sexta-feira, dezembro 21, 2007

A nova mestranda

A boa é que passei. Passei na selecao do IPPUR. Lágrimas rolaram ao receber a notícia e esse ano, apesar de muito difícil, conseguiu terminar com boas notícias.
O Arthur passando no IPPUR junto comigo.
A Joisa passando para o doutorado no IPPUR.
A Camila passando no PROURB.
O Taiti, a Sara e a Giselle se formando.
O Renato e a Denise indo fazer pós-doctor em SP.

bem... Feliz Natal e Próspero ano novo pra vocês.
já estou preparando minha mudança

Escrito a quatro maos

De repente lá estava ela, deitada na cama, com apenas um lençol lhe cobrindo o corpo. Pensava nas horas passadas alí e quanto queria que o tempo parasse. Ele dormia ao seu lado enquanto ela o abraçava ao peito. Estaria ela sonhando demais? Ou seria o mundo dos sonhos se encontrando com o real?Devaneios que nos prendem ao incerto, num movimento suicida de nos jogarmos no devir do tempo sem nada esperar do futuro. O contentamento do momento. A simplicidade e serenidade de um beijo. Ela queria permanecer deitada, abraçada, escutando sua respiração. Olhando-o dormir. Mais tarde, sussurrando na madrugada, trocando confidencias, numa entrega que assustaria a muitos. Ate à eles mesmos se fossem outros tempos. Se entragar sem medo.

sábado, dezembro 08, 2007

Sábado parecido com domingo

É... a Joisa passou definitivamente para o Doutorado do IPPUR e essa semana foi repleta de grandes novidades.
Ontem fui à confraternização da “turma do bairro”. Mais um ano que nos reunimos no Caicó da Zé Bastos e aprontamos aquela confusão. Troca troca de presentes, muita gargalhada, mímicas, piadas... Foi realmente uma noite muito divertida em que os amigos conseguiram burlar os atropelos da vida para se reencontrar. A Ana Amélia como sempre consegue arranjar as brincadeiras mais cômicas e fazer todo mundo passar vergonha. Vou fazer um grande esforço para próximo ano estar aqui em Fortaleza nessa época e não perder nossa reunião anual de natal.
Hoje é o aniversário de alguém muito especial. Estou preparando um presente bem original. Vou entregá-lo meio atrasado, mas acho que não terá importância.
E acordando hoje bem cedinho, resolvi ir á praia com a Joisa. Para os que me conhecem, sabem que praia pra mim, só depois do meio dia. Mas, como ultimamente estou da pá virada, cheguei hoje na Vira Verão 8:30 e me deparei com a praia “vazia”. Sim, 8:30 da manhã do sábado não tem quase ninguém na praia. Aquela mesa que espero mais de meia hora para encontrar em domingos habituais estava lá, para escolher em que canto sentar. Infelizmente cheguei a conclusão que o mau atendimento da barraca não é porque ela está sempre lotada, é porque os garçons são lerdos mesmo. Quando chegamos na barraca tinha mais garçom que cliente e mesmo assim precisamos nos estressar com o gerente para sermos atendidas. Pedimos água de coco para SETE garçons que passaram pela nossa mesa e NENHUM pôde atender “porque não era a área de atendimento deles”. Quando o nosso garçom resolveu aparecer parecia que tinha esquecido de acordar. Mas a raiva passou quando os caranguejos chegaram. Muito grandes e gordos. E a água do mar tava cristalina. Nunca tinha visto a água do mar da praia do Futuro tão limpa. É... evitei ostra por hoje. Realmente, nos últimos dias, não seria uma boa idéia comer minha costumeira dúzia de ostras na praia. Tô contando as horas pra chegar na cidade maravilhosa. Tomara que tudo dê certo.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Desejos

Não quero trabalho. Quero EMPREGO.
Quero seguridade social, carga horária definida, quero condições de trabalho, vale transporte, vale refeição, férias e décimo terceiro. E, principalmente, quero ter meu dinheirinho caindo na minha conta TODO mês. Não quero salário astronômico. Quero apenas um salário que me permita comer fora de vez em quando e comprar presentes de natal para meus pais. Tô querendo demais? Querer isso é crime?

segunda-feira, novembro 26, 2007

Ansiedade

Espera por resultado. Contagem regressiva. Espera pelo final de ano. Espera pelo início das aulas. Espera por um carinho. Ai... enquanto isso, eu leio um livro.

domingo, novembro 18, 2007

ValeimeuDeusu!

Pois é... cheguei semana passada do Rio. Muito bom. Muito bom mesmo. Adorei as provas, passei no PROURB e espero ser chamada para a entrevista do IPPUR.
Mas mal cheguei e lá vamos nós. Tudo atrasado no trabalho. Tempo curtíssimo.
Bem... e aí... a bruxa se solta, meu laptop dá pau com toda a minha pesquisa e projetos de clientes dentro, a máquina de lavar quebra e o conserto vai quase a metade do valor a própria máquina e, pra completar, o ferro de passar roupas queima (literalmente pega fogo).
Fazer o quê, né? O negócio é colocar um biquíni e ir tomar uma cerveja bem gelada na praia.

sábado, novembro 17, 2007

Ao longe, ao luar

Ao longe, ao luar,
No rio uma vela
Serena a passar,
Que é que me revela?

Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.

Que angústia me enlaça?
Que amor não se explica?
É a vela que passa
Na noite que fica.

Fernando Pessoa, 5-08-1921

quinta-feira, novembro 01, 2007

Cidade Maravilhosa

Pois bem… estou aqui no Rio. Cidade maravilhosa.
Após o resultado de que passei no mestrado da USP, veio uma certa tranqüilidade quanto a prova do IPPUR. Não estarei com aquela pressão do ano passado de ser agora ou nunca. Na pior das hipóteses estarei em São Paulo fazendo meu mestrado próximo ano. Apesar de ter ficado feliz por mim, pela Bia Rufino e pelo Renan, fiquei triste, pois nem o Arthur nem a Camila passaram. Consigo ver na Camila o mesmo sentimento que tive ano passado com o resultado do IPPUR. Exatamente porque o IPPUR é o que eu realmente quero e passar na USP era o que ela queria de coração.
Agora estou aqui, estudando e rezando para morar nessa cidade linda. O curso é mais pesado do que a USP, mas não estou procurando moleza. Então... vamos batalhar!
Conheci pessoas interessantes e enfrentei uma decepção que eu já sabia que iria ter. Mas, por já esperar, não tem me afetado tanto.
Tenho saudades de meus irmãos e ando pensando muito nos meus pais que passaram esse tempo todo me apoiando.
Queria muito mostrar pra eles que não foi em vão.
Ontem tive uma conversa muito legal com o Filipe, tomando uma cerveja depois da prova do PROURB. Ao falar de perspectivas e das relações promíscuas de trabalho daqui do Brasil, lembrei do Thales que a todo tempo se preocupa comigo e lembra que apesar da paixão, eu teria que me preocupar com dinheiro. É.... e não sei se esse caminho que estou escolhendo garantirá o pão de cada dia. Quem garante que um diploma de mestre assegura um emprego depois? Aiii... o sonho da estabilidade!
Vontade de tomar um banho de mar. Mas só depois que passar tudo.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Fechada pra balanço

Pois bem... muita coisa pra ler. Preocupada com o como vou me virar nesse final de ano. Pensando no tanto de coisa que tenho que fazer quando chegar em casa.
Aos que reclamam que estou sumida, aviso: vai piorar :P

quinta-feira, outubro 04, 2007

Rotina dos últimos 10 dias

6:30 levantar, banho, escova de dentes, café, louças, livro, caderno, livro, caderno, internet (15minutins), almoço, Cebion, louças, escova de dentes, retorno ao livro, cafezin às 5 da tarde, livro, jornal nacional, banho, janta, Cebion, escova de dentes, cama. (Aff. Tomara que novembro chegue.)

terça-feira, setembro 25, 2007

USP

Pois é gente, passei no mestrado da USP. Eu o Tio Arthur, a Camila, o Renan.... que bom... Muita gente fazendo upgrade próximo ano!!! Mas ainda vou precisar de energia positiva para as provas do IPPUR e PROURB. Porque eu queria muito ir morar no Rio. Acho que em São Paulo eu iria ficar mais doida co que eu já sou. Mas tá de bom tamanho até agora. rsrsrs

quarta-feira, setembro 19, 2007

Legiao pra relembrar

Escutei essa hoje e refletiu um pouco desse meu momento :P

Sereníssima


Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a idéia, você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia.

Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.

Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.

Construido conforme o projeto


Nao acreditei quando meu amigo Rérisson me mostrou. Mas como diz um amigo meu, "Nunca subestime a ignorância alheia!"
Uma jaula conforme o projeto. (Clique 2 vezes na imagem para ampliá-la e compreender melhor a asneira do marmoreiro.)

terça-feira, setembro 18, 2007

É... cada dia mais corrupção.

No meio desse perpétuo mar de lama que cobre Brasília, vamos jogar nossos olhos para o clã tucano mineiro de onde poderá vir um presidenciável. A bola da vez, como anunciou meu irmão em seu blog, é o tucanoduto. Será que a mídia da Globo vai dar ibope para isso?

Um pouco de poesia

"Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....O amor é quando a gente mora um no outro." - MÁRIO QUINTANA

quinta-feira, setembro 13, 2007

O futuro...

Quando começo a pensar no que vem por aí, sinto o meu coração ficando pequenininho. Se pelo menos eu conseguisse estar mais animada. Acho que o pessimismo do qual eu estava me defendendo começa a me impregnar.
Ai como eu queria que desse certo. (USP, PROURB, IPPUR... aff... muita coisa...)
Sorte à minha amiga Joisa que está enfrentando uma barra no divisor de águas da vida dela. Tomara que ela vá fazer doutorado e me acompanhe nessa mudança.
Alguém pode fazer uma oração pra mim?

sábado, setembro 08, 2007

Melancolia

Estava assim, sozinha em seu apartamento. O vento assoviava entre as vidraças. Além disso, somente o som do gotejar do chuveiro mal fechado que não parava de pingar. Mas permanecia naquele estado, deitada em sua cama, olhando o teto. Estava tão cansada que não movia um dedo para matar a fome que já começava a incomodar. Lembrou das pessoas que ela queria reencontrar e imaginou o que elas deveriam estar fazendo. Suspirou e, por um instante, quis ir ao cinema. Não queria sair para dançar, nem beber. Queria sossego ou o mínimo de ombro amigo. Mas já estava cansada de ir ao cinema consigo mesma e não adiantava recorrer ao telefone. O tempo tinha passado e tinha que partir para outra. Afinal, ela sempre detestou jogos e não seria no meio desse tédio que ela iria arriscar um “Oi! Tudo bem?”. Respirou fundo e foi à cozinha. Abriu uma garrafa de vinho branco e seguiu para a varanda com uma taça na mão. Afundada no sofá se contentou com a paisagem da cidade imersa entre prédios. Lá ficou, perdida em pensamentos, até que o dia amanhecesse.

sexta-feira, agosto 31, 2007

Êita saudade!

Minha irmãzinha e eu! Pirrototinha, não?

terça-feira, agosto 28, 2007

Campanha a Vale é nossa!

Por que você não sabe que vai ter plebiscito na semana que vem ?

