quarta-feira, abril 26, 2006

nas zooropa

dando noticias para o povo!
sai na sexta com dor no coracao. (desculpem a falta de acentos, cedilhas e essas coisas que nao existem nos teclados europeus)
Ateh agora a viagem estah maravilhosa. Lisboa eh liiinda! organizada, limpinha, preservada. Pena que nao posso dizer o mesmo da italia. Milao e Roma sao sujas e baguncadas. O metro de roma eh tosco. Tirando o dia em que a imigracao italiana implicou comigo e com o minami e fez a gente desarrumar as malas todas no desembarque (perdemos o ultimo transporte disponivel e acabamos dormindo no aeroporto), estah tudo saindo como o epserado. Neste dia conhecemos uns portugueses que vieram no mesmo voo e que tambem iriam dormir no terminal. Eles iam para Roma, mas nos ainda iriamos passar em Pisa e Florenca antes de ir para Roma. Acredita que ontem encontramos com eles no meio da rua? Nao tinha coincidencia maior.
Sabe aquelas fotos que vemos da torre de pisa e do duomo de florenca? pois eh... eh muuuuito maior que aquilo.
Hoje assisti uma missa com o Papa na Praca de Sao Pedro. Conheci a Basilica e o Museu do Vaticano. amanha vai ser o Patheon, e o Coliseu.
Tah frio, meus pes estao cheios de calos, um corre corre danado, mas tah muito legal. quase nao consigo mais pensar no plano diretor.

quarta-feira, abril 19, 2006

E agora José?

É... agora falta pouco. A semana santa foi tranqüila, livros para ler, chuva de madrugada, vinho e minha cachorra stressada que resolveu me morder. Mas tudo bem... um dia eu pego ela na chinela.

Semana passada estava perto do CenterUm comprando umas ultimas coisinhas para a viagem. Andava olhando as vitrines quando uma Pajero subiu a calçada e vagarosamente avançou pra cima de mim. Encarei indignada o motorista que acenava dizendo: “Sai!”. Me encostei no muro e o arrogante estacionou ali mesmo na calçada. O gordo desceu do carro, olhou pra mim e disse: “Tá doida? Num viu o carro não?”. Bem... numa hora dessa a raiva é tão grande que... putz grila! Não tenho vontade nenhuma de voltar pra esse país. Ai se eu conseguisse emprego por lá e lá ficasse!

Hoje fui levar minha mãe ao médico. Voltando pela Padre Valdevino, naquele horário mágico de 18h, com um engarrafamento daqueles, o sinal abre e, quando suspiro ao ver que o terceiro carro a minha frente nem dar sinal de movimento, um idiota atrás de mim mete a mão na buzina e assim permanece por 15 looooongos segundos. putz grila! Não tenho vontade nenhuma de voltar pra esse país. Ai se eu conseguisse emprego por lá e lá ficasse!

Você conhece alguém que já ganhou na loteria? Não? Você sabia que só a Megasena (que está acumulada esta semana) realiza 96 sorteios anuais por todos esses anos e eu não conheço NINGUÉM que tenha ganhado nem na quadra? E olha que fora ela, ainda tem a dupla sena, a lotomania, a quina e váááááááários outros sorteios oficiais promovidos pela Caixa Econômica Federal. Será que só eu ou outras pessoas também acham que tudo isso é uma fraude e que todos esses anônimos ganhadores milionários estão lavando dinheiro do narcotráfico e do crime organizado? Hoje me falaram que já é fato que isso existe. Além do mais, se não for ganhando na loteria ou sendo desonesto, qual o brasileiro que consegue viver por aqui? putz grila! Não tenho vontade nenhuma de voltar pra esse país. Ai se eu conseguisse emprego por lá e lá ficasse!

Com toda a chantagem no congresso nacional para votar o orçamento para sabotar a reeleição do Lula, mesmo que todo esse atraso penalize a população. Com as mudanças (para pior) na lei que poderia diminuir com o caixa 2 em campanhas. Com toda a palhaçada do plano Diretor Participassivo. Com todo esse povo das áreas de risco em baixo d´água sem a Prefeitura ter vontade política nenhuma de resolver o problema da habitação. Com a falta de perspectiva batendo à porta. putz grila! Não tenho vontade nenhuma de voltar pra esse país. Ai se eu conseguisse emprego por lá e lá ficasse!

