querem ver o bem das pessoas.)
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Over dose de Legião
Resolvi terminar o projeto que tinha começado a fazer para o Instituto Terramar. (Por cortesia e respeito ao trabalho deles.) Mas aí... ainda por fechar a arquitetura, tendo que projetar mais da metade do elétrico e a droga do hidro-sanitário completamente, resolvi escutar TODOS os cds do Legião Urbana. (que fazia séééculos que não escutava). Assim, acabei recortando aquelas frasezinhas que as meninas na minha época colavam na agenda. (falando nisso, hoje em dia essa meninada ainda faz isso? Minha agenda certa vez juntou formiga de tanto papel de bombom!)
Já me basta que então eu não sabia amar
E me via perdido e vivendo em erros
Sem querer me apaixonar de novo
Por culpa do amor”
(Se fiquei esperando o meu amor passar)
A gente quer é de papel passado
Com festa bolo e brigadeiro
A gente quer um canto sonegado
A gente quer um canto de sossego”
(O descobrimento do Brasil)
Alguém que depois não use o que eu disse
Contra mim”
(Andréa Doria)
“Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiu em dois
O que procuro agora
O que é minha metade”
(Sete Cidades)
Me apaixono todo dia
E é sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também”
(Love in the afternoon)
mas vejo muito bem o que diz”
(Eu era um Lobisomem Juvenil)
"Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão"
(Vinte e nove)
fds rulez!!!
Final de semana meio fora do comum. Fazia tempo que não emendava tantos programas num só final de semana. O reencontro com o Bebeto foi uma felicidade, pra não dizer nostalgia. Depois das lembranças do tempo de Escola Técnica, depois de tomar uma cervejinha na praia (esquecendo o estrago que o sol estava fazendo nas minhas costas), encontro a Fernanda no orkut bem na hora de me arrumar par ir pra formatura do Filó. (tem gente que não morre tão cedo!). Dormi pouco, assisti muitos filmes, li pra caramba, conheci pessoas especiais. Apesar re, durante a semana,ter outra daquelas revelações (acho que minha sina tá sendo rapazes comprometidos.), acho que já superei a decepção.
A Valéria continua na alça da mira. Mas não se preocupe não menina, não é nenhum bicho de sete cabeças o que a gente ta pensando em fazer com você.
Perdi de novo o semestre no alemão. Ô arrependimento! Não deveria ter trabalhado tanto. A Prefeitura não tava merecendo tanto esforço.
Vontade de viajar. Tomara que abril chegue logo.
quarta-feira, janeiro 11, 2006
descansando
Ela não sabe bem pra onde vai. Reza todos os dias para seu anjo da guarda. Tem quebrado muito a cara nos últimos anos e espera que desta vez possa viver algo real. Mas o temor a deixa vacilante. Não deseja mais aqueles braços. Novos olhos brilham ao seu encontro. Será verdade?
Após o primeiro grande evento do ano, o Fest.Val, preparações para a formatura do Filó! Tenho que voltar à ativa. Uma praia não seria uma má idéia. Mas será que conseguirei levantar na manhã seguinte?
domingo, janeiro 08, 2006
domingo de céu limpo
Mais tranqüila para dizer as mesmas coisas. Propostas de trocar 6 por meia dúzia e eu ainda quero dormir.
Vontade de ver coisas bonitas e intensas.
Meus livros continuam empilhados. Meu ânimo não tem mudado tanto.
O vento começa a soprar em outra direção.
E minha cama continua quentinha me esperando.
terça-feira, janeiro 03, 2006
Sou eu?
Em minha maratona de pensamentos e reflexões:
Pretendente D: hum... saímos este mês inteiro, te acho uma pessoa fantástica, mas não sei se estou preparado. Mais um pouco eu me apaixono.
Pretendente M: Não era mesmo isso que eu tava querendo. Só amizade, certo?
Pretendente M2: bem... se eu não fosse casar... (não quero nem comentar este caso).
Pretendente I: Estou saindo com outra pessoa, mas você sabe que é só me ligar. (AHRG!)
Pretendente G: Estarei em Fortaleza até amanhã. Te ligo mais tarde pra gente comer uma pizza e esticar para outro canto. (esta ligação nunca chegou).
Pretendente G2: Olha, depois da virada do ano passo na tua casa. (estou esperando até agora.),
Pretendente T: esse é chato pra caramba. Não agüento a babação.