Vou ver como faço para dar meu voto, mas por favor, quem puder, se manifeste. A gente tem o direito de dar nossa opinião! (próxima semana estarei apresentando trabalho no Seminário APPs Urbanas em São Paulo, mas tentarei localizar uma urna por lá!)
Mais infomarções sobre a "Campanha a Vale é nossa!" clique aqui (é um vídeozinh no You Tube que explica a situação.)

Mais informações relacionadas:

Campanha da Vale se espalha pelo Brasil
A Vale é Nossa

Participe!

Israel, me aguarde por aí!

segunda-feira, agosto 27, 2007

Quem vai entender?

Tava hoje pensando sobre carinhas estranhos que me apareceram nos últimos meses e as inúmeras vezes que escutei a frase “Quem é que entende os homens?” este final de semana. É... acho que os tempos estão mudando mesmo. A resposta que vem à minha mente é sempre a mesma: “Desisti de entender! Foda-se.”. Como sabem, eu estou em novo Modus Operandi. Acatando o conselho de meu querido irmão: você vive melhor quando começa a usar o “Foooooooda-se Modus Operandi”. E é verdade!

Daí me veio uma música que acho que se encaixou com as angústias de várias amigas que ainda não conseguiram incorporar isso e continuam gastando energia com esses marmanjos que estão completamente perdidos.


Cara Estranho

(Los Hermanos)


Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
Não mede a força que já tem
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém
Tem tudo sempre às suas mãos
Mas leva a cruz um pouco além
Talhando feito um artesão
A imagem de um rapaz de bem

Olha ali quem tá pedindo aprovação
Não sabe nem pra onde ir
Se alguém não aponta a direção
Periga nunca se encontrar
Será que ele vai perceber
Que foge sempre do lugar
Deixando o ódio se esconder
Talvez se nunca mais tentar
Viver o cara da TV
Que vence a briga sem suar
E ganha aplausos sem querer

Faz parte desse jogo
Dizer ao mundo todo
Que só conhece o seu quinhão ruim
É simples desse jeito
Quando se encolhe o peito
E finge não haver competição
É a solução de quem não quer
Perder aquilo que já tem
E fecha a mão pro que há de vir

sábado, agosto 25, 2007

Salão de Abril

Essa semana tava à toa voltando para casa, com os pensamentos a mil e sem ligar para o que me acontecia ao redor. Ao passar pelo shopping Benfica, percebi que tinha uma pessoa me seguindo. Olhei para trás e vi uma menina imitando cada gesto meu. Vestida de branco, também fez um gesto de exclamação e olhou pra trás como se tivesse uma pessoa invisível atrás dela. Saí de minhas angústias, dei aquele sorriso e parei de uma vez. Ela se esbarrou em mim e parou. Tentei andar para trás e ela também andou. Dei 3 pulos e ela me repetiu.
Enquanto isso, percebi que tinham outras cinco pessoas na rua, todas vestidas de branco, fazendo mímicas e também interagindo com o público. Naquela carreira de pontos de ônibus na frente do shopping tinha uma multidão de pessoas que olhavam aquilo rindo, achando tudo estranho, inusitado... Daí percebi o que tava acontecendo. Sim, a Semana do Salão de Abril tinha começado. Aqueles lá eram artistas fazendo uma intervenção urbana. Reservei uns minutos para ficar ali, parada na escada principal, observando a reação das pessoas. Incrível como essas coisas acabam dando um choque de humanidade, ao ver que alguns vêm andando com raivas, preocupações, dores, perturbações e de repente se deparam com pessoas interagindo com estranhos. Em pouco mais de 30 minutos que passei ali vi que a reação das pessoas era de desarmar e recepcionar os artistas. Poucos foram os que andaram mais rápido com o semblante de “aff... tem cada doido!”.
Infelizmente nascemos em um país regado de ignorância.
De uma hora para outra apareceu um senhor empalitozado com 2 seguranças á tira-colo, todos segurando rádios na mão. E chegaram para o garoto que estava registrando o evento falando que eram para eles pararem. Que eles não tinham autorização do shopping para se apresentar ali. Que a segurança estava chegando e que se eles subissem a escada do shopping ou entrasse seriam abordados pela segurança.
OPA! PÉRA AÍ! Volta a fita e repete isso.
A apresentação estava sendo feita na calçada. Pelo que eu sei as ruas, vias, praças e mobiliários são de uso comum do povo. Quem deu o direito de alguém nos privar da arte que se manifesta nos espaços públicos? Quem é esse sujeito que diz que vai chamar a segurança? SEGURANÇA? Segurança de quem? Qual a ameaça? Que tipo de censura nos deparamos no dia-a-dia?
Sabe o que mais me deu raiva? É QUE NINGUÉM SE MANISFESTOU!!!
Cheguei perto do “segurança-mor” e perguntei o que tava havendo. Qual o problema? A resposta: “Eles estão incomodando nossos clientes” (!!!!!!!!) Continuei a questionar: Me aponte um cliente que está aqui e que não está gostando. Um cliente que não pára para observar. Porque eu sou cliente de vocês e isso daqui me surpreendeu. E sabe o que me incomoda como cliente? A “segurança do shopping”. ISSO me incomoda como cliente. Uma “segurança” que me priva do direito de ter acesso ao espaço público e de tudo que acontece nele. Uma “segurança” que quer ter algum direito de gerencia sobre o espaço público. Mas a resposta que recebi foi: “Você não tem nada a ver com isso!”
O quê? Eu não tenho nada a ver com isso?
Olhei para os lados e observei toda aquela multidão que presenciava tamanho absurdo. Ninguém se sentiu agredido. Ou se sentiu não se manifestou.
É... É um povinho escroto mesmo esse.
Mas agradeço ao grupo artístico que simplesmente ignorou os seguranças e continuou em sua apresentação. Além de mostrar as reações individuais, conseguiu explicitar de maneira bem crua as reações coletivas: o “jeito pacato do brasileiro” (que pra mim é: o jeito otário, ignorante, subserviente e medíocre do brasileiro se comportar.).
Mas... vou continuar reclamando. Vou continuar me manifestando. Vou continuar agindo como acho que as pessoas deveriam agir nessas ocasiões. Continuo acreditando que a gente pode dar exemplo, sem se preocupar se as pessoas estão lhe achando ridícula por estar lá exigindo seus direitos. Porque aqui no Brasil, quem exige respeito incomoda!

sexta-feira, agosto 24, 2007

Meio-tempo

Ela sempre foi assim, meio agitada. Ainda não sabe controlar seus impulsos.

Quando a cabeça estava cheia e precisava acalmar o coração, faltava ela o trabalho e ia à praia. Ela detesta jogar, mas sabe que nesse momento é necessário. Vontade de pegar o telefone e ligar. Mas é tudo um exercício. Paciência é a matéria que ela tem de aprender. Passar pelo meio tempo sem se desperdiçar.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Mer no mêi da semana...

Bem... Findou-se o drama: a Companhia dos Livros não tinha mesmo o livro que comprei e estornou o valor da compra. Mas a campanha continua “Não compre na Companhia dos Livros!!!”

O edital do mestrado do IPPUR saiu. Aaaaiii... fico na expectativa da bibliografia que nunca sai junto com o edital. É assim, tudo na mesma hora, agora. Aff... tenho que aprender a não ficar tão nervosa com provas.

Enquanto isso, começo a querer dar uma passadinha de leve no samba do Arlindo para não esquecer como é. Será que encontro ainda o povo por lá?

E o sambinha que não sai da cabeça:

Se você não me queria, não devia me procurar, não devia me iludir, nem deixar eu me apaixonar...”

sexta-feira, agosto 17, 2007

Muita coisa atrasada

Tempin sem dar notícias. Talvez por falta de tempo, por falta de internet ou por falta de saco mesmo.

Julho e agosto foram bem intensos. (acho que não vai dar para registrar nem a metade das coisas que me aconteceram.)

Primeiro registro aqui a festa de aniversário de meu pai que foi o evento familiar do ano. O EVENTO!!!

Mas vamos aguardar que ainda tem o casamento do Igor. Apesar de certamente não ser páreo para o nível de acontecimentos (alcoólicos, naturais e sobrenaturais) que se sucederam nos 3 dias de comemorações.

Registro ainda a visita de um grande amigo que trouxe mais duas novas amizades (Jolie e Débora). O menino Daniel saiu do RJ para se aventurar em terras nordestinas. Passei momentos maravilhosos regados a muitas gargalhadas (Ai mamãe!).

Apesar de eu poder compartilhar de sua presença por apenas 3 dias, estes incluíram uma ida a Canoa Quebrada, com direito à um fabuloso por do sol em cima da duna. Curtimos o reagge à noite na beira da praia enquanto Jolie e Debora assombravam na festa. Depois foi a vez de cruzar o Ceará e visitar o Parque Nacional de Ubajara. (Às vezes esqueço que tem paraísos como aquele aqui bem pertinho.). Não fizemos a caminhada na trilha maior do Parque (estava interditada por conta de um desabamento na semana santa), mas... deu para ir na gruta em todas as suas salas abertas a visitação. Na última vez que fui tinham 2 interditadas por conta da chuva que provocava infiltrações na rocha. Acho que vou tentar marcar um retorno pra lá com uma turma maior no final do ano. É só passar esse período de seleção de mestrados para eu voltar à gandaia. (Vai fazer 3 meses de clausura: nada de Amicis, nada de samba no Arlindo, nada de Órbita, nada cerveja no Assis do Benfica nem praia todo domingo. Calma! Ainda beijo de vez em quando!)

Deixo aqui minhas lembranças ao Daniel, Jolie e Débora. Lembrando que estou querendo muito reencontrá-los em novembro e quem sabe fazer algumas caminhadas pela floresta da Tijuca. Pena não ter tido oportunidade de acompanhá-los até os lençóis maranhenses. É... só pra quem pode!

Fiz minha inscrição para a seleção para o mestrado da USP.

Ainda estou indignada. A bibliografia parece ter sido escolhida para o povo de lá. Com livros exclusivos e de difícil distribuição nacional, além daqueles esgotados. Mas vamos lá, vencer a discriminação e tentar barganhar uma vaga lá por baixo. (Ô paiszinho excludente! Putz!) Mas vamos ver no que dá. Peço aos amigos que torçam por mim, porque se eu não passar em nenhum, estou inclinada a desistir de tentar mestrado e focar em concursos públicos mesmo.

Aí tem a sórdida história da louca que tentou me agredir e a confusão foi parar na delegacia. Aff... acontece de tudo comigo!

Tudo começou quando fui dar carona para um amigo que vi parado na parada de ônibus. (Eu e minhas gentilezas...)

Quando o cara tava ajeitando o cinto de segurança ao meu lado, aparece uma louca (não sei de onde) esmurrando a porta do carro. Ela, dando aquele escândalo digno de qualquer novela das 8, chegou a abrir a porta do carro estapeando o cidadão ao meu lado e me chamando de... (vocês imaginam o quê, né?). Assustada com a inusitada situação, depois do cara se desvencilhar da louca e gritar “vaaaaai!!!”, saí em disparada e entrei na primeira rua que vi. Nervosa com o que acabava de me acontecer, resolvi parar o carro para respirar um pouco. E adivinhem o que me aconteceu? Pára um carro me fechando, de onde desde a mesma louca ensandecida já na direção da minha janela para agredir a mim (a minha pessoa própria, mesma, pessoa física, euzinha aqui).

