terça-feira, janeiro 30, 2007

Regra básica

Parece que não entendem mesmo.
Nada de jogos. Existem coisas mais legais para fazer.
Tem gente que joga e acaba perdendo. Uma pena...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Engasgada

Na ultima semana o ritmo de trabalho começou a ficar mais intenso. O Plano Diretor vai ser discutido no final semana e fico pensando nas áreas de preservação de ricos e nas zonas de proteção de pobres. Uma lástima mesmo, já que vai ser apenas um documento que vai ser aprovado na câmara para regulamentar o uso do solo onde interessa e nenhum mecanismo de gestão será implantado para equilibrar o outro prato na balança. Vai ficar tudo no papel. Mas não perco mais minhas noites de sono com isso. Daqui 10 anos é tempo suficiente para a cidade piorar e termos mais uma oportunidade de mudar algumas coisa. Tomara que não seja outra oportunidade perdida. Energia demais meu Deus. Hipocrisia demais.

E sei lá o que anda havendo que ando mais desmiolada que os outros dias. Não sei se ainda é reflexo de início de ano, mas nos últimos dias tenho me sentido um pouco desnorteda. (e fraca para bebida. é mole?). Uma sensação que devia seguir um outro caminho ou definir minha vida de vez. Uma vontade de ter meu canto, minha paz. Uma vontade de chegar em casa e não ter que encontrar alguém para questionar sobre meus passos. Nem sentir obrigação de responder a estúpida pergunta: “Quê que você está pensando?” quando você quer apenas sentar à mesa para jantar e refletir sobre a vida. “Não aconteceu nada, só quero ficar assim, calada, na minha.” (Se alguém conseguir me deixar em paz...)

Queria ler um livro sem ser interrompida pelo volume alto da TV. Queria cozinhar para meus amigos. Queria ter a liberdade de conversar ao telefone sem alguém ficar escutando a conversa. Ô sensação de estar sufocada e não poder fazer muita coisa para mudar isso. Impotência total! Ai como eu queria que meu guarda-roupa tivesse chave e puder sair de casa no meio da noite sem dar satisfação para ninguém. Putz, hoje estou precisando se descanso.

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro pra ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura

O rio corre, bem ou mal
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.

Estudar é uma coisa que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Que venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar , seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

(Fernando Pessoa)

quarta-feira, janeiro 17, 2007

O valor da amizade

Mais uma prova de fogo, mais um desafio. Pesquisas, leituras e possibilidades mil me fazem respirar um novo ar.

Neste final de semana, algo me fez lembrar de como os amigos são importantes. Pessoas que conhecemos e que sentimos bem ao reencontrarmos. Recordo-me daqueles que pretendemos manter contato, mesmo com as distâncias, mesmo com as dificuldades de comunicação. Àqueles que nos cativaram e que temos aquela curiosidade de sempre estar conhecendo mais um pouquinho. As pessoas que conseguiram marcar minha vida com pequenos gestos ou momentos inesquecíveis. Infelizmente, algumas pessoas ficam pra trás. Não somente pelas impossibilidades, mas principalmente por falta de esforço. A amizade, como todo tipo de amor, é preciso ser regada, cultivada, cuidada. Hoje quando penso em meus amigos, vejo que são poucos, mas são grandiosos. Agradeço cada lembrança, cada mensagem e cada gesto que seja no sentido de consolidar laços. Ao mesmo tempo, fico extremamente triste ao perceber a negligencia de outros por pura vaidade. Quando vem de quem acreditamos ser uma pessoa importante, chamamos de decepção. E esta falta de cuidado mata qualquer amizade de julgamos ter havido. Existe horas que é necessário se afastar para que os momentos bons não sejam esquecidos.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Doente em Uruaú

E no píer da super casa da turma so cool, comemorando o aniversário de nossa amiga Tia Val escuta-se a seguinte conversa:
- Ei Thêmis, você conhece aquele alemão ali? Ele tá trabalhando lá no CEARAH Periferia.
- Não, não conheço não. Ele já está falando português direitin?
Daí responde o Mamá:
- Fala, fala sim. Tava até deitado quando falou comigo.
- Vixi?! E pra falar português, deitado é mais difícil é?

