sexta-feira, maio 18, 2007

Postagem atrasada

é... faltaram relatos sobre minha ida a Curitiba. (Bem que algumas coisas vou preferir guardar só pra mim. E não me pergunte em que eu estarei pensando quando me vir com aquele sorriso no canto dos lábios.)

A cidade é realmente belíssima. Imagino o quanto seja bom morar lá com todo aquele verde e todos aqueles parques. Conheci pessoas novas, assisti apresentações de trabalhos fantásticos, reencontrei amigos (momentos especiais), peguei um frio de rachar, gripei, mas voltei feliz da vida.

Lições aprendidas: antes de ir para o Sul nessa época do ano passe 2 semanas tomando vitamina C; leve máquina fotográfica para registrar momentos legais da viagem, não compre créditos da Telefônica wireless no aeroporto (os créditos expiram em 24 horas. aff!)

Hoje me preparo para ir ao Congresso da ANPUR em Belém. Acho que vai ser super interessante. Agregar mais conteúdo à minha pesquisa, meus estudos, minhas reflexões. Espero passar 1 semana movida a takaká. Me dá água na boca só em pensar nas iguarias do Pará. Na volta começo um novo ciclo, com novas atividades, novo cantinho, nova rotina.

As coisas começam a se encaixar.

segunda-feira, maio 14, 2007

Desaforada sim

Bem... Depois da matéria absurda sobre habitação veiculada no Jornal o Povo de hoje, resolvi escrever uma carta ao ombudsman. Para não repetir meus argumentos vou reproduzir a carta na integra abaixo. Se alguém se solidarizar pode ainda mandar outros comentários para: ombudsman@opovo.com.br

Bom dia.

Venho escrever a este jornal para chamar atenção sobre a superficialidade a qual a temática da habitação foi abordada hoje na matéria “Vivendo sob um teto irregular” de Yanna Guimarães.
A matéria é completamente sem sentido e aborda a temática de maneira não lógica. Chego até a afirmar que boa parte das informações não corresponde à realidade, pela simples utilização da matemática. Ou então, acredito que a jornalista não deva estar falando de Fortaleza.
Sou arquiteta urbanista e trabalho com políticas públicas para habitação de interesse social há pelo menos 5 anos e acompanho de perto o desenvolvimento das ações da prefeitura na área como profissional e cidadã, fazendo meu trabalho de monitoramento.
O primeiro ponto que quero abordar é quanto à afirmação de que “a quantidade de ocupações está em processo de redução”.

Primeira pergunta: De onde a jornalista tirou isso? Não existem dados oficiais sobre isso (o último censo de favelas OFICIAL para Fortaleza data de 1991, feito pelas SETAS) e a sociedade civil faz pesquisas por amostragem. O que faz com que não possamos afirmar categoricamente o que foi dito aqui na matéria. Uma pesquisa desse tipo é muito séria, necessita de profissionais da área e metodologia palpável para dar confiabilidade aos dados. Esse tipo de pesquisa só a máquina administrativa tem condições de aplicar, pois necessita da estrutura de uma administração pública ou do IBGE. (Porque às vezes mesmo o número de favelas continuando o mesmo, elas podem estar inchando, o que continua a ser um problema.)

Segunda pergunta: Se “a quantidade de ocupações está em processo de redução”, como ela pode explicar a seguinte afirmação “Somente a partir do fim de 2002, esse número, que era de 719 e havia aumentado consideravelmente, começou a reduzir, chegando a 724, quase o mesmo de 1997.”? Pra falar a verdade não entendi direito o sentido que ela quis dar à redação.