Depois de eu escapar de um tapa, o cara desce do carro para controlar a onça que urrava em meio o asfalto. Ela então resolve voltar o carro e bradar “Você vai ver...”

Depois disso tudo, o que me restou?

Fazer um B.O. contra esse ser de alta periculosidade que anda pela nossa cidade e tentar esclarecer que tudo não passou de um grande mal entendido. Porque a mamãe aqui tava na hora errada, no lugar errado, dando carona á pessoa errada e que eu mesma não tinha nada a ver com o problema dos dois lá.

Ainda bem que tudo se resolveu pra mim. A criatura abominável me pediu desculpas pelo acontecido na frente do delegado, depois e lavar a maior roupa suja com o cidadão que tava lá como minha testemunha. Aff... mas tem mulher que não se valoriza mesmo! Que papelão meu Deus. Agora a pouca amizade que eu tinha com a figura não existe mais. Quem é que vai querer se aproximar de um carinha desse que anda com uma pessoa desequilibrada seguindo os passos dele e agredindo qualquer um que chegue perto? Por isso que digo: Nosso Senhor tem cada morador...

É... acho que as novidade foram essas mesmo. Cuidado ao dar carona aos seus amigos!

sexta-feira, julho 27, 2007

E mais espera.

E a saga continua... os livros ainda não chegaram todos.
Por isso mantenho a campanha "Não compre na companhia dos livros!"

quarta-feira, julho 25, 2007

Pan desbotado

Acabo de receber do meu amigo Israel esse artigo, que creio ter descrito exatamente minhas impressões sobre a lamentável abertura do PAN.
Que vergonha! Mas... a direita continua assim, baixa e mesquinha. E o bando de panacas que nao conseguem perceber que estao sendo manipulados fazendo papel de palhaços...

Welcome to Brazil

por Guilherme Scalzilli

Na noite de 13 de julho, durante a cerimônia de abertura dos Jogos
Panamericanos, Lula sofreu um acacha-pante dissabor público. Os milhares
de apupos que ecoaram no Maracanã lotado destruíram a fantasia de
infalibilidade que as pesquisas de opinião trouxeram ao presidente.
Graças à blindagem ilusória, ele estava indesculpavelmente despreparado
para expor-se em situação de tamanha periculosidade, num evento
imprevisível, organizado por raposas notórias, em cidade governada por
um sagaz adversário político, diante de audiência historicamente
indisciplinada e hostil. Ademais, o petista recuou diante de um embaraço
que em outros tempos contornaria com a reconhecida habilidade oratória.
Seu estupor, típico da soberba ferida, deixou o constrangimento
irreversível e deu às vaias aparência de improviso.

Parece repetitivo insistir nas pesquisas de opinião para jogar
suspeitas sobre a sinceridade e a esponta-neidade da manifestação, mas
os números são incisivos demais. A aprovação pessoal de Lula atingiu
espantosos 66% em julho (CNI/Ibope), enquanto o governador Sérgio Cabral
obteve 48% entre os cariocas (Datafolha). No entanto, apenas o prefeito
César Maia (32% de aprovação na capital) foi aplaudido na cerimônia. O
choque entre as estatísticas e a estranha seletividade da platéia
reforça-se quando consi-deramos o ambiente apolítico e ufanista, quase
homogeneamente festivo, que domina cerimônias afins.

A preparação do evento continua mergulhada em mistérios desnecessários.
Por que sabemos tão pouco sobre a atuação de funcionários municipais na
organização da festa? É verdade que o recru-tamento dos voluntários
privilegiou as bases eleitorais do casal Garotinho e do prefeito Maia?
Houve realmente as tais reuniões fechadas para instrução de servidores e
militantes partidários? Como ocorreu o treinamento dos voluntários, que,
durante o ensaio geral, no estádio quase vazio, já demonstravam
predisposição para vaias e aplausos idênticos aos ouvidos na abertura?

Previsivelmente, a mídia oposicionista ignora esses questionamentos,
guardando a energia investigativa para outras conveniências. Tanto faz. O
verdadeiro significado das vaias ilustrará a posteridade, acima de
picuinhas ideológicas, através de sua camada mais visível, crua e
indisfarçável: o vexame generalizado.

Apanhado isoladamente, vaiar Lula e Cabral constitui um gesto legítimo de
catarse coletiva. Entretanto, no contexto da cerimônia de abertura,
embotou uma festa milionária e arruinou um protocolo consagrado em
solenidades internacionais. Essas demonstrações de anarquia tropical
podem até parecer divertidas e serelepes no calor do momento, mas a
observadores rigorosos revelam apenas falta de educação. É o tipo de
comportamento selvagem que compõe o anedotário universal da Banânia, a
republiqueta imaginária que desconhece princípios morais e regras de
conduta.

Dias antes da vergonha, um estadunidense imbecil foi atacado por
insultar os brios tupiniquins. "Welcome to Congo", escrevera ele aos
conterrâneos. Pois nada semelhante ao ocorrido na noite de sexta-feira
acontece nos EUA, tampouco em nações menos venturosas, apesar dos
eventuais problemas que as acometam. Mesmo quando alheios ao patriotismo
tolo, seus cidadãos valorizam a própria imagem perante o mundo. Sabem
que prestigiar empreendimentos de grande visibilidade é também uma forma
de valorizarem a si mesmos. E entendem que, na lógica do cerimonial
terráqueo, aquele bípede bem vestido sublima o indivíduo para
simbolizar uma instituição da República.

Imaturo e caricato, o público do Maracanã mostrou-se despreparado para
abrigar um evento de porte continental. Não foi irreverente, como
quiseram alguns; foi patético. Misturou atuação política e macaquice
jeca, militância e torcida de futebol. Purgou-se dos dissabores
deológicos com uma afronta omissa, que poucos ousam repetir à luz do
dia. Trocou o tédio do ritual civilizado, rara chance de fingir alguma
dignidade, pelo carnaval grotesco da autofagia desdenhosa.

Conhecemos há tempos o perfil dessa multidão ignorante, dotada de
posses, que se despiu da empáfia para uivar no escuro. Estão ali
justamente os maiores críticos do país, cujo atraso amaldiçoam com a
superioridade dos cosmopolitas. Não por acaso, são os mesmos pugilistas
do falso moralismo, que defendem soluções antidemo-cráticas para sanear
os males da corrupção alheia, desde que as próprias benesses permaneçam
garantidas.

È o "ishpérrto" do jeitinho carioca, burguês folgado e malicioso, dado a
contravenções. São as profissionais liberais reacionárias, histéricas e
debochadas, que finalizam discussões comendo dedos de esquerdistas. E
também as madamas grosseironas, com seus maridos brucutus, distribuindo
cotoveladas, insultos e propinas para garantir melhores lugares em filas,
assentos e mesas. E ainda as jovens raquíticas, amedrontadas pelo
povaréu fedido, agarradas aos namorados almofadinhas, confessando
saudades de Bariloche, Aruba ou Miami. E os sábios da
imprensa-de-crachá, os convidados de autoridades insignificantes, os
apadrinhados da burocracia enferma, todos escancarados em sua
vulgaridade, soltando gargalhadas mefistofélicas ante o que julgavam ser
um momento histórico, o risco no teflon, a suprema humilhação do
lulo-petismo.

Pobres diabos. Vaiaram-se ao espelho.

Guilherme Scalzilli, historiador e escritor. Autor do romance
"Crisálida" (editora Casa Amarela).

segunda-feira, julho 23, 2007

Futuro do Brasil

Dia desses participei de uma Conferencia Municipal da Cidade de um município que, por lei, se encontra inserido na Região Metropolitana de Fortaleza.

Pediram-me para ser palestrante e assim fui.

Chegando lá, assisti com muita atenção a abertura do evento onde o ex-prefeito relatou todo o seu ato de bravura ao conseguir que aquele município fosse declarado componente da Região Metropolitana de Fortaleza. Mas o que é que tem por trás disso? O que faz com que um município de pouco mais de 20 mil habitantes, distante 40 Km da capital, com parcas relações econômicas com o município pólo, sem conurbação ou relação de movimento pendular se tornar Região Metropolitana?

Na ocasião, a queixa generalizada era que “eles não se sentiam região Metropolitana”. Será que é pelo fato deles realmente não serem RM? Que um simples papel assinado por um bando de políticos, que de política urbana não entendem nada, que vai fazer aquele município se tornar uma metrópole como um passe de mágica?

Outra coisa que me chamou a atenção foi o discurso retrô que maior parte deles teve. O grande lance é indústria, vamos trazer indústria para empregar. “Nós estamos sendo boicotados por outros municípios que negociam com as indústrias nas nossas costas. Vamos criar um pólo industrial aqui!” (O mesmo blá blá blá da década de 70, 80).

Acontece que o município não possui infra-estrutura para comportar indústria, nem capital intelectual para trabalhar. Mão de obra barata existe, mas quem disse que hoje a indústria emprega a massa desqualificada como antigamente?

Ao mesmo tempo em que eles reclamavam que estavam sendo discriminados na “divisão do bolo” dos recursos para a RMF, não existia NENHUM arquiteto, geógrafo ou engenheiro civil no quadro de funcionários da prefeitura para apresentar projetos e conseguirem acessar esses recursos. Ao mesmo tempo em que eles reclamavam do “boicote”, não existia nenhum economista ou administrador para trabalhar o município na identificação de potencialidades locais para inserção econômica na região.

Os pequenos municípios do estado do Ceará estão brincando de administrar. Achando que as coisas caem do céu e que ainda funciona como na época dos coronéis. Em minha opinião, grande parte dos municípios ainda não entendeu o que representa as conferencias das cidades. Estão apenas cumprindo tabela, completamente perdidos. Imbuído em uma cultura arcaica e corrupta. Prova disso foi que na volta para casa, uma pessoa da prefeitura me cobrou 20% dos meus pró-labores, pois caso contrário não haveria transporte de volta para Fortaleza. Depois de ter sido extorquida, me colocaram num carro da prefeitura, com gasolina da prefeitura e motorista da prefeitura que já tinha roteiro marcado para Fortaleza naquele horário.

Bem... para municípios como esse eu só digo uma coisa: “Bem feito!”.

Os cidadãos merecem os governantes que têm, pois eles são um espelho da sociedade. To cansada de presenciar a completa incompetência dessas administrações e o choro cínico de políticos metidos em negociatas.

terça-feira, julho 17, 2007

Campanha: "Não compre na Companhia dos Livros!!!"

