segunda-feira, fevereiro 20, 2006

E agora? Quem poderá nos defender?

Não sei mais. Parece que a esperança deu lugar ao terror de ver como as coisas começam a andar por esta cidade.
Mataram um. A Prefeitura resolve promover uma desocupação na Rosalina e matam. Tantos anos acompanhando as Políticas Habitacionais nesta cidade e nunca tinha ouvido falar em mortes nesse tipo de ação aqui em Fortaleza. Bem... o Governo do Maluf vivia fazendo isso lá em São Paulo. Mas vou comparar os dois governos? Ah... vou sim. Porque em alguns aspectos está sendo pior. Pelo menos ele não tinha um carimbo de gestão democrática, humana, participativa, ou o que quer que seja.

Fortaleza, 18 de fevereiro de 2006
Jornal “O POVO”
Caderno COTIDIANO
Marlene Brito conta que chorou de emoção quando a prefeita Luizianne Lins ganhou a eleição em 2004. Hoje, diz que chora de tristeza pela situação em que se encontra por conta da prefeitura. "E não é só por isso não. Choro de revolta e angústia pelo companheiro que foi morto. Eu moro lá já faz um ano. Eles não sabem o que é ver sua própria casa no chão. E agora, eu vou morar aonde?", questiona.
Diana Maria Cardoso fez questão de ir à manifestação para pedir justiça pela morte do companheiro de comunidade. Ela conta que foi uma cena que nunca vai esquecer. "O guarda estava quebrando o braço de um rapaz da comunidade. Ele é doente mental e não tinha como se defender. Eu falei com ele e pedi para que parasse de machucá-lo. Por isso ele me empurrou e eu caí com meu filho, que se machucou bastante. Além disso, agora eu não sei onde vou morar". Fortaleza, 18 de fevereiro de 2006.

E o Plano Diretor Participassivo continua a ser tocado.
“Processo” tocado por essa gestão, em uma palavra: Tosco! Ou seria: Negligente? Ou seria Irresponsável? Ai gente, não dá pra descrever. Só o que não sai da minha cabeça é a COISA que essa gestão chama de participação e que é mais tirana do que na época do LEGFOR. Esperanças? Não, não tenho. Pra mim essa gestão não tem mais salvação. Quem perde? A Cidade!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Sensação esquisita

Ultimamente penso muito no que vai ser daqui pra frente. Não estou tendo tantas perspectivas quanto o bom futuro para esta cidade. A cada dia aquele sentimento de que não vale a pena começa atomar de conta. As esperanças depositadas em uma nova gestão descompromissada com as questões urbanas, a cada dia me tira o sono. A cooptação, a incoerência, a negligência. Cada dia minha vontade de fazer algo por aquilo que acredito diminui. Aff... pra onde a gente vai?

Mas aí me veio uma idéia ótima. Remarquei minha passagem. Não contem com minha ausência nesta cidade por 1 mês. Se Deus quiser passarei NO MÍNIMO 3 meses loooonge daqui.

Decepcionada também com as pessoas que se escondem. Não sei o que passa pela cabeça delas. Não, eu não mordo, mas não mecha muito comigo que você vai ver uma onça na sua frente.

Que bom que estou vendo a galera passando nos mestrados. Não quero desanimá-los, mas vão embora, saiam dessa cidade. Aqui não tem lugar para os bons.

E a Valéria conseguiu de novo. Em menos de meia hora conseguiu meu sim. Siiiim, vou pra Recife no carnaval. De repente deu uma vontade imensa de repetir todas as macacadas do carnaval passado. Vamos lá.

E esta sensação de quem não sabe o que vai ser do amanhã.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Privacidade é fundamental

Sinto muita saudade do meu apartamento.
Era dividido com amigas, mas eu tinha o que chamamos de privacidade. Hoje eu, como criatura stressada que sou, tenho realmente que entender que não estou na MINHA casa e sim na casa dos meus pais e devo me submeter a:

*Não fechar a porta do meu quarto quando quero estudar ou ler algum livro, mesmo que a televisão esteja sendo escutada em todos os aposentos da casa;
*Atender telefonemas, mesmo aqueles mais pessoais, ao lado da mãe ou do pai que não desocupam a mesa ao lado do telefone nem aceitam colocar outra extensão na casa e ainda por cima acham um absurdo a proposta deu pagar outra linha para mim no meu quarto;
*Comer buchada em plena quarta-feira, mesmo tendo que trabalhar durante a tarde, porque os pais não entendem que eles são aposentados e que não faz diferença se sentirem sono depois.
*Escutar com cara de indignação todas as intrigas e fofocas de família toda vez que a mãe fala com algum parente pelo telefone, mesmo que eu não tenha nada a ver com aquilo e realmente não me interessar pela vida de cicrano ou beltrano.
*Ter que dizer o horário que devo voltar pra casa;
*Receber críticas desde a roupa até meus planos de vida;
*Escrever um e-mail ou teclar com alguém na internet sem vir alguém lendo o que estou escrevendo e fazendo aquela pergunta cretina: “o que vc está fazendo?!” (AAAAAAHHH não é da SUA conta!!!)

Meu Deus! Preciso sair daqui! Um pouco de ar puro por favor!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

cheia de vontade

Deu saudade, liguei.
Senti fome, comi.
Senti sono, dormi.
Vontade de fazer nada? Deitei, estiquei as pernas e passei a tarde olhando para o teto do meu quarto.

Ai como eu queria fazer isso!

domingo, fevereiro 05, 2006

Frio

É necessário mais sensibilidade nesse mundo!

sábado, fevereiro 04, 2006

Onde é que eu estou?

Daí que hoje fui almoçar numa churrascaria com minha irmã. Chegando lá, o metri chamou um garçom para nos acompanhar até a mesa. Já perto da mesa o garçom diz:
- Sentem-se aqui, priiiincesas!
(ai meu Deus! Não me faltava mais nada!)

E dei de cara com um idiota na farmácia. O desagradável é que ele me reconheceu e veio:
- E aí? Lembra de mim? Ainda tenho teu telefone. Vou te ligar viu?
(E eu pensando comigo: puta merda!)
Mais tarde recebo uma mensagem: E aí? Quer sair pra dar uns beijinhos?
(tem cantada mais idiota. É tão imbecil um cabra desse que me dá até raiva. Sorte ter sido via mensagem. Era capaz deu mandar ele praquele canto logo depois de acertar o primeiro objeto que cause algum dano ao ser humano na cara dele.)

Não deu certo ir pra aracati este final de semana. Eu ia junto com a Thais e com uns amigos do meu irmão. Mas aí eles convidaram mais pessoas e não avisaram. Quando ligamos para saber que horas eles pegariam a gente para a viagem, eles esclareceram que não tinha lugar pra nós no carro. Olha só, os caras vão pra nossa casa, convidam terceiros sem avisar e ainda informam que não tinha lugar pra nós no carro. Para não criar mal estar maior, sugerimos que dois deles fossem de ônibus. Meia hora depois, o povo liga desmarcando a viagem. Motivo: nenhum deles gosta de viajar de ônibus. Bem... é assim que percebemos quem são os amigos e os interesseiros.

Esta semana tive que socorrer a nova coordenadora da Habitafor. Juro que estou com pena. Mas como um amigo disse: Isso não me pertence mais. Pena que não sai de mim a angústia sobre os rumos do Plano Diretor. Não vejo como e nem quando esse povo vai colocar a discussão na rua. Vamos rezar para não cumprir tabela apenas.