A matéria, além de mal escrita, transparece a passividade do jornalista que não está atento para as notícias “espetaculares” dadas pelo poder público e nem vai atrás de comprovação. O espírito investigativo e a sensibilidade passaram longe quando a jornalista tentou se arriscar a abordar a temática. (Se não tem noção do que seja o problema, melhor não escrever tolices!)
O segundo ponto que me chamou atenção foi: “Conforme a Habitafor, até 2005, em todas as gestões municipais, somente 12 mil casas foram entregues, construídas em 80 conjuntos habitacionais. Segundo o órgão, só de 2005 pra cá já foram entregues 14.382 novas casas à população.”
Isso sim é muito curioso. Se o Ministério das Cidades estipula um déficit de 77mil unidades e já foram entregues 14.382 apenas na gestão Luiziane Lins (!!!!), isto representa 18,7% da demanda. Ou seja, ao menos deveriam ter sumido do nosso mapa cerca de 144 ocupações (fazendo um cálculo bem tosco).
Desta forma, vejo que a matéria do jornal O Povo está reproduzindo a grande falácia da Prefeitura. Quanto a esse assunto, tenho mais outros questionamentos:

Se em toda a história a Prefeitura construiu 12mil casas em 80 conjuntos, ONDE ESTÃO OS CONJUNTOS CONSTRUIDOS NA GESTÃO LUIZIANE? ONDE ESTÃO AS 14.382 CASAS? (pelo o que eu sei foi construído somente o Conj. Rosa Luxemburgo e a Travessa Olical que não chegam a 350 unidades)

Se a prefeitura realmente CONSTRUIU 14.382 NOVAS CASAS, à quem essas casas foram entregues? Porque certamente não foi para a população de áreas de risco ou ocupações. Se fosse sentiríamos sensivelmente a diferença na cidade.

Bem... aconselho aos jornalistas lerem um pouco mais sobre os programas habitacionais a disposição para a população. Aconselho verificar o que significa o Programa de Arrendamento-PAR, que é um programa DO Governo Federal(e não da prefeitura) EXECUTADO pela Caixa Econômica Federal (e não pela HABITAFOR). E que além desse existe carta de crédito e outros programas federais disponíveis. Acredito que a HABITAFOR não esteja CONSTRUINDO tudo isso coisíssima nenhuma, que isso não passa de uma grande mentira reproduzida sem nenhum cuidado pelo Jornal O Povo. As únicas notícias que tenho de ações da prefeitura são assinaturas de Ordens de Serviços (palhaçada. Onde já se viu evento para assinatura de ordem de serviço. Ainda não vi nenhum evento para entrega de 14mil casas!) dos projetos da Rosalina e Maravilha. Esses são os únicos projetos DA Prefeitura que tenho notícias.

Estou ansiosa pela seqüência de matérias que sairão esta semana. Espero que essas questões sejam respondidas, que dêem nomes aos bois, que mostrem onde eles estão, que fundamentem melhor o discurso e que utilizem fontes confiáveis.
Caso contrário eu realmente estou superdesinformada sobre a atuação do poder público no campo da habitação.

Lembrando que a Habitafor construiu apenas 38 casas no primeiro ano e que é realmente uma surpresa tamanho desempenho.
Lembrando ainda que a Habitafor foi a que menos executou orçamento ano passado. (Isso sim que é multiplicar os pães. Amém!)

Ai que saudades das matérias do Madeira. Aquilo sim é que é Jornalista. Coerente, sensato, comprometido. Somente ele até hoje conseguiu fazer matérias sobre desenvolvimento urbano, meio ambiente e habitação de maneira imparcial no Jornal O Povo. Pena que os bons não permanecem nesta redação.

Grata pela atenção

Thêmis Aragão
Arquiteta Urbanista

domingo, maio 06, 2007

Acordando meia noite

Final de semana cheio de eventos. E não estudei quase nada. E não consigo me priorizar. E deixo a vida me levar pelo simples fato de não saber dizer não.
Despedidas de pessoas queridas, shopping com amigas, praia e reencontros.
Esta semana viagem de trabalho, semana que vem horrores de coisas pra resolver, na outra congressos. Quero meu canto com espaço para meus livros. Até quando vou me justificar?

sábado, maio 05, 2007

Me esvaindo

Quando a mim falta serenidade e sobra ansiedade.

Quando estou sem saber por aonde ir e a única coisa que penso é em cair em seus braços. Quando o ar que respiro parece ser pouco e quando chuva cai a única coisa em que penso é em abraçar-te, percebo que estou pela metade e que a cada dia um pedaço de mim se perde.

E nesse labirinto, onde estará meu porto seguro?

A água insiste em me sufocar.