Tá precisando de livro para estudar para mestrado? Aqueles difíceis de encontrar nas livrarias? É... na internet a gente acha. Mas você tem que ler tudo rápido porque tem aquele prazo curtinho para se preparar para a prova (entre o edital que informa a bibliografia básica e a data da prova), uma dica: NÃO COMPRE NA COMPANHIA DOS LIVROS. (não vou nem colocar o link aqui para vocês nem chegarem a acessar o site).
Os livros que você encontrar no site dizendo “disponível”, não se engane. Eles não estarão com o livro em estoque. Na realidade, você efetuará a compra e quaaaaando o livro chegar na loja, eles enviam para você.
Ah... e quando você efetuar o pedido e calcular o frete, terá uma frase dizendo: “envio de 4 a 7 dias”. Outra grande mentira. Fiz um pedido no último dia 5 e até hoje não recebi a mercadoria.
Ah... mas não se preocupe, você pode escrever um e-mail através do link “fale conosco” que não funciona! Ou então ligar para São Paulo gastando sua ligação interurbana escutando 15 minutos de musiquinhas para conseguir atendimento. E quando você finalmente conseguir ser atendida, muita paciência ao escutar que não há estoque e que o termo “disponível” que se encontra no site significa que o livro não está em estoque, mas eles são espertos o suficiente para procurar um para lhe enviar. (ou seja, você compra uma coisa que eles não possuem para venda!). Ah... quanto ao tempo de envio da mercadoria, seria de 4 a 7 dias do dia em que eles conseguirem o livro para lhe enviar. Ou seja, se eles encontrarem o livro no próximo mês eu deverei ficar mais tranqüila ainda, pois eles terão de 4 a 7 dias para envio.
Não estranhem se os próximos e-mails que vocês receberem de mim começarem a vir com a frase “Não compre na Companhia dos Livros!!!” abaixo da minha assinatura. Vou segurar essa campanha. Não quero que meus amigos tenham uma raiva parecida com a que eu tive.

quinta-feira, julho 12, 2007

PAN

O PAN nem começou de verdade e já não aguento mais escutar sobre ele. No jornal (Bom dia Brasil, Jornal do Meio dia e Jornal Nacional) a globo tá deixando até de falar do caso Renan calheiros e dos atrasos dos aviões. aff... parece um disco arranhado.
No globo esporte dá vontede de chorar, de raiva. Ô jornalismo furreca. Ô alienação. Mas fazer o q? Outras pessoas na casa assistem... Tenho que respeitar né?

terça-feira, julho 10, 2007

No mato sem cachorro

Uma pessoa chegou pra mim falando tudo aquilo que gosto de escutar. Sim, justiça social! Sim, quero direitos para o próximo! Sim, quero que o outro tenha qualidade de vida. Sim, gostaria que todos tivessem oportunidades e estabilidade para crescer. Hum... mas eu queria isso também pra mim. Ou não?

Qual seu objetivo de vida? Qual sua meta? Você está no caminho certo? Você trabalha para viver ou vive pra trabalhar? Você é coerente com aquilo que acredita?

Ai... se eu pudesse dizer o que eu realmente queria... Talvez o que eu queira não exista nesse mundo.

Tava lendo um texto que fala que hoje em dia diploma de graduação não garante emprego. (ai como eu sei).

Muita gente falando que está com problemas. Ok, cada um com sua cruz. O seu problema é problema seu. (minha lição das últimas semanas). Não é por que ando sorrindo que também não tenho os meus. E nem por isso justifico minhas faltas. Aliás, ainda estou refletindo muito se sacaneei alguém para isso. Acabo de encontrar a besta da história.

E para apertar mais o cinto tive que furar outro buraco.

sábado, junho 30, 2007

Continuar tentando

Faz assim. Não está legal. Acho melhor como era antes. Não, vamos mudar isso. A gente pode acrescentar isso. Não, tá muito grande. Vamos diminuir o foco. Faça isso. Não faça nada sem eu estar presente. Faça um esqueleto. Mude novamente. Não está na hora de fazer isso. Aff...

é... a bruxa está solta.

domingo, junho 17, 2007

O conforto do meu travesseiro

Pois bem... mudei. Já estou em novo apartamento com uma colega muito legal. Podendo ler sossegada meus livros, escutar música na hora que quiser, comer na hora que der fome, falar ao telefone sem o receio de ter alguém escutando a conversa, chegar na hora que eu bem entender e, principalmente, ter toda liberdade para cozinhar.

O quarto é pequenininho, a Av. do Imperador faz um barulho da peste, mas é meu canto. Mais uma vez peço desculpas aos colegas pelas ausências nas rotineiras festas no Amicis, Samba no Arlindo ou na praia aos domingos. Estou na minha fase lagarta. Infurnada em casa, nos meus pensamentos, entre meus cadernos e planos. Fase egoísta, sabem como é... Mas não se surpreendam se qualquer dia desses aparecer na minha forma original. Todos passamos por isso.

No mais, ontem entrei em um ônibus (Antonio Bezerra – Unifor) e tinha um cara (acho que era evangélico) pregando depois da roleta do trocador. Ele segurava um violão o qual começou a tocar logo depois que eu passei na catraca. Pensei: “Ai meu Deus!”. Daí quando ele começou a cantar as músicas lá dele, pasmem: umas 10 pessoas no ônibus começaram a cantar também. E com a voz bem empostada. Alto mesmo. É mesmo o fim dos tempos.

Enquanto a mim, continuo acreditando em seguir a luta no mundo selvagem dos homens tentando seguir a essência que eu acredito ainda ter.

domingo, junho 10, 2007

Animando

Essa deu pena, mas não consegui ficar séria. Por que os gatos fazem essas coisas?
Gato burro!

Parque do cocó

Pois é... polemica da hora: Centro Empresarial Iguatemi que será construído nos arrabaldes da APP do Rio Cocó.

Assunto interessante esse. Incrível a mobilização social que está havendo para a “defesa” do meio ambiente. Não que eu seja a favor da construção da torre empresarial, mas acho que podemos olhar para esse episódio com outros olhares. Quais os atores envolvidos? Quais os interesses envolvidos? Qual o discurso utilizado? Jurídico, político, ambiental, social?

A utilização da imprensa está sendo imoral, por aí temos idéia do poderio econômico do Tasso Jereissate para influenciar as massas. Mas agora queria ressaltar algumas coisas que acho interessante serem questionadas:

1 – Sabemos que o processo de revisão do Plano Diretor foi realizado recentemente. Por que essas questões não foram discutidas de forma satisfatória? Por que esses conflitos não surgiram durante o processo de discussão do Plano Diretor na definição do Zoneamento? Seria porque foi um processo de legitimação de um documento produzido pela prefeitura que precisava de “participação popular” para ser legal? Seria por que a prefeitura estava mais interessada em evitar debates (conflitos) e encaminhar a proposta a toque de caixa pra câmara?(porque a utilização do LegFor poeria fazer ela perder parte da "base" política) Política da cuscuzeira? Sabe e abafa? (afinal era necessário montar aquele circo para agradar o povo com a pseudo-participação e receber as propostas do SINDUSCON por fora do circo) Seria por que o processo de sensibilização e formação da população que iria participar do processo foi a maior mentira? Não sei. Nada explica. Se os conflitos chegam a estas proporções é porque os “canais de participação” não estão funcionando.

2 – Considerando que existem questões urbano-ambientais sérias na implantação do empreendimento, alguém tem notícias da solicitação de algum Estudo de Impacto de Vizinhança feito pelo município para analisar o empreendimento? O Estatuto da Cidade ta aí desde 2001.

3 – Por que a Prefeitura está querendo aplicar a consulta popular somente para o Iguatemi? Por que a Prefeitura não fez o mesmo auê na construção daquelas torres residenciais e aquela concessionária de carros que estão na mesma situação do Centro Empresarial Iguatemi? Ahhh... não vamos brigar com o SINDUSCON, com o Tasso é mais divertido. E no final ainda conseguirei meus votos da classe média que mora por alí e financiamento para a campanha do próximo ano, pois serei democrática e ecológica. “Aos meus amigos tudo, aos meus inimigos a Lei.”

4 – Não seria a hora de uma consulta popular para a ponte sobre o Rio Cocó? Para o centro de Feiras e Eventos? Para a estação do metrô na Parangaba?A aplicação dos instrumentos é mesmo muito arbitrária. Muito fácil manipular a população em torno de questões ambientais para atacar politicamente seu inimigo. (porque todo mundo sabe que se abrir pra população a questão está resolvida: não haverá nenhuma torre empresarial.) Onde está a política habitacional para desocupar os leitos dos rios de Fortaleza e recompor a mata ciliar? Onde está a política de terra urbana para possibilitar acesso á população carente à moradia e evitar degradação ambiental. Onde está a aplicação da Lei aos Condomínios fechados implantados em dunas?

O que eu vejo é que o discurso é o correto, os motivos são errados e os meios arbitrários. Ou seja: um mar de hipocrisia.

Para ilustrar um pouco desse conflito em área nobre da nossa cidade (claro! porque pouco se mobilizaria se o Iguatemi fosse construir em cima do leito do maranguapinho. Né?), vou deixar o link do blog SOS Cocó e de uma matéria sobre isso no CMI Brasil.

Salve a Fortaleza Bela!

sexta-feira, junho 08, 2007

Muitas Mudanças

È... fui ao Encontro da ANPUR. Maravilhoso! Debates de alto nível. Belém numa quentura desgraçada, mas liiiinda. Andei muito, bati fotos, tomei muito tacacá, peru no tucupi, pato no tucupi, bife no tucupi... enfim. Não encontrei com o Guilherme. Desencontros daqueles.

Na volta não consegui caminhar muito no trabalho. Detesto depender de muitas pessoas. E se eu começar a fazer as coisas do jeito que eu devo fazer, vai chegar ao fim e os superiores irão dizer que não era daquele jeito melhor fazer de outro.

Aniversário do amigo Daniel que não consigo conversar direito com ele desde a prova do mestrado. Aff... preciso pensar melhor minha prioridades. Aniversário também do Bebeto.

Depois de dois meses sem sair de casa pra balada, acabei baixando no Amicis. Dancei a noite toda, reencontrei amigos que queria abraçar. (Pena que estava fraca pra bebida e fiz vários calos nos pés.)

Minha irmã está indo embora para Porto Alegre. Tá indo à procura de novas oportunidades. Ai como é difícil viver nessa província. Ai como queria encontrar um ambiente profissional para me inserir de maneira impessoal, integra. Mas aqui é assim, você tem mais sorte para conseguir trabalho dependendo de quem você é filho. Como somos da plebe, devemos nos rebolar mais para nos segurarmos no patamar onde estamos.

Eu também estou indo para outro ninho. Um apto no Benfica, 3 quadras do trabalho, sossego, estudos. Pena que nem todo mundo está bem com tantas mudanças. Sempre fica aquela carência que não podemos suprir.

Vou me aquietar e submergir mais um pouco.

sexta-feira, maio 18, 2007

Postagem atrasada

é... faltaram relatos sobre minha ida a Curitiba. (Bem que algumas coisas vou preferir guardar só pra mim. E não me pergunte em que eu estarei pensando quando me vir com aquele sorriso no canto dos lábios.)

A cidade é realmente belíssima. Imagino o quanto seja bom morar lá com todo aquele verde e todos aqueles parques. Conheci pessoas novas, assisti apresentações de trabalhos fantásticos, reencontrei amigos (momentos especiais), peguei um frio de rachar, gripei, mas voltei feliz da vida.

Lições aprendidas: antes de ir para o Sul nessa época do ano passe 2 semanas tomando vitamina C; leve máquina fotográfica para registrar momentos legais da viagem, não compre créditos da Telefônica wireless no aeroporto (os créditos expiram em 24 horas. aff!)