Lembrete aos amigos: As inscrições das casas de cultura da UFC estão abertas. Vai até dia 12.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Recomeçando

Mais um começo de ano. Conhecendo pessoas novas, preservando as verdadeiras amizades e tocando a vida. Não vou fazer listas de metas para 2007, nem vou checar se consegui fazer tudo que eu queria no ano passado. O que interessa mesmo é não perder tempo com essas pequenas coisas e sim viver de forma a não nos sentirmos desperdiçados.

E ontem pela manhã o interfone toca e quando desço dou de cara com alguém que não via há quase 10 anos. Bom lembrar das pessoas, bom ser lembrada. (melhor ainda se eu tivesse coragem de ir atrás de pessoas que passaram por minha vida e quem eu queria muito encontrar. O orkut ta aí pra facilitar isso.) Um abraço ao Roberio, que depois de tanto tempo veio aqui me dar aquele abraço.

E de repente me dei conta do tanto de gente que lê anonimamente isso aqui. Quase não tinha novidades para contar pra ele. rsrs

E começa a chover na Fortaleza. E nesse chove, faz sol, chove, faz sol, chove, faz sol, peguei uma gripe daquelas. Espero ficar melhor para poder ir para o SaraVal. E neste começo de ano vamos torcer pelo povo que, ao invés de dormir mais conchegado com o friozin da chuva, não dorme com medo da água invadir os barracos e levar o pouco das coisas que têm.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Vumbora que 2007 tem mais abacaxi

Um tempim sem escrever. Passei uns dias sumida mesmo. (O que me fez muito bem.).

Não deu tempo de desejar Feliz Natal para o povo, mas deixo aqui meus votos para um Feliz Ano Novo. (se der! Pq do jeito que as coisas estão... Mas tenhamos esperança!)

E ultimamente, algumas pessoas andam me indagando espantadas sobre o cenário que vai ficar o Governo do Estado. Eu não me espanto em nada. Não me espanta PSDB estar compondo Governo, nem mesmo o Cartuxo (Ops, Cartaxo) na Secretaria das Cidades (não é hilário? Rsrsrs). Ou seja, noves fora nada, tudo continua na mesma!

E ontem saiu no jornal que famílias em áreas de risco ao longo do Rio Maranguapinho estavam sendo transferidas antes de vir o período das chuvas. Em uma matéria menorzinha na mesma página o jornal afirma que em 2006 foram entregues pela prefeitura 220 unidades habitacionais. Computando as 38 do ano passado fecham 258. Ué? Não eram 2mil e setecentas entregues? Que coisa estranha não? A matemática da Prefeitura é diferente: 220 + 38 = 2.700. Isso é que é milagre de multiplicar os pães.

Ah... e regularizacao fundiária mesmo, de verdade, ZERO!

E para abrilhantar o final de ano, nada como o papelão da Polícia Militar na Avenida da Universidade.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Uma noite qualquer

À noite ela deitou em sua cama, iluminada apenas pela fraca luz do abajur. Lembrou das pessoas que passaram por sua vida e desejou reviver tudo aquilo. Ao mesmo tempo, seu coração estava calmo, com muita esperança e planos. Nada podia impedi-la, a não ser ela mesma. As sombras da suspeita encobriam seus pensamentos mais distantes, mas mesmo assim se sentia feliz. O sono não chegava e quanto mais ela se afundava em seus travesseiros, mais a lembrança lhe envolvia. Não via a hora de abraçá-lo novamente. Desta vez não desejava tantas ressalvas, deveria ser por completo.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

E tudo em Fortaleza é Belo! Melhor seria perfeito!

Pois bem… feliz dia dos arquitetos para todos aqueles que honram a profissão, que fazem por amor, que se preocupam com a cidade, enfim...

