sexta-feira, agosto 31, 2007

Êita saudade!

Minha irmãzinha e eu! Pirrototinha, não?

12 comentários:

Franz Kiña disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Franz Kiña disse...

Ei, menina! Tava trabalhando feito louca, e até soube que você ia para São Paulo, mas não me liguei na data. Que fotinha fofa!! :D

Li a história dos mímicos no shopping Benfica, e até ia entrar no mérito de que essa "intervenção urbana" é bem velha, até ler o resto.

E não era que estava pensando dia desses daquela história do Circular que peguei, que tinha um velho numa cadeira de rodas antes da catraca, com o saco de soro pendurado, os ossos à mostra. No meio da viagem, o trocador e o motorista trocaram algumas frases, até que o motorista parou o ônibus e pediu pra todo mundo descer e pegar o próximo ônibus. Todo mundo desceu, até eu. Quando cheguei lá embaixo e vi, pela porta, os funcionários batendo boca com o velho na cadeira de rodas, me perguntei (e perguntei em voz alta, para ver se tinha algum outro passageiro que soubesse mais que eu) POR QUÊ?

Então vi que aquilo era muito estranho, que o ônibus não tava quebrado, que era outra coisa, e que eu tinha que ver o que era. Então disse (e disse em voz alta, para ver se alguém também tinha se tocado do que tava rolando) QUE TINHA ALGUMA ERRADA E QUE IA VOLTAR PRO ÔNIBUS.

Subi e perguntei pros funcionários, que tentavam fazer com que o velho e um garoto descessem do ônibus, porque eles tinham feito todo mundo descer. Eles falaram que podiam deixar o velho ir, mas que o garoto - que obviamente empurrava a cadeira do velho - tinha que pagar. Mas tava na cara, pelas condições físicas e estilísticas dos dois, que eles não tinham dinheiro. Uma mulher entrou atrás de mim e tive mais coragem de argumentar que era um absurdo eles privarem alguém naquela situação de usar o transporte coletivo. "Ordens são ordens".

- É só por isso que a gente não segue viagem?
- É isso aí.
- Pois eu pago essa porra.
Os dois tiveram que ficar calados, o motorista teve que voltar pro seu assento, passar a primeira e seguir viagem. Só os dois tripulantes, eu e a mulher caladinhas e nervosas de um lado da catraca e o rapazote e o velho do outro lado.

A merda é que o velho continuou a argumentar com o trocador - e, claro, tinha uns xingamentos feios no meio. O trocador falou pro motorista que não ia agüentar o desaforo. Apesar das nossas rezas, o velho não parou. Quem parou, de novo, foi o motorista.
- Olhe, moça, mesmo você tendo pago, ninguém é obrigado a isso.

Putz! Lá vai!
A merda é que não pude tirar a razão dos caras. Me levantei, fui até a catraca, olhei pro velho e disse "Meu senhor, o senhor tem que chegar onde o senhor tem que chegar. E não vai ser xingando esse moço que o senhor vai conseguir. Entenda que esse rapaz também tá trabalhando, tem família pra sustentar (sei lá, né? vai que tinha!) e cumpre "ordens". É um absurdo que o senhor não possa circular com um ajudante, mas a gente já fez o que podia, a passagem já tá paga. Então o senhor não pode continuar nisso, porque não é certo também ficar falando essas coisas. Tem que ter respeito dos dois lados, mas ninguém aqui tá respeitando ninguém. É um absurdo e a gente também tá revoltada, mas a situação pode ficar resolvida se o senhor não falar essas coisas. Então vamos nos acalmar e chegar em casa, pelo amor de Deus.

O velho ainda resmungou um pouco antes de se calar. O menino ficou sempre calado, bem quieto, com jeito de quem estava levando um baculejo e queria sair sem apanhar. Voltei pra frente do ônibus e a mulher começou a falar comigo. Era advogada. Eu já tava bem perto de casa (todo mundo desceu do lado da Ternura, ali na Padre Valdevino) e perguntei onde ela ia descer. Se não me engano ia descer no Serpro, que não era muito depois. Fiquei com um receio danado do cara expulsar o velho depois que a gente descesse, porque não via ninguém mais entrando. Que inferno. Na hora que eu ia descer, a mulher perguntou meu telefone, e o motorista idiota quase arrancava antes que eu descesse, porque me demorei um pouco para dizer pra ela. É uma merda mesmo! Cheguei tremendo em casa, de raiva e por ter passado dessa faixa amarela invisível. Eu não sei o que o papai e a mamãe deram pra gente comer, mas tem que estar na cesta básica.

Murilo Ebster disse...

Duas perguntas:
1) Quem é quem na foto?
2) Descobriram a base de suas dietas?

Lhéo disse...

E aí Themis? Quanto tempo, hem!!

Achei seu blog!! legal!!

Quando tiver tempo da uma passadinha no meu: www.ideiasaolheo.blogspot.com

artz disse...

oxe... a mais véa é a thais, certo?
de qualquer forma da pra reconhecer...

Borboleta disse...

A da esquerda é minha irmã mais velha, Thais, a braçando euzinha aqui. rsrsrsrs

Murilo Ebster disse...

Pessoalmente só conheço a Thêmis. A Thaís só vi por foto. E mesmo assim, na imprensa. Hehehe

Mário Aragão disse...

Abraçando é? A Thais tava te dando era um Mata-Leão!

Ailton Monteiro disse...

Que bonito! :)

Franz Kiña disse...

Mário, tu conhece a peça. Tem uma hora que tem que segurar! rsrsrs

Thales Aragão disse...

Eu é que sei. Levei vários desses. heheheh

Beijo nas duas!!

Thales Aragão disse...

Talvez isso explique um pouco do comportamento desses três cabeções!!

http://www.cartacapital.com.br/2007/09/461/assistir-a-televisao-faz-mal