Hoje me preparo para ir ao Congresso da ANPUR em Belém. Acho que vai ser super interessante. Agregar mais conteúdo à minha pesquisa, meus estudos, minhas reflexões. Espero passar 1 semana movida a takaká. Me dá água na boca só em pensar nas iguarias do Pará. Na volta começo um novo ciclo, com novas atividades, novo cantinho, nova rotina.

As coisas começam a se encaixar.

segunda-feira, maio 14, 2007

Desaforada sim

Bem... Depois da matéria absurda sobre habitação veiculada no Jornal o Povo de hoje, resolvi escrever uma carta ao ombudsman. Para não repetir meus argumentos vou reproduzir a carta na integra abaixo. Se alguém se solidarizar pode ainda mandar outros comentários para: ombudsman@opovo.com.br

Bom dia.

Venho escrever a este jornal para chamar atenção sobre a superficialidade a qual a temática da habitação foi abordada hoje na matéria “Vivendo sob um teto irregular” de Yanna Guimarães.
A matéria é completamente sem sentido e aborda a temática de maneira não lógica. Chego até a afirmar que boa parte das informações não corresponde à realidade, pela simples utilização da matemática. Ou então, acredito que a jornalista não deva estar falando de Fortaleza.
Sou arquiteta urbanista e trabalho com políticas públicas para habitação de interesse social há pelo menos 5 anos e acompanho de perto o desenvolvimento das ações da prefeitura na área como profissional e cidadã, fazendo meu trabalho de monitoramento.
O primeiro ponto que quero abordar é quanto à afirmação de que “a quantidade de ocupações está em processo de redução”.

Primeira pergunta: De onde a jornalista tirou isso? Não existem dados oficiais sobre isso (o último censo de favelas OFICIAL para Fortaleza data de 1991, feito pelas SETAS) e a sociedade civil faz pesquisas por amostragem. O que faz com que não possamos afirmar categoricamente o que foi dito aqui na matéria. Uma pesquisa desse tipo é muito séria, necessita de profissionais da área e metodologia palpável para dar confiabilidade aos dados. Esse tipo de pesquisa só a máquina administrativa tem condições de aplicar, pois necessita da estrutura de uma administração pública ou do IBGE. (Porque às vezes mesmo o número de favelas continuando o mesmo, elas podem estar inchando, o que continua a ser um problema.)

Segunda pergunta: Se “a quantidade de ocupações está em processo de redução”, como ela pode explicar a seguinte afirmação “Somente a partir do fim de 2002, esse número, que era de 719 e havia aumentado consideravelmente, começou a reduzir, chegando a 724, quase o mesmo de 1997.”? Pra falar a verdade não entendi direito o sentido que ela quis dar à redação.

A matéria, além de mal escrita, transparece a passividade do jornalista que não está atento para as notícias “espetaculares” dadas pelo poder público e nem vai atrás de comprovação. O espírito investigativo e a sensibilidade passaram longe quando a jornalista tentou se arriscar a abordar a temática. (Se não tem noção do que seja o problema, melhor não escrever tolices!)
O segundo ponto que me chamou atenção foi: “Conforme a Habitafor, até 2005, em todas as gestões municipais, somente 12 mil casas foram entregues, construídas em 80 conjuntos habitacionais. Segundo o órgão, só de 2005 pra cá já foram entregues 14.382 novas casas à população.”
Isso sim é muito curioso. Se o Ministério das Cidades estipula um déficit de 77mil unidades e já foram entregues 14.382 apenas na gestão Luiziane Lins (!!!!), isto representa 18,7% da demanda. Ou seja, ao menos deveriam ter sumido do nosso mapa cerca de 144 ocupações (fazendo um cálculo bem tosco).
Desta forma, vejo que a matéria do jornal O Povo está reproduzindo a grande falácia da Prefeitura. Quanto a esse assunto, tenho mais outros questionamentos:

Se em toda a história a Prefeitura construiu 12mil casas em 80 conjuntos, ONDE ESTÃO OS CONJUNTOS CONSTRUIDOS NA GESTÃO LUIZIANE? ONDE ESTÃO AS 14.382 CASAS? (pelo o que eu sei foi construído somente o Conj. Rosa Luxemburgo e a Travessa Olical que não chegam a 350 unidades)

Se a prefeitura realmente CONSTRUIU 14.382 NOVAS CASAS, à quem essas casas foram entregues? Porque certamente não foi para a população de áreas de risco ou ocupações. Se fosse sentiríamos sensivelmente a diferença na cidade.

Bem... aconselho aos jornalistas lerem um pouco mais sobre os programas habitacionais a disposição para a população. Aconselho verificar o que significa o Programa de Arrendamento-PAR, que é um programa DO Governo Federal(e não da prefeitura) EXECUTADO pela Caixa Econômica Federal (e não pela HABITAFOR). E que além desse existe carta de crédito e outros programas federais disponíveis. Acredito que a HABITAFOR não esteja CONSTRUINDO tudo isso coisíssima nenhuma, que isso não passa de uma grande mentira reproduzida sem nenhum cuidado pelo Jornal O Povo. As únicas notícias que tenho de ações da prefeitura são assinaturas de Ordens de Serviços (palhaçada. Onde já se viu evento para assinatura de ordem de serviço. Ainda não vi nenhum evento para entrega de 14mil casas!) dos projetos da Rosalina e Maravilha. Esses são os únicos projetos DA Prefeitura que tenho notícias.

Estou ansiosa pela seqüência de matérias que sairão esta semana. Espero que essas questões sejam respondidas, que dêem nomes aos bois, que mostrem onde eles estão, que fundamentem melhor o discurso e que utilizem fontes confiáveis.
Caso contrário eu realmente estou superdesinformada sobre a atuação do poder público no campo da habitação.

Lembrando que a Habitafor construiu apenas 38 casas no primeiro ano e que é realmente uma surpresa tamanho desempenho.
Lembrando ainda que a Habitafor foi a que menos executou orçamento ano passado. (Isso sim que é multiplicar os pães. Amém!)

Ai que saudades das matérias do Madeira. Aquilo sim é que é Jornalista. Coerente, sensato, comprometido. Somente ele até hoje conseguiu fazer matérias sobre desenvolvimento urbano, meio ambiente e habitação de maneira imparcial no Jornal O Povo. Pena que os bons não permanecem nesta redação.

Grata pela atenção

Thêmis Aragão
Arquiteta Urbanista

domingo, maio 06, 2007

Acordando meia noite

Final de semana cheio de eventos. E não estudei quase nada. E não consigo me priorizar. E deixo a vida me levar pelo simples fato de não saber dizer não.
Despedidas de pessoas queridas, shopping com amigas, praia e reencontros.
Esta semana viagem de trabalho, semana que vem horrores de coisas pra resolver, na outra congressos. Quero meu canto com espaço para meus livros. Até quando vou me justificar?

sábado, maio 05, 2007

Me esvaindo

Quando a mim falta serenidade e sobra ansiedade.

Quando estou sem saber por aonde ir e a única coisa que penso é em cair em seus braços. Quando o ar que respiro parece ser pouco e quando chuva cai a única coisa em que penso é em abraçar-te, percebo que estou pela metade e que a cada dia um pedaço de mim se perde.

E nesse labirinto, onde estará meu porto seguro?

A água insiste em me sufocar.

segunda-feira, abril 30, 2007

Libriana de qualquer jeito

Fazendo uma pequena pesquisa no Wikipédia meu amigo Yuri (também libriano do dia 8 de outubro) encontrou:

Libra is the seventh sign of the Zodiac and associated with justice. Individuals born under this sign are thought to have a pleasant, articulate, charming, charismatic, fair, artistic, social, refined, diplomatic, even-tempered and self-sufficient character, but on the negative side, are also thought to be indecisive, flirtatious, extravagant, lazy, analytical, frivolous, impatient, envious, shallow, aloof, and quarrelsome.
In mythology Libra is often associated with the Greek Goddess of Justice, Themis,[1] the Greek mythological figure of Atalanta (meaning balanced), and Astraea (daughter of Themis), who ascended to heaven and became the constellation of Virgo, and carried the scales of justice, the nearby constellation of Libra. Libra is also associated with the Greco-Roman goddess Aphrodite/Venus and sometimes also the goddesses Hera/Juno, Ishtar, Freyja, and Frigg and the god Xolotl.

E ainda disse que me chamo
Θεμις

"Muzzle"

Smashing Pumpkins (básico!)

I fear that I'm ordinary, just like everyone
To lie here and die among the sorrows
Adrift among the days
For everything I ever said
And everything I've ever done is gone and dead
As all things must surely have to end
And great lovers will one day have to part
I know that I am meant for this world
My life has been extraordinary
Blessed and cursed and won
Time heals but I'm forever broken
By and by the way...
Have you ever heard the words
I'm singing in these songs?
It's for the girl I've loved all along
Can a taste of love be so wrong
As all things must surely have to end
And great lovers will one day have to part
I know that I am meant for this world
And in my mind as I was floating
Far above the clouds
Some children laughed I'd fall for certain
For thinking that I'd last forever
But I knew exactly where I was

And I knew the meaning of it all
And I knew the distance to the sun
And I knew the echo that is love
And I knew the secrets in your spires
And I knew the emptiness of youth
And I knew the solitude of heart
And I knew the murmurs of the soul
And the world is drawn into your hands
And the world is etched upon your heart
And the world so hard to understand
Is the world you can't live without
And I knew the silence of the world

domingo, abril 29, 2007

caindo a noite

Sentindo falta de quando eu podia escolher quando ficar só, quando comer, quando chegar em casa. Sentindo falta de te observar enquanto dorme, de não fazer nada a tarde inteira e de comer sanduíche numa pracinha ao final da tarde de domingo. Aff... dias nostálgicos esses.


P.S: Sabia que já tinha visto a antiga interface em algum canto. :P continuo testando...

Relógios

Ai se meu dia tivesse 48 horas. Ou então, se eu tivesse um relógio do tempo e fizesse-o parar enquanto eu lia um livro do Saramago. Melhor ainda seria usá-lo enquanto eu quisesse dormir. (porque às vezes dormir é uma perda de tempo).

sábado, abril 21, 2007

Pequenas grandes coisas da vida

A chuva vai durar o dia todo. Meus livros se empilham por cima da escrivaninha, mas não consigo me concentrar. Devaneios surgem sem maiores explicações. Noites irresponsáveis e ao mesmo tempo mágicas (por que não?). Vontade de repetir a mesma noite por dias, dias, dias e dias. E o contentamento por estar perto dos amigos, por não querer mais da vida além daquilo que tem, por escutar uma boa música e sentir fome de viver. Vontade de um bom vinho...

Vou continuar testando o layout. um dia chego no formato ideal.

terça-feira, abril 17, 2007

segunda-feira, abril 16, 2007

O outro lado do PAN

Incrível como esses modelos a la Barcelona continuam sendo usados para promover a segregação. E viva a cidade do pensamento único. Arhg!

Opinião: JB 19.03.2007
O outro lado do Pan

Miguel Baldez, professor de direito e assessor de movimentos populares

Muito clara a contradição entre a pobreza do povo e a destinação de área da Barra e adjacências aos Jogos Olímpicos e ao conseqüente apossamento da região pela indústria imobiliária e camadas economicamente privilegiadas da população.