Pretendente AC: Não costumo misturar as coisas.
Pretendente J: tem amiga atrás dele. Ou seja, noves fora nada.
Pretendente D2: é gay!
Nossa! O que há de errado?
segunda-feira, janeiro 02, 2006
Procura-se
Tenho pensado muito nas pessoas legais que passaram por minha vida. Amigos que não sei se irei reencontrar. Estava no transito e vi um carinha que parecia um amigo que estudou comigo no 3º ano. Nossa! Não sei onde ele se encontra hoje, mas seria uma das pessoas que eu sentiria uma felicidade imensa em rever.
Lembrei ainda dos inúmeros encontros de estudante que fui durante a faculdade que fez com que eu conhecesse muita gente boa. Onde estarão estes arquitetos? Cíntia e Rui de Campo grande, Germana de Brasília, Rafael de Porto Alegre, Estevão de Jundiaí... (O orkut ainda não é o salvador na pátria.) Mas aqui, olhando álbuns e mais álbuns de fotografias, começo a sentir muita saudade de todos.
Procura-se Jajo!
2006
No início do ano procuramos fazer promessas. Este eu não vou fazer. Nem mesmo a promessa de escrever mais vezes por aqui, porque sei que ultimamente tenho estado tão desestimulada que nem mesmo um parágrafo diário consigo escrever. Não que muitas coisas não me venham à cabeça, mas é que, no final, não as acho importantes. Mas aí? O que é mesmo importante, né?
Tirei alguns dias de folga. A intenção é que eu me acalmasse e pensasse mais nas minhas decisões, no caso destas serem precipitadas. No entanto, nesta calmaria, acabo chegando à mesma conclusão: cair fora. Mas ainda terei que fechar umas coisas que estou fazendo para consumar o fato.
Nos meus devaneios também decidi ser mais egoísta. (não me recriminem) Estou um pouco cansada de estar disponível e sempre prestativa. Eu agora quero algumas regalias. Também quero colo, também quero mimo e quero falar o que penso, mesmo que isso me custe ser a pessoa mais desagradável do mundo. Não me importo em, pelo menos agora, poder ser seca, dura e de certa forma injusta (para garantir a ironia). Minha vontade é de bater em alguém, mas quem me fez esse mal não está por perto agora.
Dizem que Deus não dá asa às cobras (eu penso diferente). Podem dizer ainda que ultimamente eu ande muito negativa (tomara que seja isso mesmo, que o problema está comigo e que o mundo é uma maravilha e que tudo tende a melhorar e que daqui a pouco viveremos em uma sociedade justa).
Goste de quem gosta de você. Melhor conselho não há. Pra quê perder tempo com uma causa perdida? Pena que as oportunidades que surgem sempre vêm com um ar passageiro. E eu que ando a fim de pipocas na frente da televisão, beijinhos no cinema, pizza aos domingos, cochichos no meio da noite, massagem nos pés, carinhos discretos e cumplicidade no olhar.
Para não ter decepções este ano, eu espero não esperar que alguma coisa boa aconteça.
terça-feira, dezembro 20, 2005
Final de festa
Ultimamente andava arquejando. Sem fé, sem vontade, sem força. Aquele sonho já não era tão real e suas noites já não continham ânsia e esperança. Tava na hora de dar um fim naquilo. Um novo horizonte enxergar. Novas possibilidades a alcançar. Um mundo a conquistar. Não podia voltar atrás, nem ao menos hesitar. Seus dias de ponderações tinham passado e a decisão teria que ser tomada. Pois bem... vamos ver o que o futuro guarda para ela.
quinta-feira, dezembro 08, 2005
relax
Bem... andei lendo umas coisas ultimamente que me fizeram lembrar daqueles amores platônicos de antigamente. Quando o menino mais bonito da turma me dirigia a palavra e eu, sem reação, ficava lerda, sem encontrar pensamentos ou alguma informação que servisse. Ou então o carinha que finalmente se apaixonou por mim e eu, mesmo gostando dele, fugia desesperadamente do encontro. (isso realmente foi uma burrice!). Pior foram aquelas paixões que todo mundo sabia (inclusive ele) e eu achava que era tudo ultrasecreto. Bem... são coisas que dão saudades. Um sentimento assim, saudável.
Hoje fui ver Harry Porter e o cálice de fogo. E sabe o que aconteceu? Me apaixonei pelos gêmeos Fred e Jorge rsrs (ainda bem que eles são em dobro!)
domingo, dezembro 04, 2005
Mais uma semana
Tenho consciência de que foi uma semana sem postagems, mas fazer o que?