Pois bem... vamos lá ver o que a vida reserva pra mim.

segunda-feira, abril 10, 2006

Discurso político antes da Posse

Nosso partido cumpre o que promete!
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
A honestidade e a transparência são fundamentais
para alcançar nossos ideais.
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos, sem dúvida, que
a justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos, de nenhum modo, que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
compreendam que
somos a nova política.

Depois da Posse (Ler ao contrário, de baixo para cima)

quinta-feira, abril 06, 2006

Vida mansa 2006

Tempinho sem escrever. Muita coisa pra fazer. Faltam poucos dias e eu não estou conseguindo mais me concentrar em nada.
Saudades de pessoas especiais. O orkut faz a gente encontrar cada figura que não tínhamos nem indícios do paradeiro!

O Plano Diretor de Fortaleza continua a palhaçada de sempre. E agora o PSB é flex. Na prefeitura está com a “esquerda” e negocia com a direita no governo do estado. (Mas para os políticos, tudo é especulação. Imagine se o Tasso iria fazer um estardalhaço desses se já não tivesse com uma conversa fechada nos bastidores?).

E continua a chover na Fatal-lesa. E o povo continua a ficar sem casa, e a costa oeste continua a avançar e a prefeitura continua no papo furado, sem técnicos e sem vontade política.

Mas aí tive um final de semana maravilhoso com os amigos. Canoa Quebrada e (ahrg!) lá vai eu dar de cara com o povo da prefeitura por lá. Mas tudo bem... passeios ecológicos, WAR, feijoada... tudo na maior tranqüilidade.

Amanhã despedida do Filomeno, sábado chá de panela da Katiane e domingo estou torcendo para cair aquele pau dágua para eu ir à praia.

Nesse friozinho até que um namorado faz falta.

quarta-feira, março 29, 2006

O lobo na pele de cordeiro

Bem... 2 meses se passaram e ainda procuro acalmar meu coração e entender esse turbilhão de acontecimentos. Mas aí me mostraram o que é a Mosca Azul. Frei Betto que sempre consegue transcrever as angústias em seus livros. Por isso, vai 2 trechos os quais me fizeram de certa forma entender (mas não compreender) tudo o que estamos vivendo.

A cabeça pensa onde os pés pisam. Como ser de esquerda sem “sujar” os sapatos lá onde o povo vive, luta, sofre, alegra-se e celebra crenças e vitórias? Teoria sem prática é empulhação. Em mais de quarenta anos de militância na esquerda vi debandarem, não apenas para a direita, mas sobretudo à indiferença, companheiros que outrora arrotavam teorias marxistas, apontavam nos colegas desvios e vacilações, acreditavam portadores da chave do templo de Delfos da história. Até que encontravam a chave do cofre de uma boa remuneração salarial, uma função pública confortável, um posto de executivo na iniciativa privada. Disseram adeus às armas e às idéias, às teorias e aos companheiros. Agora, do alto de sua alpina omissão frente à desigualdade social, miram de binóculos a nós, os equivocados, os dinossauros, essa espécie arcaica que insiste em sobreviver á destruição causada pelo meteoro desabado com o Muro de Berlim. Envergonham-se do próprio passado, evitam ferir a boca com a palavra socialismo, tentam se convencer de que fora do mercado livre não há salvação, esse mercado que favorece um terço da humanidade e condena o restante à exclusão social.Como proclamar êxito do capitalismo se quatro bilhões de seres humanos sobrevivem abaixo da linha da pobreza?

Militantes da esquerda mudam de lado ao catar piolho na cabeça de alfinete. Como dizia Jesus, vêem o cisco no olho alheio sem enxergarem o camelo no próprio. Ficam como meros expectadores e juizes e, aos poucos, são cooptados pelo sistema. Não se deixam criticar nem admitem os próprios erros.

(...)

Quem se apega ao poder não suporta críticas, toma-as por ofensas, por minar sua auto imagem e exibir suas contradições nos olhos de outrem. Daí porque se isola, fecha-se num círculo hermético ao qual só têm acesso os que lhe cumprem ordens, dizem amém a suas idéias ou, ainda que críticos, calam-se coniventes, pois nutrem também suas ambições e não querem ser rifados por quem possui mais poder que eles. Assim, cria-s uma cumplicidade tácita. Teme-se apenas a imprensa saber o que se malfaz. Todavia, age-se como se secretárias, copeiros, garçons, motoristas seguranças e empregados não tivessem olhos, cabeças e ouvidos, bocas, parentes, vizinhos e amigos...

