quinta-feira, junho 22, 2006

o quê que a Alemanha tem?

Bem... nao vai dar mesmo para continuar escrevendo o que estou fazendo semanalmente. Sao tantas coisas que ficaria sacal para quem lê. Mas basicamente tenho estudado alemao, assistido os jogos da copa em Biergartens diferentes, tentado falar alemao e conhecendo muita gente.
Dentre as pessoas que estou tendo mais contato está a Anja. Ela trabalha na Universidade de Cottbus, uma cidade distante 40 minutos de Berlim. Esta semana ela me convidou para um café e acabou me dando uma aula sobre o urbanismo em Berlim. Dando uma caminhada pelo bairro ela me mostrou as quadras destruidas pela guerra e seus “novos” edificios, a nova arquitetura que está sendo contruida com novos materiais e formas (mas sem agredir a escala do bairro) e a logica do mercado imobiliario aqui em Berlim. Andando pela cidade pode-se perceber a diferenca da cultura urbana da Alemanha e do Brasil. Aqui os predios nao sao projetados com estacionamento. Os carros ficam estacionados nas ruas ou em estacionamentos coletivos onde os proprietarios pagam uma mensalidade ou algo assim para uso. O sistema de transporte é super eficiente e um carro nao è tao necessario como no Brasil. Fora que se você tiver uma bicicletta você está mais que equipado para ir a qualquer lugar porque TODA a cidade é projetada para bicicletta. Nas calcadas tem a demarcacao da ciclovia e se você nao respeitar a sinalizacao corre sério perigo de ser atropelado por uma bicicleta.
Os parques sao maravilhosos. Comeco a gostar de ir ao parque no domingo com os amigos. Fazemos um churrasco no parque, levamos cerveja e comida. Deitamos na grama e tomamos sol. (mas nada comparado à um domingo na Praia do futuro que está me fazendo falta.) Estou pegando o costume de estudar no parque. Muito tranquillo ir pra lah levando computador e tudo. Nao existe aquela tensao em estar trasportando um equipamento caro e utilizá-lo em publico com medo . O espaco publico aqui è tao valorizado que fui conhecer um “condominio” e ele era tao aberto para a cidade que ficou dificil de saber onde terminava o “condominio” e onde comecava o parque que estava ao lado. Os predios tem patios internos e se conectam entre si formando verdadeiras sequencias de jardins no miolo das quadras. Quem entra nas quadras deixa pra traz todo o barulho da rua.
Hoje o sol está firme e espero que continue assim até o final da viagem.
Muita saudade da família, dos amigos e do meu quarto.
Saudade nenhuma das confusoes da prefeitura e do plano diretor.
Vontade de voltar e construir outro caminho para mim.
Vontade tambem de ficar e tentar a vida por aqui. Mas onde eu encontrar vez eu fico.

4 comentários:

Borboleta disse...

Nenhum! quando nao se tem um sistema de transporte eficiente e uma cidade projetada para bicicletas. Comoa ente nao temisso a gente precisa do carro e como temosproblema com seguranca o estacionamento eh necessário. Mas aqui... como se tem isso, pra q carro? menos policao, menos barulho, menos stress. e como o carro nao eh tao necessario a maioria dos edificios nao tem estacinamento. Oo que torna os espacos mais bonitos pq o luga dos estacionamentos sao ocupados por jardins belissimos.
bjus

Anônimo disse...

Legal, torço para que faça a melhor escolha. Felicidades Thêmis, beijos!

Ontem minha conexão caiu :/

Me diz uma coisa ir com o NoteBook até o parque, dá pra conectar a internet sem fio??? ô glória!

Borboleta disse...

depende do parque. tem uns que se estiver perto de um centro comercial com varios escritrios de contabiliadde e essas coisas, pega tranquilo, pois as empresas liberam e deixam o sinal alto.
mas aqui perto de casa num dah. soh dento de casa, pertinho da parede do visinho

Anônimo disse...

Eita! Tirando a questão dos estacionamentos, Berlim é igualzinha a Fortaleza, né?
Rs***