Pois, não bastando aos fornos do capital a mercadorização das terras já apropriadas, pretende-se agora, dando seqüência ao processo desencadeado com as obras do Pan, incorporar - às custas da depredação do ambiente social - novas áreas ao projeto, certamente para o lazer de seus beneficiários ou para garantir-lhes preconceituosa limpeza visual. Contam, para tanto, com a ação integrada da União, Estado e município, sem que se possa identificar a quem cabe a parte mais perversa da tarefa, embora o município, conduzido com mão de mestre por seu prefeito, venha dando o melhor de si para arrebatar, com a competente ajuda da especulação imobiliária, o troféu da macabra e nada olímpica competição.

Assim, comunidades historicamente assentadas em áreas contíguas ou próximas da alardeada festa esportiva vêm sofrendo continuadas agressões, de variada mas pouco imaginativa violência. Terrorismo seria a expressão adequada para qualificar as ações da prefeitura. Começam por assinalar com marcas humilhantes, recuperando odiosa prática medieval, as casas destinadas à demolição. Registre-se que na Idade Média o que assustava era a peste. Hoje, no Rio e especialmente na Barra, a peste e o medo parecem estar, para certas autoridades, na pobreza. Depois dessa primeira investida, criado o pânico, os moradores são convocados ao programa da prefeitura ironicamente chamado Morar sem Risco e, lá, coagidos a aceitar, pela perda da moradia e da estabilidade da posse, pagas de pequeno valor.

Sem considerar direitos e o habitat comunitário constituídos no curso do tempo, a prefeitura do Rio de Janeiro, bem coadjuvada pela indústria imobiliária atrás de lucros, quer reservar a Barra e adjacências à vida e ao lazer dos ricos e assemelhados, imbricando-se poder público e poder econômico na mesma estratégia de exclusão social.

O descompromisso ético da prefeitura, em aliança com os governos federal e estadual, ganha cor quando se sabe que a Vila Pan-Americana inclui 17 prédios e 1.480 unidades consideradas de alto padrão, no valor de R$ 300 milhões, financiados com verbas públicas do Fundo de Amparo ao Trabalhador, FAT (dados colhidos em Crea-RJ em revista, nº 60/2006, nov.- dez.).

Usa-se a poupança do trabalhador para expulsar da terra o próprio trabalhador. É como se eles metessem o trabalhador num liquidificador ideológico para lançá-lo, depois de universalizado pela trituração, nos arrabaldes da miséria.

Encobertos pela malha protetora do Pan, prefeitura e empresas imobiliárias continuam difundindo o medo sobre aquelas inúmeras comunidades indefesas, abandonadas inclusive pelos órgãos oficiais que, institucionalmente, deveriam protegê-las, como a bem conceituada (até agora) Defensoria Pública do Rio de Janeiro, cujo comportamento hoje, nas questões de terra, mais parece de mediação dos interesses da prefeitura em face dos comunitários.

Duas exceções institucionais - apenas duas - merecem destaque: o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro, sempre empenhado no apoio ativo às comunidades sociooprimidas, e a Subprocuradoria- Geral de Direitos Humanos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, incansável na defesa conceitual e concreta da dignidade da pessoa humana neste Estado - este, aliás, o princípio fundamento e cláusula pétrea absoluta da Constituição federal.

O povo do Rio de Janeiro, especialmente as comunidades historicamente sem fala, não pode permanecer inerte diante do apartheid social imposto pela prefeitura, pois a volta à prática das remoções - proibida pela Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro (art. 429), "Constituição municipal"- a todos agride. Resistir à sanha perversa da prefeitura e da especulação imobiliária significa participar da construção da democracia neste Estado. Se deste artigo fosse possível fazer uma singela recomendação, diria: organizem-se e defendam-se, pois quanto à terra e à habitação, as comunidades pobres e subalternizadas do Rio estão sem defesa.

terça-feira, abril 10, 2007

Um dia após o outro

Um pouco de paz, um pouco de mais, um pouco de tudo. E é no passar das horas e dos dias que me sinto consumida. Vontade de fazer nada e tudo ao mesmo tempo. Cadê forças para sair do marasmo? Ai como eu queria que as coisas dessem certo. Pra todos.

terça-feira, abril 03, 2007

Ponto Fraco

A noite cai e as vontades surgem. Pacientemente ela espera. Observa, analisa, avalia. No entanto, o sussurro a desarma. Ela não quer encontrar, pois assim, acaba se perdendo.

domingo, abril 01, 2007

Plano Diretor - A Saga

Esse domingo o jornal O Povo trouxe uma seqüência de reportagens sobre o Plano Diretor. De maneira geral foi uma boa abordagem. Deixou transparecer exatamente quais os conflitos e colocou com todas as letras a intenção do empresariado de “limpar” as áreas de interesse especulativo de população indesejada. Ou seja, os pobres.

No entanto, peço destaque para a seguinte declaração do vereador Carlos Mesquita do PMDB: "O Plano tende punir quem tem terreno, quem constrói. Nunca se vai conseguir acabar com a pobreza porque é algo intrínseco do mundo. Esse plano é injusto, uma maldade com Fortaleza. Os imóveis vão ficar caríssimos" (kkkk Tem melhor distorção?)

Alguns links para conferencia:

A luta continua
Empresários reclamam de limite de altura
Mesquita diz que projeto vai ser alterado na Câmara
Mudar pra manter tudo como está
Prefeitura quer aprovação

sábado, março 31, 2007

Quem me levará sou eu

Dominguinhos

Composição: Indisponível


Amigos a gente encontra
O mundo não é só aqui
Repare naquela estrada
Que distância nos levará
As coisas que eu tenho aqui
Na certa terei por lá
Segredos de um caminhão
Fronteiras por desvendar
Não diga que eu me perdi
Não mande me procurar
Cidades que eu nunca vi
São casas de braços a me agasalhar
Passar como passam os dias
Se o calendário acabar
Eu faço contar o tempo outra vez, sim
Tudo outra vez a passar
Não diga que eu fiquei sozinho
Não mande alguém me acompanhar
Repare, a multidão precisa
De alguém mais alto a lhe guiar
Quem me levará sou eu
Quem regressará sou eu
Não diga que eu não levo a guia

De quem souber me amar

terça-feira, março 27, 2007

A grande depressão

E hoje vejo que as pessoas guerreiras estão cansadas. A decepção gerada por aqueles que assumiram o poder e que, para “sobreviver”, negociaram o inegociável acabou assolando os que tentavam manter a essência. Hoje o que mais escuto é: “Não acredito nesse processo.”; “Isso é mais um circo montado para massacrar que já anda fragilizado.”; “Mais um cenário de cooptação”; “Isso são eles (a esquerda) tentando se enganar.”...

E o pior é que hoje não tenho argumentos para defendê-los. Parece um bando de bruxos bradando: “Espelho, espelho meu, existe grupo mais democrático e ético como o meu?”

Enquanto isso o movimento social anda por aí... recolhendo migalhas... sem reagir à truculência pelo simples fato de estarem maravilhados com tanta festa, tanta reunião, tanta “bajulação”. Ô povo cego! Onde então os resultados? Hoje não tenho nem coragem de participar de espaços que antes serviam para avaliar, monitorar e discutir sobre a sociedade. Quem é o louco que vai atuar em espaços dominados? Pra ser fuzilado? Ou escutar um irônico "gente! quem é que está falando de DHESCA? " (Hoje a moda é discutir conjuntura!)

Nossa. Muita gente boa que está abandonando o barco por não conseguir superar a grande depressão. Triste ver a esquerda mirando contra parceiros com o discurso burro de “se não está comigo está contra mim”, perdendo sua base de sustentação e ficando mais fácil de ser engolida pelos tucanos.

Mas como minha mãe diz: “A gente colhe o que planta.”

domingo, março 25, 2007

Tendo mais o que fazer

E o Yahoo notícias: “Pelo 2º dia, neblina interdita aeroporto em Guarulhos

E a Lilan Bife Kibe: “ E a CPI do apagão não decola”

E eu : “ Pois é... tá na hora de chamar São Pedro pra depor. Ele realmente deve estar mancumunado com o Lula.”

vem comigo?

E num domingo desses, ao navegar na internet, percebo como o mundo anda doentio. O mundo de notícias de crianças encarceradas, vídeos de suicídios, mortes por intoxicação por produto de beleza... aff...

Melhor é deitar na minha rede, ler meus livros ou assistir um filme abraçadinho com alguém (estilo namoradinho). Porque a melhor coisa para mim é viver as coisas simples da vida, como olhar para o céu e se surpreender com o vento que entra pela janela. Queria compartilhar isso mais vezes.

quinta-feira, março 22, 2007

Piada do dia

Mal terminei de escrever a última postagem e recebo o seguinte e-mail repassado por amigos:

A Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza - HABITAFOR, em parceria com o Ministério das Cidades e a interveniência da Caixa Econômica Federal, estará realizando no próximo dia 26 de março de 2007 (segunda - feira), a partir das 10:00 horas, a Assinatura da Ordem de Serviço das Obras de Urbanização da Comunidade Maravilha e seu Entorno.
Ressaltamos que o referido empreendimento trata-se de uma obra financiada com os recursos oriundos do Programa Habitar Brasil / BID (PHBB).
É oportuno frisar que serão assistidas diretamente 606 famílias que vivem em condições precárias.
Diante do exposto, gostaríamos de contar com vossa presença no referido evento e pedimos confirmar presença pelos telefones: (85) 3488-3376 / 3377 ou pelo E-mail: olindamarques@ fortaleza. ce.gov.br.
Sem mais, aproveitamos o ensejo para reiterar nossos laços de estima e parceria.

Atenciosamente,

Olinda Marques
Presidente da HABITAFOR

bem... essa eu quase morro de rir!
kkkkkk
É muuuuita falta do que inaugurar para estar fazendo solenidades para assinar ordem de serviço.
Nunca ouvi falar nisso. É a estratégia política de marketing mais idiota que já vi. Eles pensam que nós somos imbecis? Mas agora vou me preparar para a inauguração da Maravilha. Se a assinatura de um termo administrativo que se dá no cotidiano de instituições públicas é assim, imagine o festão que será a inauguração? Tomara que eles tomem cuidado e façam uma festa diferente da do Reveillon

Reforma administrativa Blá, blá, blá

Na minha rotina diária de ver o que anda acontecendo nessa Fortaleza nem tão bela assim, vejo a notícia mais esperada para os que fazem parte da administração: A reforma administrativa.

Infelizmente, e mais uma vez, a prefeita mostra seu desprezo pelas questões urbanas e de habitação. A proposta apresentada por etapas prevê, em um primeiro momento, temas como Esporte, cultura e assistência social. Temas importantes, admito. No entanto, vale lembrar o quadro de sucateamento da máquina administrativa no que diz respeito ao órgão de promoção da política habitacional.

A HABITAFOR foi criada em 2004 absorvendo as atribuições da antiga COMHAB no desenvolvimento da “política habitacional de interesse social” para o município de Fortaleza, que, apesar de ineficiente na era Juraci, hoje continua na mesma, mas configura como um verdadeiro pardieiro de técnicos terceirizados e sem nenhuma gerencia. Um órgão cheio de gente, mas que não consegue fazer quase nada.