(Frei Betto – A mosca azul, reflexão sobre o poder)

Será que dá pra pensar um pouquinho sobre o que está acontecendo agora?

sexta-feira, março 24, 2006

Arrancando as mordaças

E foi muito legal o café da manhã no CEARAH Periferia com Pedro Pontual. Fiquei muito satisfeita, pois, além das coisas serem quase cruamente expostas, acho que deu pra dar uma refletida sobre a grande confusão que está sendo a participação popular nos “processos” e a mistura dos atores nessa gestão.

Nesses 3 dias, a preguiça reinou. Até meu ritmo de estudos diminuiu com esse friozinho que deixa a gente mais tempo debaixo dos lençóis. Trabalho eu tenho tido muito, mas pagamento por ele nenhum. Acho que ta na hora de deixar o voluntariado de lado. Afinal, quem é que vai pagar minhas contas? E haja entregar polpas.

terça-feira, março 21, 2006

Gênero. O que é mesmo essa discussão?

Ultimamente tem coincidido de eu conversar um pouco com alguns amigos sobre relacionamentos. A questão de certos casais competirem entre si sobre os papeis que cada um tem que fazer dentro e fora da relação.
Bem... Confesso que essa não seria uma abordagem certa da coisa, mas... defendo a igualdade de condições entre o sexos. O fato de ser igual respeitando as diferenças. (essa história de guerra dos sexos cansa)
Admito que existam diferenças de comportamento intrínsecas aos sexos. Acredito que os homens se sintam bem em proteger a mulher assim como a mulher se sinta bem em ser protegida. Alguns tipos de cuidados que ambos têm um com o outro e que são cuidados diferentes. Me assusta eu escutar de uma amiga que não gostou de receber flores de uma pessoa especial, visto que hoje não se coloca a mulher nesse patamar. (?) Bem... o fato de eu querer ter o mesmo espaço profissional, de querer igualdade de oportunidades, não significa que me negarei a oportunidade de me sentir frágil nos braços de alguém, nem me emocionar perante rosas. Quem sabe eles também não precisem se sentir frágeis (da maneira deles) nos braços de uma mulher? Afinal, não é legal sermos 24 horas por dia fortes e inabaláveis. Todo mundo sente falta de um afago. Válvula de escape, entende?

domingo, março 19, 2006

Neste domingo!

E a saga continua. Novamente teve festa na minha AP nesse final de semana e eu não soube. O calendário de “capacitações” sobre o Plano Diretor Participassivo continua rolando sem nenhuma mobilização social, sem nenhuma discussão sobre o estatuto da cidade. E o instituto Polis continua caindo no conceito de muita gente por aqui, sem falar na postura de algumas pessoas que até um tempo atrás poderia estar falando a mesma língua da gente.

Mas tudo bem... cumpro ainda meu estado de luto. Quando a esperança não existe mais e que é necessária a aceitação da triste realidade para ser um pouco mais feliz (ou um pouco menos infeliz)

Ontem fui ao Zé do mangue. A lua estava linda. Uma noite muito agradável com conversas fantásticas sobre filosofia e psicologia (enfim, sobre a vida) com o meu amigo Sol. Lembrou-me a noite de quinta onde o assunto da noite foi moral e ética. Assuntos densos para almas pesadas.

Sexta foi a colação de grau do Minami, Filomeno, Henrique, André... puxa! Quantos amigos advogados. Mas ainda espero ir para o céu. Me disseram que não é pelo fato de ser arquiteta que estarei salva. Enfim, diga-me com quem tu andas que te direi quem és. (essa foi pesada!) Mas tudo bem... a maioria é advogado aos avessos. Que nem a Val que nem advogada é.

E falta 1 mês. Ai que frio na barriga!
Agradecimentos ao Américo pelo maravilhoso presente. Ele acertou na Mosca Azul.

terça-feira, março 14, 2006

Um pouco de filosofia para entender as coisas

Bem... Esta semana o Murilo postou Thomas Malthus, agora eu pinço um trecho de um filósofo que gosto muito: André Comte-Sponville. Já vi alguma coisa dele no blog da Érika também.