E no meu monitoramento básico das coisas escandalosas que acontecem em nossa Fatal Lesa vamos lá...

“Área com menor volume de recursos investidos em relação ao previsto, a Habitação também tem um grande volume de recursos previstos para os próximos meses. São R$ 111 milhoes em licitação – 60% com recursos federais. Outros R$ 8 milhoes estão prontos para ir a licitação entre dezembro e janeiro. São 16 mil casas em licitação, outras 5 mil em obras e mais de 2,7 mil unidades habitacionais já entregues.”

(Jornal O Povo de 10/12/2006)

Bem gente, confesso que achei que fosse outra cidade. Fiquei refletindo: como a prefeitura nesta gestão, que até janeiro deste ano só havia entregue 38 casas(acho que até agora foram 207 do Rosa Luxemburgo e algumas dezenas nas Goiabeiras. Tenho que checar isso.), poderia ter construído e entregue 2,7mil unidades habitacionais? Mas sabe o que “justifica”, ou melhor, maquia esses dados? A prefeitura resolveu contar nessas 2,7 mil casas, as casas construídas pelo SINDUSCON e CEF através do programa de arrendamento-PAR, que até onde eu sei seria um “programa convenio” exclusivo para os servidores no âmbito da prefeitura. Este programa já existia e é operacionalizado pela Caixa Econômica Federal. Acontece que essa gestão resolveu cadastrar os candidatos do programa e encaminhar a demanda para a CEF. Daí os benefícios somariam às “ações” da Habitafor. O que se fez foi trazer para dentro das “metas alcançadas pela prefeitura” unidades habitacionais que seriam construídas com ou sem prefeitura. É interessante deixar claro que o número de unidades habitacionais embutidas nos indicadores de “eficiência” da Habitafor são de unidades habitacionais já disponibilizadas no mercado imobiliário e que teriam beneficiários com ou sem prefeitura.

Depois de algumas ligações para certificar-me ONDE estão as 2,7mil casas construídas e entregues e ONDE estão as 5 mil em construção, me informaram que somando-se à este dado estariam as unidades habitacionais beneficiadas por melhorias habitacionais. Ou seja, cada banheiro, ampliação ou melhoria realizada pelo programa Casa Bela está sendo computada como Unidade Habitacional entregue. Isso realmente é muito interessante. Acho que para avaliarmos o desempenho da gestão, estão faltando dados. Que tal compararmos o número de melhorias habitacionais da administração passada com o da atual? Que tal compararmos o número de Unidades Habitacionais realmente construídas nessa gestão com a da gestão passada? Não questiono o incentivo ao PAR e as melhorias habitacionais, só acho que os números da forma que são divulgados distorcem a realidade.

Não tenho notícias de canteiros de obras. Que eu saiba as obras da Maravilha, Rosalina, Vila Cazumba estão todas no papel. Mas vamos aguardar. Quero muito, mas muito, ver ONDE estão as 5 mil casas ou as 16 mil que a Prefeitura vai entregar. Quero saber pra que comunidade, dentro de qual plano de ação. Enfim... se Fortaleza realmente tem essa atuação brilhante a qual o jornal afirma não temos do que reclamar!

Nao foi desta vez

Não, não deu. Não sei o que aconteceu. Se foi nervosismo, travamento, pressão ou sei lá o quê. Só sei que por falta de estudo não foi. Mas, ainda tem o MDU e outros, fora os planos C, D, E e F. Mas ainda não desisti. Sou braba mesmo, é duro de largar o osso. Só achei chato não poder encontrar com a Val por lá. Mas tudo bem... passa. Um abraço para o Arthur que vai lá, vai fazer o serviço e vai voltar pra gente conquistar o mundo.
E vai que lendo algumas bobagens no orkut vejo essa pérola na comunidade :
Iieeeeeeeeeeeeeeiii!


