À noite ela deitou em sua cama, iluminada apenas pela fraca luz do abajur. Lembrou das pessoas que passaram por sua vida e desejou reviver tudo aquilo. Ao mesmo tempo, seu coração estava calmo, com muita esperança e planos. Nada podia impedi-la, a não ser ela mesma. As sombras da suspeita encobriam seus pensamentos mais distantes, mas mesmo assim se sentia feliz. O sono não chegava e quanto mais ela se afundava em seus travesseiros, mais a lembrança lhe envolvia. Não via a hora de abraçá-lo novamente. Desta vez não desejava tantas ressalvas, deveria ser por completo.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Uma noite qualquer
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2 comentários:
Um belo conto. Delicado, preciso e intenso, como devem ser as narrativas breves. Me fez lembrar um de meus poemas preferidos de Florbela Espanca:
Noite de saudade
A Noite vem poisando devagar
Sobre a Terra, que inunda de amargura...
E nem sequer a benção do luar
A quis tornar divinamente pura...
Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura...
E eu oiço a Noite imensa soluçar!
E eu oiço soluçar a Noite escura!
Porque és assim tão escura, assim tão triste?!
é que, talvez, ó Noite, em ti existe
Uma saudade igual à que eu contenho!
Saudade que eu sei donde me vem...
Talvez de ti, ó Noite!... Ou de ninguém!...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!
Lindo poema, Américo.
Fazia tempo que nao lia nada dela.
um beijao pra vc.
O recado que coloquei no seu orkut foi só um teste para saber se você receberia alguma mensagem. Tenta ver lá quem foi que lhe inscreveu mesmo.
um abraço
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