*Zé Dirceu foi cassado. Qual minha opinião? Que a ditadura está pra voltar. Os parlamentares estão sendo cassados por perseguição política e não a partir de provas concretas de falta de decoro parlamentar. Pra mim, tudo não passou de um grande teatro encenado pela imprensa.
*Ando percebendo o quão infantis são as pessoas que me rodeiam. Não sei se terei muito estomago pra agüentar prosseguir cercada de picuinhas, fofoquinhas, diz que me disse ou os achismos que só fazem atrapalhar.
* Meu irmão vai viajar pra Salvador e anunciou que vai voltar todo rastafari. Fiquei tentando imaginar com que cabelo ele iria fazer as tranças. Imediatamente lembrei do dia em que fui com o Daniel para a praia e que chegou um hippie daqueles, indo em cima do Daniel, percebendo que, pelo porte, se tratava de um gringo. Daí, acho que pelo impulso de sempre lucrar em cima de gringos perguntou:
- Vai uma trancinha aí?
O Daniel olhou pra mim sem entender. (Detalhe: pra quem não conhece, o Daniel é careca!) Daí eu perguntei:
- Onde? Ta doido?
- Ora... sei lá.... no saco? – disse imediatamente com aquela presença de espírito que só a malandragem consegue ter.
Passei um bom pedaço para recuperar o fôlego das gargalhadas que dei naquele dia.
* Estou passaaaaada com o desfecho do 6° exemplar sa série do Harry Porter: Harry Porter e o Principe Mestiço. Admito que também fiquei triste com o que aconteceu. No entanto, espero que tudo dê certo no próximo livro que, se Deus quizer , não poderá ser o último.
domingo, novembro 27, 2005
Sozinha em casa
Numa hora dessas, só Calcanhoto:
“Eu perco o chão,
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim
Eu perco os freios
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio
Onde será que você está agora?”
quarta-feira, novembro 23, 2005
na noite
Os blogueiros estão de férias. Apenas o Ailton tem mantido a freqüência. Mas tudo bem... eu entendo... tem épocas mesmo que a gente não tem muito o que falar.
Esta noite perdi o sono. Sabe naqueles dias que você entra em paranóia e fica se perguntando se você está no caminho certo? Pois é...
Perguntam-me o que eu acho sobre o que tem saído na imprensa ultimamente. Respondendo eu digo: a imprensa não me emociona mais. No máximo, posso ficar surpresa com o posicionamento de algumas pessoas, mas logo recobro a consciência e fico convicta que o povo não sabe da missa a metade. (mas quem é que sabe mesmo, não é?). E antes que me encham: Sim vou votar novamente nele. Acredito que este governo só colherá os frutos das árvores que tem plantado em um segundo mandato.
Hoje também fiquei satisfeita. Mais uma vez aprendi um pouquinho mais sobre as pessoas, um pouquinho mais de paciência é fundamental. Infelizmente terei que ter paciência também com os brutos que estão longe de entender isto e serem um tiquim mais humanos. É isso, o povo esqueceu do que é ser humano. Assim como tem muita gente por aí sem capacidade de se indignar. Acho que no mundo está faltando sensibilidade e sobrando inércia, conformismo e desestímulo.
Quem é que topa aí organizar o reveillon em Jeri? Ainda quero saber mais sobre a organização do Fest.VAL.
segunda-feira, novembro 21, 2005
Pra fora!
Um dia acordei e vi que eu poderia ficar na cama. Siiiiim, ficar na cama. Passar o dia todo na cama, deitaaada, dormiiiiindo. Não seria pelo fato de minha pressão estar lá em baixo e sim porque achei que pelo menos um dia eu poderia adoecer. (algumas vezes sinto que é um crime comentar que vou viajar num final de semana ou faltar quando preciso ir ao médico. Bem... de repente o Will ta certo: eu devia pensar um pouquinho mais em mim.).
Sexta estava disposta a sair. O verme me fez arrancar a Val de casa. O noise tava legal, mas o clima do amicis é que decidiu. Fora que o leléo me falou que no “cantinho do céu” não está legal porque o povo sai com o carro arrombado e sem cdplayer. Até agora estou pensando o que vou fazer com tal informação, considerando que eu não sou “necessariamente” uma freqüentadora nata desses cantos.