Certa vez
Tava na Topic e havia lá um menino muito danado. O motorista já sem paciência gritou prá mãe do menino: Vê se bota um cabresto nesse menino!! E de pronto a mãe do menino responde: Por que você não põe uma cela na égua da sua mãe?
Prá que? Foi Iieeeeeeeeeeeeeeeeeiiii na certa. Pensa na mundiça!!!

Nossa! Já vi coisa parecida na 55.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Mentira tem perna curta

Não estou agüentando mais nem a tensão, nem as perguntas: e aí? Saiu o resultado? Não, ainda não saiu e não quero mais falar nisso. Já chega meus pensamentos sobre qual método vou utilizar para conseguir a grana para ir ao Rio para participar desta entrevista.(caso eu seja selecionada, lógico!) Mas eu vou! Nem que seja pra encarar 2 dias de busão.

Acompanhei meio de longe a semana da arquitetura da UFC na semana passada. Fiquei impressionada com a organização do Centro acadêmico. Incrível como as coisas são cíclicas. Tive a impressão de estar respirando a mesma atmosfera de quando o CA da arquitetura sempre promovia atividades com os alunos. Antes de vir o apagão e apagar com todas as idéias legais, com a integração, com os debates sobre a Universidade. Ainda bem que a coisa está começando a fluir.

Olhando a programação, vi a palestra de um grande amigo que quis debater “arquitetura e filosofia” e conseguiu resgatar um pouco do debate sobre o que é arquitetura, esta que é considerada uma das sete artes. Bem... pena que até ex-alunos participam dos debates, mas os professores continuam meio alheios a isso. (nem todos, lógico.) Ainda me pego pensando sobre o que se questionou no auditório, sobre estética, belo, parâmetros... um abraço para Gustavo Costa que conseguiu colocar o dedo na ferida de forma precisa e sóbria.

Todo mundo irá ao Rio de Janeiro semana que vem. Espero que eu também. Mas espero que desta vez minha estadia seja mais breve para poder passar mais tempo com amigos e família.

O Culto a Baco foi ótimo. Saudades da Anne e de outros mais que ficam na lembrança. Queria ter mais clareza do que vem por aí. Feliz aniversário para minha maninha e pro meu priminho que faz aninhos amanha

quarta-feira, novembro 29, 2006

Eu mereco!

Essas do Orkut

Sorte de hoje:
Você nunca mais vai precisar se preocupar em ter uma renda estável

e aí? quem vai pagar minhas contas?

terça-feira, novembro 28, 2006

De volta à escrivaninha!

De volta a rotina de estudos. Depois de ver os editais de concurso seleciono algumas matérias para começar a nova maratona de estudos. Pessoas aconselhando o caminho a ser seguido em troca de 5% do salário ou um presente beeeem caro. Tudo bem, ficarei bem feliz se passar em algum concurso desses. (melhor seria passar para o mestrado.)

Final de semana de praia, samba, pizza, cinema em casa, reencontros... Tudo de bom! Agradeço aqui o Baralho Carioca, presente do Américo como votos de sucesso nas provas. E sábado que vem tem ensaio da cachorra emendando com o samba do Arlindo. À noite vai ter a volta do Culto a Baco, festa tradicional da Arquitetura da UFC. Nossa, acho que neste final de semana eu me acabo.

E essa imprensa terrorista? Já não tenho saco para o Jornal Nacional que todos os dias têm uma matéria da violência no Rio, outra sobre o dossiê, outra sobre os sanguessugas e por fim dos controladores de vôo.(Já é a receitinha de bolo para o jornal) Fora que os jornais locais não param de bater na tecla da Petrobrás. Semana passada achei que esticaram a baladeira quando na capa do jornal O Povo apareceu estampado “Todos contra a Petrobrás”. Todos quem cara pálida? Acredito que seja preciso incentivo para montar um pólo produtor aqui, mas queria REALMENTE saber o quanto o Governo do Estado investiu(o que eu sei que não foi pouco) para que, ainda assim, a Petrobrás tenha que presentear a iniciativa privada com subsídios absurdos. Ainda acredito que devam manter preço estatal para outras empresas estatais e preço de mercado para iniciativa privada (ou pelo menos, o subsídio deva ter uma margem máxima. Afinal de contas, os recursos públicos são escassos e temos ainda outras prioridades ao invés de soltar tanta grana para quem já se beneficiou de muita). Mas no lugar de haver uma discussão na sociedade sobre as contrapartidas que a iniciativa privada deve dar aos investimentos púbicos, fica aí a imprensa fazendo terrorismo, julgando e condenando ao bel prazer.