No início da gestão, contava-se com míseros 38 funcionários contando do presidente da fundação até o motorista. (não é de se admirar que não se tenha feito muita coisa na era Juraci). Porém, o minguado corpo técnico da gestão PMDB conseguiu licitar grandes projetos como o da Lagoa do Opaia e Aracapé, coisa que a inchada HABITAFOR não conseguiu até agora. Mesmo quando projetos que já possuem previsão orçamentária e recursos disponíveis, como o da Comunidade Maravilha, estejam prontos a mais de 1 ano esperando ordem de servico.

A verdadeira política do “Samba do crioulo doido” desempenhada pela HABITAFOR pode ser reflexo da gerencia débil do órgão que não consegue impor o desenvolvimento organizacional da instituicao. Lembremos que a HABITAFOR não possui servidores próprios. Os que estão lá ou são emprestados de outras secretarias ou “cargos de confiança” ou terceirizados. O que não garante continuidade nenhuma às ações. Principalmente no que tange ações no campo da habitação, resultado que depende essencialmente de planejamento e gestão a médio e longo prazo. Porque casa não se dá em árvores. Na HABITAFOR não existe efetivo planejamento e evidente continuidade de políticas, assim como não consegue coordenar suas ações. Quando essa administração passar não vai restar muita coisa. A próxima administração vai usar aquele discurso de estar “arrumando a casa” para justificar a completa incompetência da gestão das políticas habitacionais. Discurso este que a Prefeita não se cansa de usar mesmo já tendo passado na metade do seu mandato.

Concurso público? Claro! Seria ótimo. Recuperar a capacidade técnica-administativa para acessar novos recursos seria a melhor saída. Sim!!! Consolidar a máquina estatal e eliminar 90% dos cargos reservados para os familiares dos vereadores que usam disso para negociar seu apoio político com espaço nesse loteamento promovido pela prefeitura. Eliminar práticas clientelistas e demarcação de currais eleitorais em prol do desenvolvimento de políticas sociais. CLARO! OBVIO! Mas... os míopes da prefeitura anunciam concurso da guarda municipal e sinalizam o da secretaria de finanças. Para essa falsa esquerda que abandonou o dircurso do método o que deixa transparecer é: vamos ampliar os mecanismos de controle social (a guarda municipal) e os órgãos de capitação de recursos(SEFIN). Qual é a estratégia? Porrada e impostos! Ó-TE-MO. Mas para disfarçar isso tudo vamos começar pela Assistência Social, Cultura e Esportes. Voltemos ao “Pão e Circo”!

quarta-feira, março 21, 2007

Trote?

E não é somente a Val que recebe telefonemas com números não identificados do naipe do Bola de Fogo.

-Alô.
-Tô com tesão. Vem pra cá agora.
-Alô?
-Perde tempo não!
-Quem ta falando?
-É a Marta?
-Não.
-Ô. Desculpa!

Olha, vou pedir conta detalahada para descobrir esse número e comparar com número da galera. Se caso eu identificar o autor do fato, mesmo que tenha sido trote, vou divulgar vui? Essa Marta deve estar morta de feliz agora.


terça-feira, março 20, 2007

Mulher eu sei

Chico César

Eu sei como pisar
No coração de uma mulher
Já fui mulher eu sei
Já fui mulher eu sei

Para pisar no coração de uma mulher
Basta calçar um coturno
Com os pés de anjo noturno

Para pisar no coração de uma mulher
Sapatilhas de arame
O balé belo infame

Para pisar no coração de uma mulher
Alpercatas de aço
O amoroso cangaço

Para pisar no coração de uma mulher
Pés descalços sem pele
Um passo que a revele

Eu sei como pisar
No coração de uma mulher
Já fui mulher eu sei
Já fui mulher eu sei

terça-feira, março 13, 2007

Engracadinho

Bem.... a mao eh do homem... o homem eh leite... entao leite eh da vaca que come pasto.. pasto tem s... mao nao eh do pasto... ento en com z mesmo... porque a maozinha eh leite....

Recado deixado para mim por um amigo. Um grande enigma.

Detesto insetos


domingo, março 11, 2007

kkkk

O Orkut é ó-te-mo!

Sorte de hoje
:
A beleza em suas variadas formas atrai você

Putz!

Domingo de chuva

Apesar de já ser quase meio dia, jurava ela que ainda seria 8 da manha. Tudo isso para justificar tanto tempo ali, embaixo de lençóis e travesseiros.
A chuva forte a as nuvens pesadas deixavam o quarto escuro. E o vento frio fazia ela se encolher mais ainda.
Depois de ter dormido tanto, o sono lhe faltava, mas não sentia menor necessidade de sair da cama, onde se perdia em devaneios. A sensação de desperdicio de tempo quase lhe fez pular da cama e buscar algo para fazer, mas um trovão a fez mudar de opinião.
Pensou em seus amigos e imaginou estarem quase todos na mesma situação que ela. No entanto, a lembrança de alguém em especial a fez indagar o que estaria fazendo caso ele estivesse mais próximo. Quê seria dela se ela nao estivesse tao longe?

Quem sabe estivesse à beira de uma piscina no outro lado do Brasil.

terça-feira, março 06, 2007

Acho que sou de outro mundo

E vai que ultimamente tenho me enclausurado em casa. Não por falta de lugar para ir, mas por falta de saco mesmo.
Tenho aproveitado que a televisão pifou com as quedas de energia desse período chuvoso e lido bastante. (Já que a casa fica na santa paz de Deus sem esse aparelho nocivo ao meu juízo.)
No entanto, nos últimos dias tenho lido sobre economia, mercado imobiliário e pós-modernismo. Leituras pesadas que me tiram o sono. Engraçado que exatamente quando eu me viro para o tema, as bolsas de valores mundiais começam a entrar em queda e o mercado imobiliário americano inicia ciclo de recessão. E o Jornal Nacional anuncia que foi só um susto. (Veremos.... veremos...)
Falando no Jornal Nacional, a receita mudou. Agora todo dia se encontra um caso de menor infrator. Fora o assunto diário da violência no Rio de janeiro, que se fala de tudo menos de desigualdade social e de oportunidades. Existirão sempre Priscilas e João Hélios para ilustrar o melodrama e pressionar para a diminuição da idade penal. Qual o interesse da Globo em abordar a raiz do problema? Nenhum! Porque isso não vende!
Enquanto isso, as novelas multiplicam as vendas do estilo de vida baseado no solapamento da instituição família. Sim!!! Divórcios, separação de irmãos, o cara separa e casa com a cunhada, a ex-namorada do mesmo cidadão casa com o sogro do dito-cujo, a outra tem vários amantes... No começo da noite assistimos a bestialização da instituição polícia que trata a impunidade como fato normal, onde a mensagem “não adianta chamar a polícia” é cada vez mais taxativa. Multiplicando ainda a sensação cotidiana de impunidade com essas histórias fictícias. (Nossa, TV pra mim é lazer. Quero me divertir vendo filmes agradáveis. Ou então algum programa que me faça refletir, que me enriqueça. Desgraça a gente já encontra no cotidiano.)

Então? Estou deixando de sair com algumas amigas que hoje só falam nas intrigas do Big Brother. Nossa! Que decepção! Antigamente eu até que trocava algumas idéias com elas. Aff...

segunda-feira, março 05, 2007

Pra onde ir?

“O Iluminismo está morto, o Marxismo está morto, o movimento de classe trabalhadora está morto... e o autor também não anda se sentindo bem.”

(Neil Smith)

sexta-feira, março 02, 2007

Globo e você, que péssima combinacao

A internet é mesmo maravilhosa.
Resgates fantásticos como este do direito de resposta de Leonel Brizola para a Globo é simplismente impagável. Consegui o link visitando o blog A lei nao foi idéia minha .
Muito bom!

quinta-feira, março 01, 2007

Dito e feito

Bem... o desastre de ontem foi capa em todos os jornais da capital. Alagamentos em vários pontos da cidade. A natureza, apesar de atingir primeiramente a população que mora em área ribeirinha, também destrói a beira-mar e pega os motoristas da Aldeota de surpresa.

Mas aí eu pergunto: Alguém teve notícias da limpeza das bocas de lobo, dos canais e lagoas que deve ser feito anualmente? Se eu não me engano, isso foi reivindicado por entidades da sociedade civil ano passado, alertando a prefeitura da desgraça. Afinal, TODOS sabem que TODO ano deve ser feito esse serviço, além de campanhas educativas. (só quem não sabe disso é a prefeitura) Mas então? A Prefeitura NÃO FEZ. E quê que anda fazendo a prefeitura? Apostando na ação da Defesa Civil, apagando fogo. (ou eu poderia dizer enxugando o molhado).

Já que temos a débil ação (que ação? poderia dizer completa falta dela) da prefeitura na promoção (?) de uma Política Habitacional de Interesse Social, vamos somar a isso a inoperância da Secretaria de Infra-estrutura no caso. Apesar de pagarmos nossos impostos, a população continua a se arriscar ao sair de casa para limpar manilhas e canais . (!!!)

Eita esculhambação! Para o urbanismo: salve a gestão do PT! ou devo dizer PSB?

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

E a chuva cai

E para quem pensava que a chuva seria aquela da sexta feira do carnaval que deixou 2 mortos na capital cearense se enganou. Hoje o dilúvio voltou a cair do céu e espero que a catástrofe não seja a mesma.

Mas hoje não vou ironizar. Porque seria um desrespeito àquelas pessoas que estão agora com água dentro de casa. Se vendo obrigadas a ficar lá para não perder tudo de vez. Segurando as crianças para elas não se afogarem na correnteza do Rio Maranguapinho e tentando espantar as cobras e ratos que passam nadando entre as pernas e as caranguejeiras que se abrigam entre os caibros do barraco prestes a cair.

Este é o retrato de todo inverno. O problema é grande sei, mas por ter participado do primeiro ano de gestão, também sei que seria possível amenizar esse sofrimento para boa parte das famílias. Acontece que a Prefeitura não quer. Não quer meeesmo. Dois anos se passaram e menos que 3 centenas de casas foram construídas. (!) E por quê? Posso citar vários aspectos: a completa incompetência do asno que está a frente disso, a falta de noção da problemática por toda administração, o desmantelamento da máquina administrativa, a “política habitacional” do samba do crioulo doido, a ausência de pessoas capacitadas para colocar processos licitatórios para frente e por aí vai. Dinheiro? Não... Dinheiro tem e muito, só não é permitido o acesso a ele. Deve-se primeiro passar por um processo de penitencia e súplica para a prefeitura liberar as contrapartidas necessárias para acessar o recurso do Governo Federal. Isso claro se a prefeitura fizesse concurso público para montar quadro de funcionários que produzam projetos, já que como existe um nó no setor de licitação da HABITAFOR (a incompetência é tão grande ), eles não conseguem nem desenrolar licitações para elaboração de projetos básicos. A prefeitura tem terras oriundas do fundo de terra, tem dinheiro, teria quadro de funcionários (se quisesse), teria coordenação de pessoa capacitada e eficiente (se quisesse), teria equipamentos que promovesse maior velocidade em levantamentos topográficos sem depender da SEINF (se quisesse), teria regularização fundiária (se quisesse) teria programa de ZEIS (se quisesse)...

Mas... como a prefeitura NÃO QUER, o jeito é morrer de raiva desse povo que fala demais e não faz quase nada. Incompetentes. No campo da habitação e do desenvolvimento urbano continuamos na era Juraci, contando com a mesma truculência disfarçada de participação popular. (rá, rá, rá) É rir pra não chorar. E salve a aliança Prefeitura-SINDUSCON.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Ó quarta feira ingrata, chega tao depressa só pra contrariar...

