sexta-feira, julho 27, 2007

E mais espera.

E a saga continua... os livros ainda não chegaram todos.
Por isso mantenho a campanha "Não compre na companhia dos livros!"

quarta-feira, julho 25, 2007

Pan desbotado

Acabo de receber do meu amigo Israel esse artigo, que creio ter descrito exatamente minhas impressões sobre a lamentável abertura do PAN.
Que vergonha! Mas... a direita continua assim, baixa e mesquinha. E o bando de panacas que nao conseguem perceber que estao sendo manipulados fazendo papel de palhaços...

Welcome to Brazil

por Guilherme Scalzilli

Na noite de 13 de julho, durante a cerimônia de abertura dos Jogos
Panamericanos, Lula sofreu um acacha-pante dissabor público. Os milhares
de apupos que ecoaram no Maracanã lotado destruíram a fantasia de
infalibilidade que as pesquisas de opinião trouxeram ao presidente.
Graças à blindagem ilusória, ele estava indesculpavelmente despreparado
para expor-se em situação de tamanha periculosidade, num evento
imprevisível, organizado por raposas notórias, em cidade governada por
um sagaz adversário político, diante de audiência historicamente
indisciplinada e hostil. Ademais, o petista recuou diante de um embaraço
que em outros tempos contornaria com a reconhecida habilidade oratória.
Seu estupor, típico da soberba ferida, deixou o constrangimento
irreversível e deu às vaias aparência de improviso.

Parece repetitivo insistir nas pesquisas de opinião para jogar
suspeitas sobre a sinceridade e a esponta-neidade da manifestação, mas
os números são incisivos demais. A aprovação pessoal de Lula atingiu
espantosos 66% em julho (CNI/Ibope), enquanto o governador Sérgio Cabral
obteve 48% entre os cariocas (Datafolha). No entanto, apenas o prefeito
César Maia (32% de aprovação na capital) foi aplaudido na cerimônia. O
choque entre as estatísticas e a estranha seletividade da platéia
reforça-se quando consi-deramos o ambiente apolítico e ufanista, quase
homogeneamente festivo, que domina cerimônias afins.

A preparação do evento continua mergulhada em mistérios desnecessários.
Por que sabemos tão pouco sobre a atuação de funcionários municipais na
organização da festa? É verdade que o recru-tamento dos voluntários
privilegiou as bases eleitorais do casal Garotinho e do prefeito Maia?
Houve realmente as tais reuniões fechadas para instrução de servidores e
militantes partidários? Como ocorreu o treinamento dos voluntários, que,
durante o ensaio geral, no estádio quase vazio, já demonstravam
predisposição para vaias e aplausos idênticos aos ouvidos na abertura?

Previsivelmente, a mídia oposicionista ignora esses questionamentos,
guardando a energia investigativa para outras conveniências. Tanto faz. O
verdadeiro significado das vaias ilustrará a posteridade, acima de
picuinhas ideológicas, através de sua camada mais visível, crua e
indisfarçável: o vexame generalizado.

Apanhado isoladamente, vaiar Lula e Cabral constitui um gesto legítimo de
catarse coletiva. Entretanto, no contexto da cerimônia de abertura,
embotou uma festa milionária e arruinou um protocolo consagrado em
solenidades internacionais. Essas demonstrações de anarquia tropical
podem até parecer divertidas e serelepes no calor do momento, mas a
observadores rigorosos revelam apenas falta de educação. É o tipo de
comportamento selvagem que compõe o anedotário universal da Banânia, a
republiqueta imaginária que desconhece princípios morais e regras de
conduta.

Dias antes da vergonha, um estadunidense imbecil foi atacado por
insultar os brios tupiniquins. "Welcome to Congo", escrevera ele aos
conterrâneos. Pois nada semelhante ao ocorrido na noite de sexta-feira
acontece nos EUA, tampouco em nações menos venturosas, apesar dos
eventuais problemas que as acometam. Mesmo quando alheios ao patriotismo
tolo, seus cidadãos valorizam a própria imagem perante o mundo. Sabem
que prestigiar empreendimentos de grande visibilidade é também uma forma
de valorizarem a si mesmos. E entendem que, na lógica do cerimonial
terráqueo, aquele bípede bem vestido sublima o indivíduo para
simbolizar uma instituição da República.