Bem... ainda continuo esperando atualizações no blog do Mamá, que a Val lembre da senha dela, que o resultado da prova saia logo e que meu príncipe encantado apareça. (rsrsr, brincadeira!)

Leitura complementar da semana: O Evangelho segundo Jesus Cristo (José Saramago)

Trilha sonora da semana:

Primavera
(na interpretação de Maria Betânia)

O meu amor sozinho
É assim como um jardim sem flor
Só queria poder ir dizer a ele
Como é triste se sentir saudade

É que eu gosto tanto dele
Que é capaz dele gostar de mim
E acontece que eu estou mais longe dele
Do que a estrela a reluzir na tarde

Estrela, eu lhe diria
Desce à terra, o amor existe
E a poesia só espera ver nascer a primavera
Para não morrer

Não há amor sozinho
É juntinho que ele fica bom
Eu queria dar-lhe todo o meu carinho
Eu queria ter felicidade
É que o meu amor é tanto
Um encanto que não tem mais fim
No entanto ele não sabe que isso existe
E é tão triste se sentir saudade

Amor, eu lhe direi
Amor que tanto procurei
Ah! Quem me dera eu pudesse ser
A tua primavera e depois morrer.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Corrupcao está nas pequenas (grandes) coisas

Dia desses sai com um amigo de colégio. Depois de tanto tempo nos reencontramos através do orkut (pelo menos para isto o orkut serve!). Daí, depois de relatarmos o histórico do que se passou depois de todos esses anos, prestamos atenção na reportagem que passava na TV da churrascaria. Mais uma vez estava lá a história do dossiê. Logo ele começou a esbravejar dizendo que não agüentava mais tanta corrupção, que tudo era uma vergonha e, com carga grande de preconceito, afirmou que era coisa de brasileiro e que ele não gostava de ser brasileiro. De forma mais moderada eu tentei colocar a conversa para frente ponderando que a corrupção não poderia estar no genótipo brasileiro e que seriam processos sociais, que para os conflitos serem resolvidos eles teriam que ser expostos. Como política, religião e futebol não são assuntos ideais para se conversar em mesa de bar, preferi mudar de assunto já que o rumo da conversa não estava para reflexão e sim para condenação. Mais tarde, quando ele me ofereceu carona para casa, vi um adesivo de deficiente físico colado no vidro da frente. Perguntei quem era deficiente na família dele e se o carro tinha alguma adaptação para a deficiência. Sabe o que ele respondeu? “Não, não temos deficientes físicos na família não. É só pra facilitar o estacionamento.” Preciso falar algo mais? Só que faz um bom tempo que não tenho a menor vontade em marcar outra cervejinha com ele. Pra quê né?

terça-feira, novembro 21, 2006

O que seria mais perfeito?

Muita coisa pra escrever. Uma semana em que nem sei por onde começar os relatos.

Agora foi de vez! Só aguardar o resultado. Apesar da dificuldade estou otimista. Se não der, não é pra ter sido. Mas que já me imagino voltando aos estudos é verdade.

A cidade do Rio de Janeiro é mesmo maravilhosa. Apesar de todos os avisos e os alarmes sobre violência, não dá para não se apaixonar. A atmosfera, a arquitetura, a natureza, a vida da cidade, a variedade de opções… A sensação é de que se pode conquistar o mundo. Sem ser preconceituosa, mas já sendo; os 15 dias que passei em São Paulo em 2003 não conseguiram deixar uma sensação tão boa quanto eu tive do Rio.

