sexta-feira, janeiro 21, 2005

Eu não sou sócia do IAB!

Esta semana está sendo cheia de debates. 2 dias participando de mesas redondas no EREA discutindo urbanismo e a cidade. Mas nada se comparou ao debate de hoje na Fundação CEPEMA. Assunto: Plano Diretor (pra variar)

Primeiro uma avaliação brilhante da professora Vanda Claudino. Depois veio a marmota. O carinha lá,o presidente do IAB veio de novo com aquela balela da técnica, que o único profissional que tem competência para fazer Plano Diretor é o arquiteto. Que movimento social não pode receber formação em planejamento urbano e que a regra é cada macaco no seu galho. Os leigos fiquem nos seus lugares porque os arquitetos vão trabalhar. A participação popular deve ser feita na medida do possível porque o plano diretor é de conteúdo estritamente técnico. AAHHHHH!

A raiva foi tanta que senti meu rosto quente. O sangue subiu.

Resposta: Boa Noite! Me chamo Thêmis Aragão. Sou arquiteta e não compactuo com a opinião do nosso companheiro. Eu, como arquiteta, utilizo os meus conhecimentos para balizar as definições dentro de um documento de planejamento (Plano Diretor) que estas além de técnicas são políticas em sua essência. A técnica tem grande importância nesse tipo de trabalho, mas meu papel como profissional é servir de instrumento para o desenvolvimento urbano. Lógico que no desempenho de minhas atividades deverei ter sensibilidade, responsabilidade e princípios que garantam o bem estar social. Mas um trabalho de planejamento tendo a participação popular como fundamento deve ser munido de formação especial. De um lado o profissional que além de conhecimento técnico deve ter humildade e humanidade. Do outro a população deverá ser capacitada para haver diálogo ente a técnica e a vivência.(de forma qualitativa!)
Por isso defendo: Planejamento urbano deve ser um tema para ser trabalho nas escolas. E que os arquitetos saibam o seu papel na sociedade. Que realmente sejamos instrumentos de delineamento de uma política urbana para as cidades. Nós não somos Deuses e não podemos decidir por todos. Como todo instrumento poderemos servir para o mal ou para o bem. Por isso, a ética se torna fundamental.

Um comentário:

Anônimo disse...

Clap Clap Clap Clap!

Muito bem! :)

ass: Artz