Carnaval perfeito. Melhor impossível. Tava até torcendo pra chegar em casa logo, pois cheguei a ficar com medo de dar alguma grande merda no final. Quando a coisa tá boa demais a gente fica com medo mesmo.

Daí que não sei por onde começar. Talvez agradecendo a nossa querida amiga Val pelo apartamento perfeito que ela conseguiu. Com vista para o mar de Boa Viagem, banheiros limpinhos, cozinha ampla com direito a toda louça, panelas, microondas, freezer e geladeira. Enfim, tudo de bom.

Tudo de bom também foram todos os dias. Cada um mais cômico que o outro. A idéia seria abrir um tópico em nossa comunidade para relatar as marmotas. Mas vamos recordar do alerta de nossa amiga de codinome “Margarida” que teremos que usar codinomes para evitar a identificação.

A figura que tornou nosso carnaval inesquecível foi a Margarida. Como diria nossa amiga “das Chagas”, o que seria do carnaval sem a Margarida? No sábado, a Margarida deu uma sumida valendo e niguém soube dizer o que ela estaria fazendo entre o caminho da rodoviária até o apartamento. (Já que ela levou 5 ou 6 horas pra chegar no apto.) Suas participações diárias na comédia geral foi desde a barrinha de cereal que ela misteriosamente perdeu durante sua ida a Olinda, passando por dificuldades em chegar a tempo ao banheiro e indo até o ponto de aparecer hematomas na cocha que nosso amigo “arôzin” especulou ser resultado da perda da barra do cereal. Para ilustrar, eis que no domingo pela manha Margarida entra no quarto, pisando na ponta dos pés, chegando da farra da noite anterior. Eu acordo e pergunto:

-Margarida, chegando agora?
-É cara, tu não sabe, eu fiquei com o Jardel!
-Não Margarida, você não ficou com o Jardel.
-Fiquei sim. Fiquei com o Jardel.
-Não Margarida, não ficou. Você ficou com o Gerson.
-Não eu fiquei com o Jardel!!
-Não ficou não, porque EU que estava com o Jardel.
-Ai é?! E quem era aquele japonês de cabelo comprido?
-Era o Gerson, amigo do Jardel.
-Ai é?! Então foi... eu fiquei com ele.
-Meu Deus Margarida, tu não sabe nem o nome do cara com quem tu ficou até agora?
-Bem... ele falava o nome dele e eu esquecia. Acabei confundindo tudo...
-Aff...

Mas enquanto isso, em Olinda, um amigo baiano, depois de beber todas e ficar ensandecido, resolveu colocar o quarto que estava dividindo com amigos abaixo, enquanto os outros saíram para comprar vodka e coca-cola. Depois de revirar o quarto e rasgar a bóia a qual um deles dormia com uma mordida, a criatura foi encontrada estirada no chão do quarto onde negou qualquer conhecimento sobre o que realmente tinha acontecido. Mais tarde, quando os amigos foram procurar a vodka para reiniciar as atividades carvanalescas, souberam que o baiano tinha distribuído toda a bebida para as pessoas da casa onde estavam. (Bêbo é foda!) Daí os amigos, achando que tinha passado tudo, resolveram dar uma saída para seguir alguns blocos em Olinda. Quando voltaram, estava o amigo baiano no quarto, mais uma vez estirado no chão, desta vez encontraram o banheiro revirado. O baiano tinha arrancado a cortina do box revirado novamente as coisas e no meio do quarto foi encontrada aquela rosquinha cor de rosa que fica pendurada na borda da privada pela metade. Mais uma vez o cidadão negou qualquer lembrança sobre o causo. Pela situação, foi aberto inquérito para apuração e surgiu todo tipo de teoria sobre o que realmente teria acontecido para uma pessoa sair de si desta forma e causar tamanho destroço. A mais aceita é que nosso amigo teria sido surpreendido por outro elemento do mesmo sexo e por isso, não se perdoava pelo acontecido. Isso explicaria a raiva e a amnésia repentina. Bem... para não maldarmos a situação, vamos ficar com a versão da vítima que diz não se lembrar de nada e que fica agressivo quando bebe.

Comparando o baiano e a Margarida, o baiano realmente deixa a Margarida na chinela.

Para constar nos autos deste fatídico carnaval, parabenizo as cozinheiras que fizeram a pasta deliciosa, em especial as profissionais da maquiagem.

Bem... outros acontecimentos não podem ser relatados aqui. Algumas coisas que acontecem no carnaval é melhor a gente guardar pra si.
Nem precisa contar mais coisas né? Fantasias super engraçadas, alegria, gargalhadas e muitos beijos e abraços. (lógico!) Já estou com saudades... droga! esse carnaval de 2008 tá demorando muito!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Mais um capítulo

Início de ano interessante esse. Mais uma vez a Prefeitura mostra sua cara e, contando com sua covarde estratégia de manipulação e gestão burra, consegue aprovar o Plano Diretor com o aumento dos índices urbanísticos para a maior especulação e um desconto de 50% na outorga onerosa do direito de construir para que o SINDUSCON faça a festa. E depois não terá quem agüente dar ouvidos aos ambientalistas da “base política” da prefeita a bradar por ventilação, espaços livres, Fortaleza Bela e verde.

Mas hoje eu quero fazer outro tipo de crítica. Voltemos à crítica dos profissionais da área. Àqueles arquitetos que não tem nenhum compromisso com a cidade. Aqueles que estão a serviço dos proprietários de terra e que reproduzem o discurso débil tecnocrata. Aquelas pessoas limitadas que sujam a imagem da classe. Lembremos-nos que, graças a Deus, existem pessoas que fazem a diferença. Não vamos generalizar. Porque a cada merda que esse povo fala, tenho que ser mais firme na defesa da minha profissão.

Apesar dessas criaturas bizarras que se dizem arquitetos de “prestígio” ainda terem algum tipo de visibilidade, acredito que um dia essas pessoas morram. Profissionalmente já vemos a morte política de alguns que já são conhecidos como pilantras e picaretas. Ou de outros que são ridicularizados pelos discentes nas universidades. Sendo suas declarações na mídia motivo de piada nos corredores das universidades.

Neste processo, ficou mais claro para quem essas figurinhas repetidas trabalham. Bem que eu não tinha muita dúvida disso, visto o histórico de cada um. O que temos presenciado nada mais é que profissionais desalinhados com o período político. Profissionais que ainda vivem o movimento moderno em pleno mundo globalizado e que utiliza de conceitos superados para enfatizar um modelo de desenvolvimento falido.

Este domingo o jornal O Povo dedicou 4 páginas para debates sobre o Plano Diretor. Muito interessante mesmo. Resolvi destacar alguns trechos sintomáticos:

Pérola 1
“Fujita também reclama da abrangência das chamadas ZEIS, voltadas para solucionar o problema das ocupações irregulares. " Nos arredores da Santos Dumont, por exemplo, existem ocupações irregulares que a prefeitura quer tornar ZEIS. Mas não se pode negligenciar a vocação para comércio e serviços em toda aquela área. As ZEIS devem se restringir apenas à área irregular", diz.” Leia-se: Nesse filezinho de cidade, pobre não pode morar. Porque eu, todo poderoso especulador, sei que a vocação desse lugar aqui é comércio e serviço para os ricos que moram aqui por perto. E o fato de ter um monte de favelas aqui por perto não significa que aqui seja lugar pra pobre. Quer reassentar esse povo sujo e inconveniente, que reserve um terreno lá nas quebradas sem água, esgoto, vias, transporte nem serviços. Porque lá que é o lugar deles. Ta louco? Pobre morando na Santos Dumont? Onde já se viu isso?

Pérola 2
“O arquiteto José Sales critica a falta de suporte técnico no novo projeto. "Este besteirol sempre divulgado da morte do planejamento urbano e do nascimento desta nova ordem participativo popular é uma mensagem puramente midiática", afirma.” Bem... acho que esse “besteirol” eu não preciso comentar. Qualquer pessoa esclarecida consegue perceber o naipe desse daí. Até porque o que está sendo discutido não a morte do planejamento (o cara é tão sem noção que não sabe nem o que está em jogo. Ou sabe e acha que fica bem na fita fazendo papel de besta).

Pérola 3
Rochinha- "Uma das principais reclamações do órgão (IAB) é a ausência, segundo afirma, de um "desenho" da cidade que se pretende construir e ainda à falta de uma fundamentação teórica." Bem... é triste ver que o presidente do IAB não consiga ler o desenho de cidade sugerido neste Plano Diretor. Ignorância é o ó. (Ou poderemos também fazer a leitura da conveniência deste tipo de declaração para quem quer desqualificar o processo). Existe um desenho sim! Um desenho urbano inclusivo. A implantação de instrumentos do Estatuto da Cidade de combate a especulação e incentivo para que seja exercida a função social da propriedade. Um Plano Diretor resultado dos anseios da população. (Por mais que o processo tenha sido falho devido às seguidas sabotagens da prefeitura e do SINDUSCON.) Devo ressaltar que EU NÃO SOU SÓCIA DO IAB E NÃO ME SINTO REPRESENTADA POR ELE. Meu conselho é o CREA e estou participando das discussões internas. Apesar de lá também estar tudo dominado.

Pérola 4
“Não sei se isso (a metodologia de participação popular) é produtivo. Não sei como um plano diretor pode ser feito com uma multidão debatendo em um ginásio. É preciso um foro qualificado para este debate, do contrário vira uma balbúrdia" diz o arquiteto Romeu Duarte, superintendente do IPHAN” Não vou rebater uma declaração tão estúpida como essa. Vindo de uma pessoa que não participou de nenhum momento. Não foi a nenhuma reunião de bairro, nenhuma audiência e se acha no direito de abrir a boca e falar tamanha bobagem. Bem... é outro ignorante. Ignora o trabalho de formação que foi feito com as lideranças. Trabalho feito brilhantemente pelo CEARAH Periferia. Porque a prefeitura promoveu uma encenação dizendo que era formação. E ainda assim mal e porcamente. O Movimento Popular, depois das oficinas e cursos, estava tão preparado que os profissionais e empresários foram pegos com as calças na mão, sem avaliação do documento e sem propostas. Chegaram ao ponto de promover o golpe que foi o adiamento do Congresso (E não esqueçamos da chancela da Prefeitura). Engraçado que eles mesmo estavam utilizando o discurso de ter maior debate. Logo eles que prejudicaram os momentos de diagnóstico e formação. Logo eles que diziam que o tempo urgia. “Mas pra quê formar a população? Vai que depois eles se apoderam dos direitos deles e a gente não poderá mais bani-los da vista dos nossos clientes classe A. Apesar do nosso esforço em protegê-los dessa gentinha através dos supercondomínios fechados. Aff... esse povo aí querendo saber de reforma urbana, morar perto de nós... é mesmo o fim do mundo.”

Bem... mas vamos refletir... vamos prestar atenção em declarações como a do Fujita quando diz que a ZEIS ainda vão ser discutidas (imagino quantos vereadores receberão um leve mensalão patrocinado pelas construtoras para vetar as ZEIS). Mas é isso... continuarei observando.