terça-feira, janeiro 11, 2005

O retrato da máquina

Dormir 1:30 da manhã, acordar às 6. Passar o dia todo lendo documentos e escutando cochichos pelos corredores. Clima pesado, olhares desconfiados e sorrisos falsos. É assim que vai ser esse começo de batalha.

Hoje? Tínhamos que fazer medições na obra da Lagoa do Opaia. Teve um apartamento que foi invadido e outro que a família resolveu abrir outra janela sem consultar os engenheiros. (resultado é que a estrutura poderá ser comprometida, pois a alvenaria é estrutural e ele não usou nenhuma viga para distribuir o peso do andar de cima.).

Que fazer? Acionar a fiscalização da regional e ir à área com as assistentes sociais, os engenheiros e arquitetos para conversar com as famílias e desfazer a encrenca. Ah! Tem que ligar para a guarda municipal também e providenciar a reintegração! O que? Ninguém poderá fazer nada? O que? Num tem gasolina? Não? E na Regional? Também não? E na guarda municipal? Vixe Maria! É mesmo?!

Pois é... o jeito é passar hoje o dia com a parte burocrática. Vou imprimir o relatório.

O que? Num tem cartucho na impressora? Nem copo plástico para tomar água? Vaquinha para comprar o pó do café?

Eheheh

E me disseram que a gente tem que construir 10 mil casas este ano!

Nenhum comentário: