segunda-feira, junho 06, 2005

uma noite de pensamentos e pensadores

A dificuldade em saber amar. Por que as pessoas esperam por felicidade e não simplesmente são felizes? Amar o que se tem, aceitar o que se encontra em sua frente e que lhe agrada. O medo de gastar acaba por ser o maior dos erros.
O erro? Não houve aceitação, não houve vivência, a economia foi maior que o ter, o medo de se doar, o medo de viver ou enfim a falta do amor (sim, o amor faltou. Não me pergunte como.).
Uma vez um amigo me disse: “O amor é como a beira de um abismo. Infeliz daquele que tem medo de se atirar nele.”. E outro recentemente me disse: “Não se preocupe, é preciso morrer em vida para amar novamente.”. (Espero que se eu tiver outra chance, seja diferente.)
E citando um exemplo de diálogo utilizado por André Comte-Sponville explico:
“...mas imagine que eu satisfaça tuas investidas... De tanto ser sua, de estar presente todas as noites, todas as manhãs, necessariamente vou lhe faltar cada vez menos, por fim menos que outra ou menos que a solidão. Vivemos o bastante, você e eu, para saber como isso acaba... Quer mesmo que recomecemos esta história outra vez? A mim, não interessa mais... A não ser... A não ser que você seja capaz de amar de outro modo, de ser spinozista, às vezes pelo menos, ou de viver um pouco de Spinoza, quero dizer, amar o que não lhe falta, regozijar-se como o que é. Nesse caso, poderia me interessar...”
Que vivamos o presente tão intensamente que o somatório dos presentes seja um passado consistente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Legal seu blog Thêmis.
O que tenho a falar do amor é muito relativo, mas, só acho que as pessoas deveriam ser menos egoístas e entenderem que não se pode transformar o ato de amar no ato de prender.

Borboleta disse...

Bem... é que estou lendo uns livros que ao invez de me deixar descrédula estou ficando cada vez mais sentimental. O tiro saiu pela culatra como se diz por aí.
Mas concordo contigo. consigo amar apenas pelo o fato da pessoa existir. Ter é muito bom também, mas prender nunca.