Fui pra Aracati e dormi. Não é muito difícil para mim quando chego naquele sítio. Uma rede macia, passarinhos cantando, todo aquele verde. Não adianta, consegui outro feito daqueles: acordar 7 da manhã, voltar a dormir ás 9 e acordar ás 6 da tarde, dormir às 9:30 e acordar no outro dia quase ás 10. (ainda achando ruim.) Mas não quero nem lembrar do dia que dormi 26 horas initerruptas e pensei que só tinha dormido 2. Foi foda ter que me acostumar com 1 dia a menos no meu calendário.
Continuo querendo ganhar na mega-sena. Disseram-me um dia que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro. Acho que é verdade. Tô precisando ter de volta um cantinho pra mim. Vez por outra é um saco ter que inventar história pros pais porque eles não conseguem ser discretos quando me vêem chegando 7 horas da manhã. (aaaaaiiii! Quero café na cama!)
No mais continuo caminhando e fingindo e conheço as pessoas e fingindo que gosto de alguém e fingindo que o tempo passa.
segunda-feira, novembro 14, 2005
farta de tudo
Quando parar de sonhar, quando parar de pensar, quando parar de sofrer. Quando? Já não foi o bastante?
quinta-feira, novembro 10, 2005
Por traz do silencio
E naquele dia, sentada na areia, olhando para aquele horizonte. Ela não via nada. Não conseguia ver a si mesma. Sua alma era como se saltasse do seu corpo. As lágrimas que rolavam pelo seu rosto resultavam do seu peito. Seu coração era como se não existisse ou se o que restasse dele fosse apenas combustível para sua angustia. Suas mãos tremiam no simples reflexo das suas ultimas forças que se esvaiam. O grito já não seria suficiente. Não haveria ombros mais a suportar tal decepção. A esperança tinha sido massacrada e o horizonte não era mais claro. Suspirou por um momento. Um único gesto de dignidade. A única certeza era a que deveria seguir
segunda-feira, novembro 07, 2005
aguarde e confie
Nos próximos dias respirarei aliviada. Terei algumas toneladas a menos nas minhas costas.
quarta-feira, novembro 02, 2005
Matando a saudade
"É a verdade que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói
Vejo tudo o que se foi
E o que não existe mais
O corpo quer a alma entende
Esta é a terra de ninguém
Sei que devo desistir
Eu quero a espada em minhas mãos"
(Legião Urbana)
mais uma vez cega. Mas nem tanto!
“Para o coração de uma mulher, alpargatas de aço.” (Chico César)
Quando o egoísmo é tamanho que não mede as implicações. Devíamos ter mais cuidado com o coração de quem nos quer bem.
domingo, outubro 30, 2005
Desta forma!
Ás vezes eu sofro de um mal terrível: em alguns momentos eu não sei falar o essencial!
As pessoas não costumam expressar o que sentem. (Deve haver alguma razão. Alguma razão que eu na minha pobre ignorância não devo estar percebendo.) Mas sempre acreditei que a maioria das coisas é muito simples, a gente é que complica. Desta forma, pelo cenário que me encontro, todas as pistas me falam que não é pra ser mesmo. Se fosse já teria me reconhecido, e tanto tempo não seria desperdiçado.
"Eu tive um sonho ruim e acordei chorando, por isso eu te liguei. Será que você ainda pensa em mim. Será que você ainda pensa..."
segunda-feira, outubro 24, 2005
Pedaço de mim
Meio desleixada com este blog... É que ando procurando não pensar em muitas coisas, nem mesmo estou com muito ânimo em colocar nessas linhas os parcos devaneios que tenho tido.
O fim? Ou o recomeço? Quem vai ter a iniciativa? O que significa tudo? Outra coisa que busco fugir. Reflexões demais nesse campo sempre me prejudicaram. Deve ser uma oportunidade. Uma oportunidade de me acostumar com essa nova condição. Deve ser o recado que eu teria que captar. Bem... e aqui estou eu... pensando demais.
Não me pergunte o que eu acho sobre o resultado do referendo. Continuo tão indecisa quanto antes. Realmente não sei qual teria sido a melhor opção. Mas o país decidiu. Se são conservadores, eu já sabia.
Algumas más notícias que até agora não sei como a ficha não caiu. Acho que estou começando a ficar malhada. Tomara que eu não perca a minha capacidade de indignação. Às vezes a integridade de uma pessoa é percebida pela sua coerência. Espero responder ás expectativas.