“Não venhamos com conversas fiadas. Se as pessoas trabalham, se pagam impostos, se respeitam mais ou menos a lei, é por egoísmo, sempre, e sem dúvidas unicamente por egoísmo, na maioria das vezes. O egoísmo e a socialidade andam juntos: é narciso no Clube Méditerranée. Inversamente, toda coragem verdadeira, todo amor verdadeiro, mesmo se a serviço da sociedade, supõe essa relação lúcida consigo, que é o contrário do narcisismo (o qual não é uma relação consigo, mas com sua imagem, pela mediação do olhar do outro) e que chamo de solidão... O egoísmo e a socialidade andam juntos; juntas, a solidão e a generosidade. Solidão dos heróis e dos santos: solidão de Jean Moulin, solidão do abade Pierre...”


Isso me fez pensar se realmente existe movimentos desarticulado. Bem... as lutas se fazem com a paixão, coragem e amor de indivíduos solitários. Afinal, sempre haverá o dono da voz que se levantará. E eles sempre estão sós. O apoio não é companhia, provavelmente será interesse. Se realmente não for interesse, que seja mais uma voz.

sexta-feira, março 10, 2006

aconteceu de novo. Ainda vai?

E é isso mesmo. Esperança resta pouca. Não tem mais cassação no congresso. Acordões garantem a manutenção da corrupção. Por aqui o jogo da manipulação continua e eu estou doida para sair desse país.

Detestei o final da novela. Até nisso fui frustrada. Meu único momento de alienação garantida e me sinto mal por ter gasto horas assistindo uma novela pra ter um fim tão estúpido.

Estou cansada de pensar nas pessoas e ajudar no que posso, percebo que o egoísmo é generalizado. Contrariando os filósofos, feliz é o ignorante.

Besta é quem se preocupa.

quarta-feira, março 01, 2006

Carnaval em Récifi

Se me perguntassem a umas duas semanas onde eu iria passar meu carnaval eu diria em casa. Mas aí, de uma hora pra outra, a Val conseguiu me instigar: pois é... vamos lá...

O Apto que a Val arranjou em Recife foi só o filé, de camarote para o Galo da madrugada (Pena que no sábado e a gente tava tão chumbada de cansaço que perdemos o bloco, mesmo ele passando em baixo de nossos narizes. Mas em Olinda deu pra descontar.) Fomos todos os dias para o Recife antigo a pé.
Quarta, rolé pela cidade. Quinta, porto de Galinhas. Sexta, abertura do Carnaval e de quebra roubam meu celular. (mas tudo bem... é só um aparelho mesmo.)
Esse carnaval foi dicumforça. Tanto quanto no ano passado. (Pena que a galera interessante tava namorando.) Deu pra reencontrar amigos do peito que fazia muito tempo que não os via: Lhéo e Daniel. Não deu pra encontrar com Bavária, Charles, Presunto nem com a Cris. Mas fica pra próxima. (quando não roubarem meu celular com todos os contatos do povo de recife)
Episódios muito engraçados como o super bunda (que nas suas horas vagas se disfarça de caipira alemão) ou então os comentários toscos dentro do elevador foi o que me arrancaram várias gargalhadas.
Descobri que os alemães têm mania de só andarem de cuecas dentro de casa. Tudo bem... eu supero...só comecei a ficar preocupada no caso da moda pegar e eu e a Valéria termos que conviver com o Jonh, o Igu e o Arthur de cuecas pra cima e pra baixo dentro do apartamento.
A água de Recife é terrível. Salobra, grossa. Foi muito bom chegar hoje em casa e tomar banho no meu banheirinho e deitar na minha caminha.
Confesso que ainda tenho que desopilar das coisas. Em pleno carnaval de Pernambuco, consegui perder parte de uma noite de sono pensando nas trapalhadas do Plano Diretor daqui de Fortaleza. Mas aí foi pra perceber o quanto eu sou doente e que eu devo mesmo é largar mão de tudo isso.

No mais, acho que maiores detalhes virão no blog da Valéria.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

E agora? Quem poderá nos defender?

Não sei mais. Parece que a esperança deu lugar ao terror de ver como as coisas começam a andar por esta cidade.
Mataram um. A Prefeitura resolve promover uma desocupação na Rosalina e matam. Tantos anos acompanhando as Políticas Habitacionais nesta cidade e nunca tinha ouvido falar em mortes nesse tipo de ação aqui em Fortaleza. Bem... o Governo do Maluf vivia fazendo isso lá em São Paulo. Mas vou comparar os dois governos? Ah... vou sim. Porque em alguns aspectos está sendo pior. Pelo menos ele não tinha um carimbo de gestão democrática, humana, participativa, ou o que quer que seja.