Imaturo e caricato, o público do Maracanã mostrou-se despreparado para
abrigar um evento de porte continental. Não foi irreverente, como
quiseram alguns; foi patético. Misturou atuação política e macaquice
jeca, militância e torcida de futebol. Purgou-se dos dissabores
deológicos com uma afronta omissa, que poucos ousam repetir à luz do
dia. Trocou o tédio do ritual civilizado, rara chance de fingir alguma
dignidade, pelo carnaval grotesco da autofagia desdenhosa.

Conhecemos há tempos o perfil dessa multidão ignorante, dotada de
posses, que se despiu da empáfia para uivar no escuro. Estão ali
justamente os maiores críticos do país, cujo atraso amaldiçoam com a
superioridade dos cosmopolitas. Não por acaso, são os mesmos pugilistas
do falso moralismo, que defendem soluções antidemo-cráticas para sanear
os males da corrupção alheia, desde que as próprias benesses permaneçam
garantidas.

È o "ishpérrto" do jeitinho carioca, burguês folgado e malicioso, dado a
contravenções. São as profissionais liberais reacionárias, histéricas e
debochadas, que finalizam discussões comendo dedos de esquerdistas. E
também as madamas grosseironas, com seus maridos brucutus, distribuindo
cotoveladas, insultos e propinas para garantir melhores lugares em filas,
assentos e mesas. E ainda as jovens raquíticas, amedrontadas pelo
povaréu fedido, agarradas aos namorados almofadinhas, confessando
saudades de Bariloche, Aruba ou Miami. E os sábios da
imprensa-de-crachá, os convidados de autoridades insignificantes, os
apadrinhados da burocracia enferma, todos escancarados em sua
vulgaridade, soltando gargalhadas mefistofélicas ante o que julgavam ser
um momento histórico, o risco no teflon, a suprema humilhação do
lulo-petismo.

Pobres diabos. Vaiaram-se ao espelho.

Guilherme Scalzilli, historiador e escritor. Autor do romance
"Crisálida" (editora Casa Amarela).

segunda-feira, julho 23, 2007

Futuro do Brasil

Dia desses participei de uma Conferencia Municipal da Cidade de um município que, por lei, se encontra inserido na Região Metropolitana de Fortaleza.

Pediram-me para ser palestrante e assim fui.

Chegando lá, assisti com muita atenção a abertura do evento onde o ex-prefeito relatou todo o seu ato de bravura ao conseguir que aquele município fosse declarado componente da Região Metropolitana de Fortaleza. Mas o que é que tem por trás disso? O que faz com que um município de pouco mais de 20 mil habitantes, distante 40 Km da capital, com parcas relações econômicas com o município pólo, sem conurbação ou relação de movimento pendular se tornar Região Metropolitana?

Na ocasião, a queixa generalizada era que “eles não se sentiam região Metropolitana”. Será que é pelo fato deles realmente não serem RM? Que um simples papel assinado por um bando de políticos, que de política urbana não entendem nada, que vai fazer aquele município se tornar uma metrópole como um passe de mágica?

Outra coisa que me chamou a atenção foi o discurso retrô que maior parte deles teve. O grande lance é indústria, vamos trazer indústria para empregar. “Nós estamos sendo boicotados por outros municípios que negociam com as indústrias nas nossas costas. Vamos criar um pólo industrial aqui!” (O mesmo blá blá blá da década de 70, 80).

Acontece que o município não possui infra-estrutura para comportar indústria, nem capital intelectual para trabalhar. Mão de obra barata existe, mas quem disse que hoje a indústria emprega a massa desqualificada como antigamente?

Ao mesmo tempo em que eles reclamavam que estavam sendo discriminados na “divisão do bolo” dos recursos para a RMF, não existia NENHUM arquiteto, geógrafo ou engenheiro civil no quadro de funcionários da prefeitura para apresentar projetos e conseguirem acessar esses recursos. Ao mesmo tempo em que eles reclamavam do “boicote”, não existia nenhum economista ou administrador para trabalhar o município na identificação de potencialidades locais para inserção econômica na região.

Os pequenos municípios do estado do Ceará estão brincando de administrar. Achando que as coisas caem do céu e que ainda funciona como na época dos coronéis. Em minha opinião, grande parte dos municípios ainda não entendeu o que representa as conferencias das cidades. Estão apenas cumprindo tabela, completamente perdidos. Imbuído em uma cultura arcaica e corrupta. Prova disso foi que na volta para casa, uma pessoa da prefeitura me cobrou 20% dos meus pró-labores, pois caso contrário não haveria transporte de volta para Fortaleza. Depois de ter sido extorquida, me colocaram num carro da prefeitura, com gasolina da prefeitura e motorista da prefeitura que já tinha roteiro marcado para Fortaleza naquele horário.

Bem... para municípios como esse eu só digo uma coisa: “Bem feito!”.

Os cidadãos merecem os governantes que têm, pois eles são um espelho da sociedade. To cansada de presenciar a completa incompetência dessas administrações e o choro cínico de políticos metidos em negociatas.

terça-feira, julho 17, 2007

Campanha: "Não compre na Companhia dos Livros!!!"

Tá precisando de livro para estudar para mestrado? Aqueles difíceis de encontrar nas livrarias? É... na internet a gente acha. Mas você tem que ler tudo rápido porque tem aquele prazo curtinho para se preparar para a prova (entre o edital que informa a bibliografia básica e a data da prova), uma dica: NÃO COMPRE NA COMPANHIA DOS LIVROS. (não vou nem colocar o link aqui para vocês nem chegarem a acessar o site).
Os livros que você encontrar no site dizendo “disponível”, não se engane. Eles não estarão com o livro em estoque. Na realidade, você efetuará a compra e quaaaaando o livro chegar na loja, eles enviam para você.
Ah... e quando você efetuar o pedido e calcular o frete, terá uma frase dizendo: “envio de 4 a 7 dias”. Outra grande mentira. Fiz um pedido no último dia 5 e até hoje não recebi a mercadoria.
Ah... mas não se preocupe, você pode escrever um e-mail através do link “fale conosco” que não funciona! Ou então ligar para São Paulo gastando sua ligação interurbana escutando 15 minutos de musiquinhas para conseguir atendimento. E quando você finalmente conseguir ser atendida, muita paciência ao escutar que não há estoque e que o termo “disponível” que se encontra no site significa que o livro não está em estoque, mas eles são espertos o suficiente para procurar um para lhe enviar. (ou seja, você compra uma coisa que eles não possuem para venda!). Ah... quanto ao tempo de envio da mercadoria, seria de 4 a 7 dias do dia em que eles conseguirem o livro para lhe enviar. Ou seja, se eles encontrarem o livro no próximo mês eu deverei ficar mais tranqüila ainda, pois eles terão de 4 a 7 dias para envio.
Não estranhem se os próximos e-mails que vocês receberem de mim começarem a vir com a frase “Não compre na Companhia dos Livros!!!” abaixo da minha assinatura. Vou segurar essa campanha. Não quero que meus amigos tenham uma raiva parecida com a que eu tive.

quinta-feira, julho 12, 2007

PAN

O PAN nem começou de verdade e já não aguento mais escutar sobre ele. No jornal (Bom dia Brasil, Jornal do Meio dia e Jornal Nacional) a globo tá deixando até de falar do caso Renan calheiros e dos atrasos dos aviões. aff... parece um disco arranhado.
No globo esporte dá vontede de chorar, de raiva. Ô jornalismo furreca. Ô alienação. Mas fazer o q? Outras pessoas na casa assistem... Tenho que respeitar né?

terça-feira, julho 10, 2007

No mato sem cachorro

Uma pessoa chegou pra mim falando tudo aquilo que gosto de escutar. Sim, justiça social! Sim, quero direitos para o próximo! Sim, quero que o outro tenha qualidade de vida. Sim, gostaria que todos tivessem oportunidades e estabilidade para crescer. Hum... mas eu queria isso também pra mim. Ou não?

Qual seu objetivo de vida? Qual sua meta? Você está no caminho certo? Você trabalha para viver ou vive pra trabalhar? Você é coerente com aquilo que acredita?

Ai... se eu pudesse dizer o que eu realmente queria... Talvez o que eu queira não exista nesse mundo.

Tava lendo um texto que fala que hoje em dia diploma de graduação não garante emprego. (ai como eu sei).

Muita gente falando que está com problemas. Ok, cada um com sua cruz. O seu problema é problema seu. (minha lição das últimas semanas). Não é por que ando sorrindo que também não tenho os meus. E nem por isso justifico minhas faltas. Aliás, ainda estou refletindo muito se sacaneei alguém para isso. Acabo de encontrar a besta da história.

E para apertar mais o cinto tive que furar outro buraco.