Tem coisa mais linda do que ver quem se ama dormindo, na paz de Deus. (Saudades.)
Andar na praia 5 horas da tarde. Faz um pouco de frio, mas o horizonte é lindo. Quando o céu começa a ficar rosa. Quando as lembranças são tantas e a angustia faz rolar algumas lágrimas pelo rosto.
Saber o que se quer já é a metade do caminho andado. Depois disso, é só correr atrás. Você teria coragem?
quarta-feira, outubro 19, 2005
E a segurança?
Hoje no Jornal local:
“Eu confio muito na providência divina. Eu nunca tive medo de ser assaltado”.
(Tem que confiar mesmo na providência divina, porque na polícia ta difícil.)
domingo, outubro 09, 2005
Borboletas
E ela penteou seus cabelos logo após de colocar a camisola. Leu algumas páginas do livro que repousava na sua mesa de cabeceira. Seu pensamento vagou e ela achou que tudo estava no seu devido lugar, até os problemas. A ansiedade não a perturbava mais. A saudade já não fazia mais sentido. Nem mesmo a angustia teria mais lugar no seu coração. Resolveu então adormecer, com a sensação de que apesar de tudo, ela era feliz.
terça-feira, outubro 04, 2005
Cruzes!
Bem... as coisas começam a melhorar. O bicho tá pegando, mas consegui um estagiário pra me auxiliar e finalmente distribuíram os celulares institucionais. (não estava agüentando minha conta telefônica). Se eu conseguir minha equipe e boas condições de trabalho não precisarei jogar a toalha.
Por mais que eu esteja com a corda no pescoço começo a não me desesperar. Sou humana, é isso! HU-MA-NA.
A bruxa está solta. Clima mórbido. Não agüento mais dar pêsames a pessoas queridas. Tomara que essa onda pare.
segunda-feira, outubro 03, 2005
Das oropa!
Muito bom receber o povo de volta. Hoje por exemplo: o Arthur voltou e me deu mais ânimo. Até porque hoje era o aniversário dele. Mais ainda porque essas histórias de europa me instigaram pra caramba. E é porque eu ainda não vi as fotos. Recebi um e-mail da Silke e escrevi outro pra Emily. Tudo tá conspirando!
domingo, outubro 02, 2005
Smashing Pumpkins pela manhã
Cherry
Stay with me, I'll set you free
'Cause I can tell you once were pretty
Rose so sad you've lost your petals
Lost the luster off your tattle tales
I need a love to help me find my way
I need a strength that I cannot betray
I need a word to say what I can't say
I need a lover, lover
I need a lover, lover
What are we waiting for?
What are we waiting for?
Time has lost its hold on me
Hatred sleeps inside my bones
In the stillness of cool air
All the boys have been left for dead
'Cause we go where they fear to tread
The beautiful one's the one's we'll remember
The precious one's our greatest pretenders
I need a love to help me find my way
I need a strength that I cannot betray
I need a word to say what I can't say
I need a lover, lover
I need a lover, lover
And if you lose yourself
Could you take me, too?
Could you rest inside the sleep?
Stay with me, I'll set you free from you...
Stay with me, I'll set you free from you...
Stay with me, I'll set you free from you...
Stay with me, I'll set you free from you...
I need a love...
sábado, outubro 01, 2005
mais um dia
Muito alemão nessa cidade. Uns chegando e outros indo embora. Quando será que eu irei pra lá? Falando nisso, tenho que comprar minha passagem.
O povo já fala em ir pra Caracas no Fórum Social Mundial. Uma caravana daqui quer ir até Manaus com uma história de pegar um trecho de barco, subir para Macapá, alugar vários carros e rumar para o Fórum. Dizem que a gasolina tá uma pechincha por lá. Mas aí não sei se estou disposta á esta aventura. Lembro que ainda estou na vontade de ir à Cusco.
E uma amiga veio me confidenciar que estava toda quebrada, que depois da noite que teve, doíam músculos que nem ela sabia que tinha. Nunca pensou que existisse tanta posição. E eu pensei: “Sei muito bem do que se trata.”. O mínimo que pude dizer foi: “meus parabéns!”.
E o tédio se alastra como uma peste. Uma vontade se ser levada por alguém. Tenho vontade de fazer algo, mas me falta ânimo. Passar sexta e sábado à noite em casa, isso pra mim está sendo inédito! Mas realmente, o que me resta são os meus travesseiros.
- E aí? Já está desempregada?
- Ainda não.
- Poxa! Tá difícil de se ficar desempregado, né?
quarta-feira, setembro 28, 2005
2ª Conferencia Estadual da Cidade. (Ai meu Deus! Isso parece nunca ter fim). O grande lance é que escapei de ir à Brasília. Já pensou? Passar 5 dias lá e ser cobrada por uma produção de quem estava por aqui? (!) O debate? Hum... terrível. As propostas limitadas que engessaram a discussão. (Mais um teatro.) Depois, uma cervejinha discutindo outras coisas, tipo: a biodiversidade, o caneco do Edson, as pererecas, dentre outras questões de ordem. Não agüentaria outra noite como a de ontem.
A certeza de saber o que não quero. No entanto, o que quero está difícil de conquistar(nem sei mesmo precisar o que quero). Continuo pensando
É... acho que hoje vou ao cinema sozinha.
domingo, setembro 25, 2005
Fazer o quê?
Droga do domingo entediante.
O passar das horas me deixa um pouco deprimida. Uma vontade de viajar... Nem que fosse aqui pra perto, no porto das dunas ou cumbuco. Conhecer outras pessoas ou tomar uma taça de vinho, à noite, numa varanda na beira da praia, deitada em uma rede, abraçada com alguém. Ou uma noite jogando baralho com os amigos, rindo e relembrando histórias (também estaria valendo).
Ao invés disso, olho pra bagunça em que está o meu quarto e não tenho o mínimo ânimo para dobrar os lençóis. Os sapatos por baixo da cama, os livros amontoados ao lado do computador, canetas e lápis se misturam com vidros de perfumes, pulseiras e batons. Minha vida, o caos. Uma voz lá de dentro dizendo: “Concentre-se em você! A felicidade não está em ninguém, somente
Mais um pouquinho que eu enlouqueço. Um sorvete é uma boa pedida.
domingo, setembro 18, 2005
findi
É... acho que a última vez que fui pra Aracati foi no ano novo. Este final de semana foi maravilhoso. Assistir o pôr-do-sol em cima da duna e em seqüência presenciar aquela lua liiinda no céu é impagável. O reagge rolando na praia, amigos ao meu lado e o mar cristalino. A noite foi só alegria. O frio na beira da praia e aquele cenário fez com que eu refletisse um pouco mais sobre a vida. Conclusão? Não, nenhuma.
O problema de se desperdiçar. A sensação de ver a vida passar por você e não ter reação. Como se estivesse sentada em um pequeno banco, com o queixo apoiado nas mãos e as coisas acontecendo ao seu redor. Alguém me falou hoje que eu estou muito nova para ser tão pessimista. (e eu que pensava ser uma pessoa positiva!).
A nostalgia me invade e eu não deveria ter me deixado envolver. Devo me concentrar nos meus travesseiros, deixando as lembranças pra traz. Percebo que não haverá mudanças. Percebo que o medo ainda tem forças e que poderá vencer. Sabendo disso, por que nutrir? A resposta pode estar vindo de longe. Mas o longe me desanima. O quê fazer quando se deseja estar perto?
Estou com frio.
quarta-feira, setembro 14, 2005
Coração apertadinho
Pois é, a venda do BEC da forma que ia ser era inconstitucional. (Porrada no Governo do Estado). Roberto Jefferson é cassado. (pelo menos isso). Mas ainda falta muito para eu recuperar a esperança. Dê-me 3 décadas. Quero ver meus filhos crescerem e tomara que eles lutem. Tomara que eles façam a diferença e que não se sintam impotentes.
Hoje chego em casa com uma angustia. Começo a sentir falta de ter alguém pra ligar no final do dia, contar o que se passou, falar bobagens e sorrir no final. Começo a perceber que estou farta do circulo vicioso que me envolvi, estou farta da espera e confesso que um pouco triste. Frustração. É isso, frustração. Por tudo.
Que vontade de viajar. Abastecer de idéias e visões. Perceber que o mundo é grande e que as coisas são mais medíocres do que aparentam e que ninguém tem sangue azul. Que tudo é tão simples (inclusive amar), que não vale a pena valorizar pessoas que não se importam, que não adianta, que meu trabalho de formiguinha vai ser só isso, trabalho de formiguinha, que minha vontade de dizer sim não tem nenhum efeito se a pergunta certa não for feita.
Bem... minha vontade é de me deitar e não ter que me levantar tão cedo, de dar um beijo looongo e sentir a força de um abraço, de escutar uma linda música e não ter vontade de chorar, de compartilhar pequenas lembranças, de não ter mais que esperar esse maldito telefonema.
segunda-feira, setembro 12, 2005
sexta-feira, setembro 09, 2005
Dodói
Naquela manha.
Naquela preguiça.
Querendo colo.
E neste quarto só me resta meus livros e alguns filmes para assistir.
É assim?
Quando você ama apesar de.
Apesar das diferenças. Apesar das dificuldades. Apesar do passado. Apesar dos defeitos. Aceitar e amar. Isso é incondicional.
Quando você ama desde que.
Te amo desde que... (!)
segunda-feira, setembro 05, 2005
bom começo de semana
Ok! Greve na UFC! Resultado: tão cedo não terei aulas de alemão. Como o cursinho também usava a estrutura da UFC, ainda estou aguardando para saber onde terei aulas. Por enquanto, minhas noites estarão LIVRES. Livres? Livres nada, cara pálida! Um moooonte de coisa para estudar e uma pilha de processos para despachar (levando trabalho pra casa de novo é? Siiiim. Muuita cobrança).
Esse mês foi muito atribulado. Tava um pouco angustiada e a tristeza misturou com uma maratona de casamentos e formaturas. Hoje recebi a conta do cartão de crédito. Meu Deus! Acho que próxima vez que eu ficar pra baixo eu vou esconder meu cartão de crédito embaixo do colchão.
No trabalho parece que as coisas estão ficando menos impossíveis. Ainda temos 3 computadores (2 inteiros e 2 meios) para uma equipe de 16 pessoas. Mas tudo bem... Semana passada consegui mais 2 arquitetos para a equipe. Minha batalha vai ser agora conseguir meus engenheiros, estagiários, assistentes sociais, psicólogos e equipamentos. Ah... tava esquecendo das cadeiras, do papel, da impressora e dessas coisinhas básicas para um órgão funcionar. Pelo menos o povo já fala comigo dizendo que está gostando de ver, saí da fase de desespero e chororô para a fase de gargalhadas(fazer o q? pra não chorar, só rindo mesmo!).
Uma vontade de tomar uma cervejinha hoje. Vamos ver o quê que rola!
domingo, setembro 04, 2005
o preço da reflexão
Dentro do peito uma confusão só. A lucidez não vê o caminho. Me encontro dispersa e não canalizo meus pensamentos. As cartas perguntam: “Onde você encontra sua felicidade?”, “Quais são seus medos?”, “Eles são mesmos verdadeiros?”.
Definitivamente, sei que não devo satisfações sobre o que fiz todo esse tempo. (A mim será que não?) Serei eu mesma o barba azul? Será que terei forças para manter meu sol brilhando sem conflitos ou manipulações? Serei capaz? Será que me aceitarão ou me permitirão?
quarta-feira, agosto 31, 2005
terça-feira, agosto 30, 2005
uma noite como essa
Numa hora dessas que eu chego. Pifando, pifando.
Pelo menos as coisas começam a relaxar. (ou eu começo a relaxar.) Sinto vontade de criar, mas o cansaço me pega e não sai uma linha no papel. Hoje foram exatamente 10 horas de trabalho contínuo. Resolvendo pepinos atrás de pepinos. Um sanduíche numa mão e a cara enfiada na frente de um monitor. Uma hora na aula de alemão e mais 2 numa aula de ecologia. No final, já não estava conseguindo entender mais nada.
Amigos vêm a mim pedindo calma, relevância e lembrança. Um suspiro, um sorriso e uma noite confortável pra sonhar com que se pode.
O vento invade meu quarto e eu me afundo nos travesseiros. Um frio imenso me assola. Nessas horas, só o coração queima.
domingo, agosto 28, 2005
O que realmente vale a pena?
Uma frase sincera, o saber querer, o saber o que se quer, o saber sentir, o falar o que se sente, o saber escutar, o deixar de lado o orgulho, a consciência dos atos, a transparência, a ousadia, o deixar partir, o perdoar. Seguir em frente sempre, na perspectiva de encontrar a felicidade.
segunda-feira, agosto 22, 2005
Na doida!
E a roda da fortuna continua a girar. Ninguém acredita que eu tive coragem. Mas no frigir dos ovos a minha realidade ainda não mudou. Ter que esperar substituto e ainda tocar a procura por novos caminhos.