Fortaleza, 18 de fevereiro de 2006
Jornal “O POVO”
Caderno COTIDIANO
Marlene Brito conta que chorou de emoção quando a prefeita Luizianne Lins ganhou a eleição em 2004. Hoje, diz que chora de tristeza pela situação em que se encontra por conta da prefeitura. "E não é só por isso não. Choro de revolta e angústia pelo companheiro que foi morto. Eu moro lá já faz um ano. Eles não sabem o que é ver sua própria casa no chão. E agora, eu vou morar aonde?", questiona.
Diana Maria Cardoso fez questão de ir à manifestação para pedir justiça pela morte do companheiro de comunidade. Ela conta que foi uma cena que nunca vai esquecer. "O guarda estava quebrando o braço de um rapaz da comunidade. Ele é doente mental e não tinha como se defender. Eu falei com ele e pedi para que parasse de machucá-lo. Por isso ele me empurrou e eu caí com meu filho, que se machucou bastante. Além disso, agora eu não sei onde vou morar". Fortaleza, 18 de fevereiro de 2006.

E o Plano Diretor Participassivo continua a ser tocado.
“Processo” tocado por essa gestão, em uma palavra: Tosco! Ou seria: Negligente? Ou seria Irresponsável? Ai gente, não dá pra descrever. Só o que não sai da minha cabeça é a COISA que essa gestão chama de participação e que é mais tirana do que na época do LEGFOR. Esperanças? Não, não tenho. Pra mim essa gestão não tem mais salvação. Quem perde? A Cidade!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Sensação esquisita

Ultimamente penso muito no que vai ser daqui pra frente. Não estou tendo tantas perspectivas quanto o bom futuro para esta cidade. A cada dia aquele sentimento de que não vale a pena começa atomar de conta. As esperanças depositadas em uma nova gestão descompromissada com as questões urbanas, a cada dia me tira o sono. A cooptação, a incoerência, a negligência. Cada dia minha vontade de fazer algo por aquilo que acredito diminui. Aff... pra onde a gente vai?

Mas aí me veio uma idéia ótima. Remarquei minha passagem. Não contem com minha ausência nesta cidade por 1 mês. Se Deus quiser passarei NO MÍNIMO 3 meses loooonge daqui.

Decepcionada também com as pessoas que se escondem. Não sei o que passa pela cabeça delas. Não, eu não mordo, mas não mecha muito comigo que você vai ver uma onça na sua frente.

Que bom que estou vendo a galera passando nos mestrados. Não quero desanimá-los, mas vão embora, saiam dessa cidade. Aqui não tem lugar para os bons.

E a Valéria conseguiu de novo. Em menos de meia hora conseguiu meu sim. Siiiim, vou pra Recife no carnaval. De repente deu uma vontade imensa de repetir todas as macacadas do carnaval passado. Vamos lá.

E esta sensação de quem não sabe o que vai ser do amanhã.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Privacidade é fundamental

Sinto muita saudade do meu apartamento.
Era dividido com amigas, mas eu tinha o que chamamos de privacidade. Hoje eu, como criatura stressada que sou, tenho realmente que entender que não estou na MINHA casa e sim na casa dos meus pais e devo me submeter a:

*Não fechar a porta do meu quarto quando quero estudar ou ler algum livro, mesmo que a televisão esteja sendo escutada em todos os aposentos da casa;
*Atender telefonemas, mesmo aqueles mais pessoais, ao lado da mãe ou do pai que não desocupam a mesa ao lado do telefone nem aceitam colocar outra extensão na casa e ainda por cima acham um absurdo a proposta deu pagar outra linha para mim no meu quarto;
*Comer buchada em plena quarta-feira, mesmo tendo que trabalhar durante a tarde, porque os pais não entendem que eles são aposentados e que não faz diferença se sentirem sono depois.
*Escutar com cara de indignação todas as intrigas e fofocas de família toda vez que a mãe fala com algum parente pelo telefone, mesmo que eu não tenha nada a ver com aquilo e realmente não me interessar pela vida de cicrano ou beltrano.
*Ter que dizer o horário que devo voltar pra casa;
*Receber críticas desde a roupa até meus planos de vida;
*Escrever um e-mail ou teclar com alguém na internet sem vir alguém lendo o que estou escrevendo e fazendo aquela pergunta cretina: “o que vc está fazendo?!” (AAAAAAHHH não é da SUA conta!!!)

Meu Deus! Preciso sair daqui! Um pouco de ar puro por favor!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

cheia de vontade

Deu saudade, liguei.
Senti fome, comi.
Senti sono, dormi.
Vontade de fazer nada? Deitei, estiquei as pernas e passei a tarde olhando para o teto do meu quarto.