Conheci a Fase-RJ. Fazia tempo que queria conferir de perto o trabalho deles. Foi um dia muito proveitoso. Dia de reciclar, dia de refletir, dia de desmascarar, dia de tirar a prova dos nove. Mas depois de tanto conteúdo, nada melhor do que parar em Ipanema e ficar lá, olhando para aquele marzão, pensando na vida, sentindo, sentindo, sentindo.

O final de semana foi super especial. Fui convidada a participar de uma escalada ao morro da Urca. Um pequeno trecho, mas que realmente me maravilhou. O povo anda duvidando, como é que eu, medrosa do jeito que sou, consegui fazer uma façanha dessas? Bem… na verdade nem eu sabia que podia. Estou ainda sem conseguir colocar em palavras a sensação que tive em estar ali, junto aquele paredão de pedra, alto pra burro, olhando pra baia de Guanabara, morrendo de medo de altura, mas fascinada com tudo.

Por parte do menino Daniel e da Mônica, acabei sendo levada à Visconde de Mauá e conhecendo paisagens também fantásticas. Ambiente serrano, escutando o barulho das cachoeiras, comendo uma boa macarronada, sentindo aquele friozinho… Nossa, sem comentários. No outro dia visitamos outras cachoeiras onde a água estava tão gelada que quando mergulhei tive a sensação de ter mil agulhas perfurando meu corpo. Mas isso só dura alguns segundos, depois a gente se acostuma com a água e não sente tanto o frio. (agradecimentos especiais ao meu guia amador que conquista cada vez mais a cada olhar!)

Pra chegar de volta à terrinha tive que provar do gostinho do caos dos aeroportos. Quatro horas dentro de uma sala de embarque esperando voltar pra casa. Dentro do vôo sento ao lado de um cara meio bêbado (Bebi! Bebi! Se pudesse bebia mil! Como diz nosso amigo Jeremias e certo cidadão que insiste de maneira liiiinda em prolongar sua infância)

Retornando à rotina vejo que tenho que arrumar meu guarda-roupas, dar banho no cachorro, responder todos os e-mails que se acumularam, organizar minha estante de livros e separar os próximos que irei ler.

Mais tarde encontrar com a Anne(que já fala em ir morar no Rio). Na sexta, aniversário do André. Sábado, almoço em família. E de volta ao ritmo de pesquisas e acompanhamento das atrocidades que essa prefeitura tem aprontado no campo da Habitação. Ver direitinho essa novidade que é o novo conselho de habitação que foi criado em surdina completamente a parte do Conselho das Cidades. Engraçado como o povo do “movimento” que assume cargo público acaba tendo essa tendência de negar as bandeiras de luta e insiste nesse modelo autoritário. Parece coisa de gente que depois que chega lá, com a finalidade de abrir os canais para a população, acaba nadando no sentido contrário com medo de perder o pouco poder que acha que tem e comprometendo toda uma caminhada. Mas é isso mesmo. É hora de novas estratégias. Novos atores, mas capazes e mais realistas. Quem será?

Saudades de quem está looonge, mas que tenho certeza que irei reencontrar. Meu coração sempre terá esse pedacinho cativo.

Ao anônimo da postagem passada, obrigada pelo lindo poema de Fernando Pessoa. Sinta-se a vontade para citá-lo quantas vezes quiser. Afinal é Fernando Pessoa. Sem comentários!

sábado, novembro 11, 2006

o amor?

“ Há o amor segundo Platão: ‘Eu te amo, tu me fazes falta, eu te quero.’

Há o amor segundo Aristóteles ou Spinoza:’Eu te amo:és a causa da minha alegria, e isso me regozija.’

Há o amor segundo Simone Weil ou Jankélévitch: ‘ Eu te amo como a mim mesmo, que não sou nada, ou quase nada, eu te amo como Deus nos ama, se é que ele existe, eu te amo como qualquer um: ponho minha forca a serviço da tua fraqueza, minha pouca forca a serviço da tua imensa fraqueza...’

