domingo, dezembro 19, 2004

Na ponta dos pés

Escutando U2 (Achtung, baby), tendo lido alguns contos do J.D. Salinger, depois de ter tomado um banho demorado, o olhar fixa em um conjunto de estrelas que despontam no céu emoldurado pela sua janela. O quarto está escuro e neste domingo não passa nenhum carro pela rua. Reflexões sobre o que passou o que está passando e o que virá. Nenhum papel a vista, nenhum lápis para desenhar. Desejo um vinho e um cigarro de cravo. Alguém que faça massagem nos meus pés seria de bom tamanho. No entanto atrapalharia o meu momento. O momento quando você mesma se basta. De repente não penso em nada e permaneço assim por algum tempo. Ajeito meu travesseiro no chão e deito. O chão gelado perece absorver todo o peso que penso carregar.
É assim, neste compasso, na leveza de minha respiração que me sinto feliz.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bela Borboleta,
Por que tanta confusão na sua cabeça?
Você hoje já se olhou no espelho?
Viu como seus olhos são bonitos e quão meigo é seu sorriso de lado? Você sabe o quanto seu cabelo é macio? E sua nuca, com esse cabelo curtinho, de deixar qualquer um te desejando?
Por que você dança de olhos fechados?
Por que você insiste em não olhar para os lados?
Até quando?