No coração nada definido. Tô cansada de me desperdiçar. As coisas demandam mais profundidade, mais aconchego, mais atenção e hoje ninguém está diposto.
As aulas do cursinho começaram. Ando um caco. Trabalho, alemão, curso, pesadelos. Dia após dia. No final de semana, tento me divertir e isso me cansa mais ainda. Começo a perceber que os fins de semana se alternam, um dormindo outro na farra. Não dá pra ser o meio termo? Um dia me disseram que eu era muito intensa. Deve ser meu ascendente, exaltação em todas as casas. Ou seja: uma louca!
Vou catar meus pensamentos e tentar fazer uma casa.
P.S: sim. penso muito no primeiro beijo.
domingo, agosto 21, 2005
quinta-feira, agosto 18, 2005
segunda-feira, agosto 15, 2005
Afogada
Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Um furacão de sensações. Decisões importantes a serem tomadas, posturas a serem assumidas. Reflexões, conselhos, tudo ao mesmo tempo.
O jogo aberto, a paz, a injúria e a ruína. O enfrentamento, a serenidade, a angústia, a tristeza, a aflição, o sarcasmo, o silêncio.
O que você quer de mim?
muitas coisas
Quem morre?
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
Plabo Neruda -
segunda-feira, agosto 08, 2005
Semana cheia (pra variar)
A vida é mesmo cheia de surpresas. Há quem diga que ela vive na espreita pra lhe pregar uma peça.
Final de semana agitadíssimos. Cineminha e cervejinha na sexta. Decido ir ao Alpendre, enveredo pro noise e já quase de manhã tomo o rumo de casa. Como conseqüência, meu sábado se resume a roncos e mais roncos. Acordar meio dia com o telefone tocando: “Vamos pra praia?”. Na praia acabo dormindo na cadeira de sol. Voltando pra casa, vamos lá dormir... E assim fico até 8 da noite. Mas aí... telefone toca e tchanrã... Beber uma cerveja no Assis, encontrar com o Sol, a Val e o Leléo para depois descer pra praia de Iracema. Dançar, dançar, dançar até ficar de porre e dormir na casa alheia. Chegar em casa ainda tonta.
Surpresas no domingo, convites e aniversário do Igor na barra do Cauípe. A Valéria inventou outro ponto no mapa denominado Barra do Cauípe, mas depois de andar léguas encontramos. Pareceu até a fábrica de chocolates, saem 6 carros em direção ao Cauípe, de cara o Ailton se perde, depois, quando estava vendo 4 carros pelo retrovisor enveredo por aquelas estradas que deixam o carro todo frouxo. De repente, só dois pelo retrovisor: a Erika e o Zé Maria. Chegando na barra do cauipe (A verdadeira) a Érika acaba atolando e os dois outros solidários seguem
Hoje, minha irmã me pergunta: “quer tomar um copo de vinho ale na cozinha?” e eu: “não, meu fígado não agüenta. Um porre na sexta outro no sábado e você ainda me vem com essa história em uma segunda?” (é mole?).
Daí hoje esqueço as chaves de casa e fico presa do lado de fora porque meu pai não escuta a campainha. Mas esse negócio de esquecer as coisas ta ficando sério. Dizem que é estafa. Semana passada eu estava em plena terça-feira pensando que era quinta e na quarta eu fui trabalhar de carro e voltei de carona com o Arthur. Quando cheguei em casa me lembrei que tinha esquecido o carro no subsolo da Habitafor. Lá vou eu pegando um ônibus de volta pra buscar o carro. No outro dia não tinha uma vivalma no trabalho que não tirasse uma onda comigo (tenho moral nenhuma!). E vai que eu ligo pra Val no sábado:
-Ei, consegui o carro, onde a gente se encontra?
-No Rabibi´s da Bezerra.
-Hum... você já ta saindo?
-Mulher, acoooorda! O negócio é amanhã
-é mesmo? Vixe!
quinta-feira, agosto 04, 2005
só
Nesses dias as minhas forças tem quase acabado. O coração apertadim, a falta daquele abraço e aquele beijo na testa dizendo: “calma... calma...”
Uma massagem, um sopro no ouvido, um cochicho perto do pescoço...
A noite está fria e meu lençol não aquece. A música no quarto, lembranças na mente. Me afogo no travesseiro, espero que o dia nunca amanheça.