Eros, Philia, Agapé: o amor que toma, que só sabe gozar ou sofrer, possuir ou perder; o amor que se regozija e compartilha, que quer bem a quem nos faz bem; enfim, o amor que aceita e protege, que dá e se entrega, que nem precisa mais ser amado...

Eu te amo de todas essas maneiras: eu te tomo avidamente, eu compartilho alegremente tua vida, tua cama, teu amor, eu me dou e me abandono suavemente...
Obrigado por ser o que és, obrigado por existir e por me ajudar a existir!”

(André Comte-Sponville)

Eu adoro esse homem!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Semana Feliz Feliz

Daí a semana começa e já não consigo mais estudar. Aproveito para começar leituras mais “leves”. Novamente André Comte-Sponville. Sempre é bom um pouco de filosofia.

Fui tomar uma cervejinha no apto do Thales e saí de lá com uma mordida na perna. Sim! Me morderam! (parece coisa de menino né? Mamãe, o fulano me mordeu!) Quando cheguei lá o povo já tava mais pra lá do que pra cá. Daí um inventou de dizer: “tu ta tão bonitinha que dá vontade de morder!!!”. E adivinhem? Sim, ele tacou a mordida na minha perna. Tô com uma mancha roxa na perna. Nunca tinha ouvido falar nisso, mas aconteceu comigo. Agora meu irmão tá atrás de uma focinheira para o cidadão. Quem souber onde compra me avise! O cúmulo!!

Hoje vou à pré-estréia do filme “O céu de Suely” com meu amigo cinéfilo, Ailton. E depois tem Montage no Cine Betão no Centro. Ainda estou pensando se vou encarar.

No ultimo final de semana foi seção cinema. Os que eu aluguei foram ótimos: “Dolls” e “Primavera, Verão, Outono, Inverno, Primavera” (ufa! Isso é nome de filme?). No entanto, acabei indo ao cinema no sábado e assistindo um filme horrível, podre, uma droga mesmo: O Sacrifício. É mesmo um sacrifício para assistir. Mas foi bom pela companhia que me apresentou o melhor sanduíche da cidade. Pena que acabei perdendo o super samba do Arlindo para ver essa droga de filme. Prometo a minha amiga Val que o próximo não vou perder.

E a praia com o Chico Neto foi tudo de bom. Tomara que a gente vá com mais freqüência, para que possamos bater papo até perder a hora. Mas na próxima semana não vai dar, porque estarei indo para cidade maravilhosa. Tomara que tudo dê certo!

terça-feira, outubro 31, 2006

Mais 4 anos

Como não poderia faltar, deixo aqui registrado a minha satisfação com o resultado do segundo turno das eleições. Fotos belíssimas nos blogs conhecidos e uma inquietação menor quanto ao futuro. Isso não quer dizer não devamos ficar em cima. Espero que exerçamos nossa criticidade e partamos pra o monitoramento e leitura sóbria da realidade brasileira.

E um dia desses uma amiga patricíssima me chamou pra comer um sanduíche aqui no Capitão mostarda. Pegando o cardápio ela começa a ler:

- Sanduíche de frango, filé, lagarto... Lagarto? Éééééco!

Não! Não consegui me conter!Pior do que isso foi quando viajei com uma amiga alemã para Aracati. No domingo, ela amanheceu se queixando que estava com a pele cheia de feridas. E eu:

- Mas como você ficou com a pele assim?
- É que eu passei a noite toda recebendo picaduras de mosquito!

Lembrei de um tio meu que sempre dizia: ”Para picaduras de mosquito, sentinela!”

segunda-feira, outubro 23, 2006

Agora foi de vez

Final de semana bem agitado. Não tive tempo de responder aos chamados de praia, cinema, Arlindo, cervejas e coisas afins. Sim, foi o casamento do Thales e eu como irmã dedicada resolvi dar uma mãozinha.