Ai como eu queria fazer isso!

domingo, fevereiro 05, 2006

Frio

É necessário mais sensibilidade nesse mundo!

sábado, fevereiro 04, 2006

Onde é que eu estou?

Daí que hoje fui almoçar numa churrascaria com minha irmã. Chegando lá, o metri chamou um garçom para nos acompanhar até a mesa. Já perto da mesa o garçom diz:
- Sentem-se aqui, priiiincesas!
(ai meu Deus! Não me faltava mais nada!)

E dei de cara com um idiota na farmácia. O desagradável é que ele me reconheceu e veio:
- E aí? Lembra de mim? Ainda tenho teu telefone. Vou te ligar viu?
(E eu pensando comigo: puta merda!)
Mais tarde recebo uma mensagem: E aí? Quer sair pra dar uns beijinhos?
(tem cantada mais idiota. É tão imbecil um cabra desse que me dá até raiva. Sorte ter sido via mensagem. Era capaz deu mandar ele praquele canto logo depois de acertar o primeiro objeto que cause algum dano ao ser humano na cara dele.)

Não deu certo ir pra aracati este final de semana. Eu ia junto com a Thais e com uns amigos do meu irmão. Mas aí eles convidaram mais pessoas e não avisaram. Quando ligamos para saber que horas eles pegariam a gente para a viagem, eles esclareceram que não tinha lugar pra nós no carro. Olha só, os caras vão pra nossa casa, convidam terceiros sem avisar e ainda informam que não tinha lugar pra nós no carro. Para não criar mal estar maior, sugerimos que dois deles fossem de ônibus. Meia hora depois, o povo liga desmarcando a viagem. Motivo: nenhum deles gosta de viajar de ônibus. Bem... é assim que percebemos quem são os amigos e os interesseiros.

Esta semana tive que socorrer a nova coordenadora da Habitafor. Juro que estou com pena. Mas como um amigo disse: Isso não me pertence mais. Pena que não sai de mim a angústia sobre os rumos do Plano Diretor. Não vejo como e nem quando esse povo vai colocar a discussão na rua. Vamos rezar para não cumprir tabela apenas.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Livre como um pássaro

No primeiro dia da minha nova rotina, resolvi me priorizar. (sim, gente. Não faço mais parte do governo. Não sou mais Habitafor)
Depois de um ano trabalhando que nem um burro de carga, resolvi parar e cuidar da minha saúde.
Chegando ao consultório médico o atendente começa a fazer um monte de perguntas para preencher dados no computador. (nome, idade, plano de saúde...) No fim da “entrevista” ele afasta uns calendários que davam pra frente de uma webcam e diz:
- Fique bem aqui para eu tirar uma foto sua!
Eu olhei na cara dele e perguntei se ele tava trabalhando para a polícia e se o consultório estava auxiliando no rastreamento de bandidos terroristas.
Ele ficou com raiva e disse que todo mundo fazia isso. (Fiquei pasma!!!)
É incrível como as pessoas se submetem a tamanho constrangimento para conseguir uma consulta médica.
Eu imediatamente esclareci que EU não era todo mundo e tinha vergonha na cara. Só faltava agora colher minhas impressões digitais para eu ter uma droga de consulta médica.
O que me deixa ainda mais chateada é que o povo perdeu a capacidade de se indignar com as coisas. Agora tudo é normal. Pra mim num é normal nem aqui nem na china. (ops! Na china pode ser normal! com a ditadura por lá não duvido nada)
De qualquer forma, todos os que têm caráter e o mínimo de dignidade deveria se indignar em ser tratado como bandido até mesmo em um consultório médico.
Um dia desses resolvi um probleminha no setor de passaporte da Polícia federal e não tiraram sequer uma fotinha minha, nem me abordaram desse jeito.
Esse país está uma vergonha mesmo.

terça-feira, janeiro 24, 2006

existe luz?

Um sonho indo embora.
Um sonho não vingando.
Como resgatar a coragem de quem perdeu um pouco a perspectiva?
Respirar outros ares, ficar um pouco burra.
Sentir um afago e saber que tudo está bem.

domingo, janeiro 22, 2006

Ideal

Ideal seria não haver distância para separar quem se gosta. Ideal seria não haver porquês nem desculpas. Ideal seria a liberdade de olhar nos teus olhos sempre que quizer.