Na sexta foi no cartório, com direito a nome na barra da saia da noiva e tudo mais. A comemoração foi na Farra na casa alheia onde pela primeira vez fui pra esse tipo de balada com a reca de primos. Muito engraçado ver as marmotas do Davi dançando Roberto Carlos ou o Alan tentando investir contra a loura da roda ao lado. Especialistas afirmam que Santo Antonio não valida bouquet que é agarrado pela tia casada e entregue à sobrinha solteira como forma de garantir um casamento a esta.

O sábado foi reservado à ressaca e à organização da segunda parte do casório. Vestir as cadeiras, receber os pratos e talheres do aluguel, organizar as mesas... No domingo seria o dia formal da comemoração que para mim foi sinônimo de bandejas, esponja e detergente. Mas no final foi muito bom, todos saíram satisfeitos. Pena que o segundo bouquet caiu nas mãos alheias. Só consegui 2 florzinhas. Pelo menos fico com a garantia de 2 namorados a mais :P

E o povo do PSDB está desesperado. Por favor, se você me conhece, saiba que a tecla delete me trás satisfação quando recebo aqueles e-mails levianos do “Ai de mim”, vulgo picolé de chuchu. E ainda estou estarrecida com a história lá dos tucanibais que arrancaram o dedo da jornalista a mordidas, só porque ela estava vestida com a blusa do PT em um restaurante burguês de São Paulo. Mas... Fazer o quê, né? A luta é essa, entre classes.

Hoje tem debate novamente. Será que o outro lá vai responder alguma pergunta? Ou será que vai ter capacidade de fazer alguma além da “De onde veio do dinheiro do dossiê?”?

E realmente parece que o romantismo está fora de moda. Às vezes acho que esses homens sentem vergonha de serem românticos. É como aquelas crianças que se escondem atrás da perna da mãe ao perceberem que estão sendo espontâneas e alguém nota. Bem... acho bom eles aprenderem que falar coisas bonitas é tão bom quanto escutar. Só precisam de um pouco de prática.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Musiquinha legal

Du erkennst mich nicht wieder

(Wir sind Helden)

Du erkennst mich nicht wieder;
allein...
Mein Gesicht sei noch gleich,
und du weißt nicht ob das reicht,
um nicht alleine zu sein.

Du erkennst mich nicht wieder;
unerkannt...
Bin ich die halbe Nacht,
noch um die Häuser gerannt.

Ich erkenn hier nichts wieder.
Alles müde und alt.
Und ich male uns beide,
als Umriss aus Kreide
auf den Asphalt.
Du erkennst mich nicht wieder,
Du erkennst mich nicht wieder,
Du erkennst mich nicht wieder;
unerkannt...
Hab ich dann drüben im Park,
meine Kleider verbrannt.
Ich erkenn mich nicht wieder.
Nur mein Herz das noch schlägt.
Und ich hebe die Arme,
um zu sehen ob die warme
Nachtluft mich trägt.
Du erkennst mich nicht wieder,
Du erkennst mich nicht wieder,
Du erkennst mich nicht wieder;
unerkannt...
Flieg ich ans Ende der Stadt;
ans Ende der Welt
und über den Rand.
Du erkennst mich nicht wieder;
unerkannt...
Geh ich ans Ende der Stadt;
ans Ende der Welt
und über den Rand.
 
Du erkennst mich nicht wieder;
unerkannt...

There is a ligth that never goes out

(The Smiths)


Take me out tonight
Where theres music and theres people
And theyre young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I havent got one
Anymore

Take me out tonight
Because I want to see people and i
Want to see life
Driving in your car
Oh, please dont drop me home
Because its not my home, its their
Home, and Im welcome no more

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine

Take me out tonight
Take me anywhere, I dont care
I dont care, I dont care
And in the darkened underpass
I thought oh god, my chance has come at last
(but then a strange fear gripped me and i
Just couldnt ask)

Take me out tonight
Oh, take me anywhere, I dont care
I dont care, I dont care
Driving in your car
I never never want to go home
Because I havent got one, da ...
Oh, I havent got one

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine

Oh, there is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out